Feira de Santana

Convenção Coletiva dos trabalhadores de supermercados segue em negociação

A categoria pediu um reajuste em torno de 8%, o que, segundo Antônio Cedraz, foi diminuindo nas tratativas.

26/01/2024 às 07h21, Por Jaqueline Ferreira

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supermercado
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Desde novembro de 2023, que a Convenção Coletiva dos Trabalhadores de Supermercados e Atacadões de Feira de Santana está em negociação. O presidente do Sindicato do Comércio (Secofs), Antônio Cedraz, informou ao Acorda Cidade sobre alguns pontos do acordo salarial que continuam sendo discutidos. Até o momento, a categoria está sendo remunerada com o valor defasado do ano anterior. 

presidente do Sindicato do Comércio (Secofs) - Antônio Cedraz - ft paulo josé acorda cidade
Antônio Cedraz | Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Primeiro, os feriados, que nas negociações das convenções anteriores a gente vem sempre liberando um feriado ou outro em troca de um equilíbrio para fechar a convenção. Mas com isso nós já perdemos praticamente 50% dos feriados. Esse outro restante a gente não abre mão. São quatro feriados que a gente tem hoje. Desses, os comerciários não abrem mão de nem mais um. Então, isso está travando a convenção”, explicou.

Outra demanda que está sendo discutida é o retroativo referente a novembro, dezembro e janeiro, que os padrões querem pagar em forma de abono. Prejudicando assim, os ganhos dos trabalhadores.  

“Isso traz prejuízo para o trabalhador, porque ele não incorpora no 13º, não incorpora nas férias, na média de férias, nada. Pagando por fora, como dizia assim, um abono, não incorpora. Isso a gente não aceita. Tem que se pagar incorporando o salário. E essa diferença dos meses acumulados terá que ser paga em uma só vez ou na folha, ou numa folha complementar”, declarou. 

Reajuste salarial

Com relação ao reajuste salarial, a categoria pediu uma atualização em torno de 8%, o que, segundo Antônio Cedraz, foi diminuindo nas tratativas. O acordo está em 6.8% para o sindicato. Os comerciários estão oferecendo 6.3%. 

O piso salarial para os trabalhadores de supermercados e atacadões é no valor de R$ 1.494,93. Se o acordo for firmado em torno dos 6.3%, a quantia vai para R$ 1.589,11, o que não é o desejo do sindicato.

“Não é isso que a gente quer. Pelo menos a gente tem que fechar em 6.8%, 6.7%”, disse o presidente ao Acorda Cidade. 

Para o Dia do Comerciário e o feriado de Carnaval, Cedraz aponta a necessidade de que todos esses feriados sejam fechados em um só acordo.

“Porque se não tiver o dia do comerciário, a gente já perde um pouco da força, porque eles têm o interesse de fechar o dia do comerciário com o dia do comércio. Também não fizemos oposição referente a isso. Mas se a gente só fechar os pontos positivos para eles, os nossos pontos lá na frente vão ficar difíceis para negociar”.

Já o feriado do comércio está previsto para a segunda-feira de Carnaval. Segundo o presidente, os comerciários deram a palavra de que a terça de Carnaval será enforcada. Mas essa medida só atinge os trabalhadores do comércio, justamente porque a convenção coletiva dos supermercados e atacadões não foi fechada. 

“O pessoal confunde muito o Carnaval como se na terça fosse feriado. Não é feriado nacional, não está no calendário. Então, quem quiser abrir, vai abrir, porque não tem isso oficialmente. Mas no comércio, vai ser o Dia do Comerciário na Segunda-feira de Carnaval, já na terça eles vão fechar, porque a cidade ficará vazia, não vai compensar abrir o comércio. Para o supermercado, exceto se eles nos chamem para uma reunião extra e a gente fechar a conversão. Porque só um aditivo, só para o dia do comerciário, a gente não aceita”, declarou.

A próxima rodada de negociação está marcada para 8 de fevereiro.

Leia também: Definido novo piso salarial do comércio de Feira de Santana 2023/2024

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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  1. Que vem se todos trabalhadores que trabalha em comercia cruzar os braços e uma vergonha que pagam para pessoas que trabalham principalmente em atacado eles ganham de mais e pagam uma vergonha

  2. Os patrões estão pensando que somos escravos né ? Não temos família e vivemos em função das empresas deles ! Já pagam mau , trabalhamos de domingo a domingo , praticamente todos os feriados e o pouco que temos eles ainda querem tirar né ? Eles acham pouco está todos os dias sendo agredidos pelos que se dizem clientes e se abrimos a boca somos demitidos pq as empresas sempre dá razão para os clientes . Não podemos aceitar isso que eles querem temos que nus impor pq eles tbm dependem de nós para manter as riquezas deles . Vamos a luta

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