Cannabis

Legalização e descriminalização da maconha são discutidas na Câmara de Feira de Santana

A Comissão de Reparação, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e Proteção à Mulher da Casa reuniu representantes para debater o assunto.

27/11/2015 às 13h59, Por [email protected]

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Danillo Freitas

A descriminalização e legalização da maconha foram discutidas na Câmara de Feira de Santana e dividiu opiniões entre os debatedores nesta sexta-feira (27). A Comissão de Reparação, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e Proteção à Mulher da Casa reuniu representantes para debater o assunto.

O sociólogo Ildes Ferreira afirma que o consumo da maconha tem aumentado. Ele lembrou a descriminalização no Uruguai e na Holanda, acrescentando que nesses países o resultado foi positivo.

“Sou a favor sim da descriminalização, mas com restrições, não pode ser comprada em qualquer esquina. Enfim, Temos que repensar essa política contra maconha no Brasil, pois não está dando resultado”, declarou Ildes.

O estudante de direito da Uefs, Diego Pimentel, defende a legalização para uso medicinal. Pimentel contou ser importante discutir que o usuário não pode ser visto como criminoso.

          (Foto: Carina Góes)

Elias Lúcio, radialista, avaliou como positiva a audiência. Ele disse que estudiosos afirmam que a maconha não é tão prejudicial. Elias declarou ser usuário de maconha na forma recreativa. “Gostaria de ser tratado como pessoa de bem. Faço meu uso, mas sem prejudicar ninguém", declarou.

Para o médico Colbert Martins Filho, do ponto de vista clínico a maconha provoca alterações cerebrais grandes. Colbert lembrou que a maconha em forma líquida pode reduzir convulsões, como também uma pesquisa tem sido realizada para reduzir o peso de pessoas obesas.

Presidente do conselho antidrogas, Lúcia Miranda justificou ser contra a legalização, pois em longo prazo levaria o cidadão a cometer atos que não faria em estado normal. Ela disse ainda que em uso frequente a maconha entorpece.

O vereador Pablo Roberto (PMDB), que presidiu a audiência, falou que todos participantes tiveram oportunidade de debater o tema com respeito. O peemedebista se posicionou contrário a legalização, justificando que a sociedade brasileira não está preparada para essa mudança. 

Em 10 de agosto a descriminalização das drogas no Brasil esteve perto de dar um passo adiante. O Supremo Tribunal Federal havia incluído na pauta o julgamento de uma ação que derruba o artigo 28 da Lei Antidrogas que submete a penalizações quem portar ou guardar droga, porém a audiência foi adiada. Não há previsão para retomada do julgamento
 

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