Plágio é crime

Nada de “pegar emprestado” sem avisar!

Existe um limite entre inspiração e cópia e sua comunicação precisa obedecer a isso.

18/01/2024 às 06h46, Por Soraya Macêdo

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Foto: JaneMarySnyder/ Pixabay

Por Soraya Macêdo
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Diretora da Formato Ideias

Esse texto é sobre honestidade e transparência que, para mim, são quase a mesma coisa, mas que andam bem raras por aí. Não sei se por preguiça, desconhecimento ou maldade, tem muita gente/empresa vampirando as ideias de outras. E quando falo vampirando é para ilustrar outro termo comum na área: “chupar”. Como um vampiro que chupa o sangue pertencente a alguém, chupar as ideias do coleguinha é o mesmo que o copiar. Nessa metáfora, “chupar ideias” é sugar de alguém muito bom aquilo que ele tem de melhor: seu talento e sua capacidade de pensamento, ambos tão, mas tão raros hoje em dia, por isso tão cobiçados!

De acordo com o dicionário Michaelis, plágio é um substantivo masculino que significa “imitação de trabalho, geralmente intelectual, produzido por outrem”. Muitos se agarram na pseudo-inspiração para se apropriar de ideias e ignoram que plágio é crime! Sim, crime. Trata-se de uma violação aos direitos autorais, prevista no artigo 184 do Código Penal. Sem contar que é antiético e de, me desculpe a expressão, uma cara de pau sem tamanho. Plagiar algo ou alguém pode ser pelo “simples” uso de todo um texto, parte dele ou o conceito por trás de uma ideia. Plágio também se dá em outros campos como na música, na pintura, na moda… em qualquer lugar onde um “esperto” perceba que a lei do menor esforço possa ser recompensada.

Frases de efeito – de pensadores, estudiosos e celebridades – são usadas e assinadas como sendo de sua autoria. Falas são reproduzidas em palestras como se aquele pensamento fosse de sua autoria. Vídeos e aulas, como uma verdadeira colcha de retalhos com frases e exemplos, como se fosse da sua autoria… Copia-se tudo e nada de se dar ao trabalho de colocar pelo menos entre aspas. Já vi empresário fazendo isso, já vi veículos de jornalismo fazer isso, já vi gente grande de finanças fazer isso – vendendo curso inclusive, com boa parte do conteúdo retirado de livros que eu li e por isso sabia a autoria… já vi marcas usando personagens nacionais e internacionais, já vi agência dizendo: tentamos acompanhar a referência e deu certo! E a referência era a cópia ipsis litteris (do latim: literalmente) de um trabalho desenvolvido pela nossa agência. Lembra quando falei sobre cara de pau? Aí se vai a floresta inteira e eu poderia continuar citando muitos outros exemplos.

Aproveitando a referência citada no parágrafo anterior, ela acontece quando algo que a gente vê, lê, ouve, toca ou sente nos inspira a pensar em possibilidades, nos faz ver as coisas de outra forma, mexe com nosso repertório inteiro para buscar novas combinações e perspectivas. Isso é referência. Usar o que já existe – e tendo total consciência disso, é farsa! Pensar dá um trabalho danado, mas vai por mim, vale a pena. Só tenta! Ser original é genial.

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