Feira de Santana

Homem faz apelo por vaga em UTI para esposa que necessita de hemodiálise

Ele já havia solicitado atendimento para a esposa no Acorda Cidade no último sábado (17). Além disso, ele conta que já foi até o Hospital Geral Clériston Andrade em busca de uma vaga para a esposa.

19/06/2017 às 10h54, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Edilza Graças Pereira está internada há cerca de 24 dias no Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), em Feira de Santana, com câncer de colo de útero. Ela necessita fazer hemodiálise em um hospital que disponibilize UTI. O marido de Edilza, Antonio Carlos, conhecido como Bahia, fez mais um apelo na manhã desta segunda-feira (19) no programa Acorda Cidade.

Ele já havia solicitado atendimento para a esposa no Acorda Cidade no último sábado (17). Além disso, ele conta que já foi até o Hospital Geral Clériston Andrade em busca de uma vaga para a esposa.

“Eu estou desesperado, pois minha mulher está necessitando de um tratamento urgente, já apelei, mas até agora não consegui êxito. Estou implorando, pois acredito que alguém possa me ajudar. Tenho dois filhos e eles estão sofrendo devido a situação da mãe. Já são quase 25 dias no hospital necessitando desse tratamento e estou morrendo junto com ela”, lamentou.

Segundo Antonio Carlos, uma médica do HDPA informou que já passou diversos fax para o Clériston Andrade, mas que até o momento não obteve resposta.

O diretor do Hospital Geral Clériston Andrade, José Carlos Pitangueira, falou sobre a superlotação da unidade de saúde e disse não entender por que o Dom Pedro não está dando suporte à paciente, já que no local tem UTI e faz hemodiálise.

“Eu não estou entendendo como o Clériston vai fazer esse atendimento já que o hospital onde a paciente está internada tem o serviço. Se fosse outra unidade, tudo bem. O clériston atualmente tem mais de 140 pacientes a mais da sua capacidade. Domingo eu estava no Clériston e nós tínhamos oito hemodiálises de pacientes nossos internados”, informou.

A produção do Acorda Cidade entrou em contato com a diretora do Hospital Dom Pedro, que confirmou a existência de salas de UTI no hospital e, por não estar na unidade hospitalar, não soube dizer por que a paciente não está conseguindo fazer o tratamento no local. Ela ficou de apurar o caso.

Ampliação de vagas no Clériston

Ainda sobre o problema da superlotação do Clériston Andrade, Pitangueira disse que não vai mais conversar sobre o assunto. Ele afirmou que já está trabalhando para tentar resolver e ampliar as vagas na unidade de saúde.

“Quem tem que resolver os problemas é a gente mesmo. Eu não converso com mais ninguém. A ortopedia é um exemplo, não vejo ninguém ajudar em Feira de Santana. Estamos resolvendo esse problema para aumentar as vagas no hospital. Com a maternidade saindo, vamos ter uma média de mais uns 20 leitos de UTI e vamos ter um aumento para ortopedia para 44 leitos, além de colocar cerca de 18 a 20 leitos para neurocirurgia”, afirmou.

Superlotação da UPA

Pitangueira ainda esclareceu que Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que fica ao lado do Clériston Andrade, tem uma administração terceirizada. No último sábado, a UPA amanheceu com as portas fechadas e um aviso na porta informando que o atendimento estava suspenso devido à superlotação.

“Eu quero que a população saiba que a UPA não tem nada a ver com o hospital Clériston Andrade. Não adianta ir para UPA achando que será internado no Clériston”, destacou.

Leia também: Unidades de saúde em Feira de Santana rejeitam pacientes por falta de vagas

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