E, tenho dito

Uma política que mata

Saúde

19/06/2017 às 17h24, Por Brenda Filho

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Desde o último sábado, um senhor faz apelo no programa Acorda Cidade por uma vaga em UTI para a esposa que tem câncer e precisa fazer hemodiálise (veja aqui). Este é só um dos incontáveis casos de pessoas que amargam seus graves problemas de saúde em uma fila de espera por vaga em hospitais públicos de Feira de Santana. Pessoas estão morrendo em nossa cidade, por falta de atendimento no principal hospital, o Clériston Andrade, que foi construído há 30 anos, e está com uma defasagem que não temos dimensão do tamanho. Só na última semana, duas famílias desesperadas procuram a produção do programa para fazer apelo por vaga no Clériston e os pacientes não resistiram a tempo de terem a assistência que precisavam. E quantos outros casos sequer chegam ao conhecimento da mídia e, consequentemente, da população? A construção de um novo hospital geral, que foi prometida pelo governador Rui Costa, ainda não saiu. As policlínicas fazem o básico. A cada instante, o município responsabiliza o estado, o estado responsabiliza o município e quem precisa fica sendo empurrado para um lado e para o outro e, muitas vezes, não é acolhido por ninguém. Só na Bahia, são mais de mil pessoas na fila de espera por uma cirurgia ortopédica. E o mais lamentável é que sabemos que a política partidária tem grande parcela de culpa nessa saúde miserável. Não fosse por ela, as autoridades já tinham sentado para ver de que forma resolve a situação. O tipo de política que se faz no Brasil vem matando pessoas por todo o país. E se a população não pode contar com as autoridades para ter suas demandas atendidas, vai contar ao menos com a imprensa para fazer as suas denúncias. 

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