Após revitalização, Casarão Fróes da Motta é reaberto à população em Feira de Santana

Palco de grandes reuniões e festejos marcantes, o Casarão Fróes da Motta foi reaberto após uma revitalização na noite desta sexta-feira (3). A cerimônia, que reuniu autoridades, convidados e toda a sociedade, aconteceu em frente ao Casarão, localizado na Rua Conselheiro Rui Barbosa, no centro de Feira de Santana.

O Casarão Fróes da Motta foi construído em 1902 e carrega em seu nome, a homenagem ao primeiro historiador da cidade. Além de valorizar o projeto arquitetônico da época, o Casarão também é marcada como a única residência centenária da cidade.

O Acorda Cidade acompanhou a reabertura do Casarão e conversou com o prefeito Colbert Martins. Para ele, um dos prédios mais emblemáticos da cidade é uma também fonte de memória e história daqueles que contribuíram com o município.

“A prefeitura, a Câmara de Vereadores, o vereador Correia Zezito, nós todos fizemos o que era possível para ajudar na revitalização, restauração e participar do mergulho em Feira de Santana que é que temos aqui no Casarão Fróes da Motta, é a casa com mais de cem anos no município neste momento. Portanto, é uma fonte de memória, de história e precisamos manter isso funcionando. Cabe a nós todos e a Fundação Senhor dos Passos prover as condições para que tenhamos exposições, encontros em um grande centro de cultura que é o Casarão”, disse.

Parabenizando a Fundação Senhor dos Passos pela iniciativa de revitalizar o espaço, o prefeito Colbert Martins também lembrou que o Casarão é a única residência centenária que ainda se mantém ativa.

“O Casarão impacta lembrando e revivendo a história de Feira de Santana. Eu estive aqui, vivi uma parte da minha vida nesta casa e parabenizo Carlos Brito, a Péricles e a todos da Fundação por ter se dedicado a essa iniciativa de manter a casa com mais de cem anos em pé. Perdemos a casa de Chico Pinto, perdemos a casa da família Falcão, perdemos muito da memória de Feira de Santana e o que nos cabe é manter o Casarão”, frisou.

O presidente da Academia Feirense de Letras, o professor Josué Mello comentou com emoção sobre a restauração do Casarão Fróes da Motta. Segundo ele,, o local também abriga uma conexão entre a história e as novas gerações.

“Estamos todos empolgados com essa restauração. Felizmente um dos casarões históricos foi salvo pela Fundação Senhor dos Passos e você vê como a população valorizou, presenciou frequentando o Casarão. O que nós conhecemos é que um dos últimos coronéis de Feira de Santana morou aqui e ele representou muito naquele momento em que ele viveu e deixou muita coisa para o município e não poderia, essa história, ser renegada. Felizmente a igreja e um grupo de abnegados restaurou o prédio e vai se dedicar à cultura de Feira de Santana. Estão todos de parabéns. É importante até para as novas gerações, para ter consciência do seu passado. A cidade que não valoriza o seu passado não tem futuro e aqui vai ser importante para a nova geração”.

O secretário Municipal de Planejamento, Carlos Brito, ressaltou a importância de manter o Casarão Fróes da Motta para a realização de eventos, como forma de manter os custos da residência e manutenção. O secretário também agradeceu aos vereadores e à prefeitura que contribuíram para a restauração do ambiente.

“Está sendo uma festa memorável, porque nós estamos devolvendo a Feira de Santana o Casarão, já que ela estava parada desde a pandemia, estava fechada. Tínhamos 16 anos sem trabalho de manutenção das pinturas, da casa, por falta de recursos. Mas conseguimos, graças à generosidade do vereador Correia Zezito, e da vereadora Lu de Ronny, também, que nos ajudou, junto com o prefeito Colbert Martins, que fez muito para esse projeto ser viável, com essa iluminação especial aqui. É a casa mais antiga de Feira de Santana, então estamos buscando parceiros e estamos trazendo a sociedade feirense de todos os níveis sociais aqui. Foi um evento aberto para que cada feirense tenha o sentimento de pertença, porque essa casa pertence à Feira, não à Fundação Senhor dos Passos”, ressaltou.

Além de reforçar sobre o processo de manutenção do Casarão, Carlos Brito também fez uma avaliação sobre o evento de reabertura, na noite desta sexta-feira (3). De acordo com ele, a presença da população no evento é motivo de muita alegria.

“A manutenção aqui não é barata, e a casa, nós temos uma receita muito baixa, em função de algumas variáveis que a gente está buscando corrigir, como a utilização dessa casa como local de eventos, eventos pequenos, e nós vamos agora também melhorar, porque a gente pecou muito, temos que profissionalizar a utilização do espaço de eventos, para que nós tenhamos uma renda para manter essa casa enquanto aqui estivermos. Foi uma surpresa, eu fiquei preocupado com tanta gente, mas é prova que nós estamos no caminho certo, que Feira tem um amor pelas suas raízes, como essa casa, que está aqui linda e maravilhosa, esperando que todo mundo possa vir visitar”.

Projeto “Música no Casarão”Após revitalização, Casarão Fróes da Motta é reaberto à população

Além da reabertura do Casarão Fróes da Motta, a noite desta sexta (3), também contou com o Projeto “Música no Casarão”, da Filarmônica 25 de Março, que em seu repertório, evidenciou 12 obras pertencentes ao acervo de partituras da filarmônica.

Carlos Brito, que também é presidente da 25 de Março, finalizou dizendo que o projeto terá mais duas edições.

“A 25 de Março com essa casa, existe uma simbiose muito forte, já que os eventos que aconteciam aqui no início do século XX a XXV estava presente em todos, até nós batizados. Então isso é muito importante para que a gente tenha essa cumplicidade, nós teremos eventos na primeira sexta-feira de junho e vamos votar em setembro, quando essa casa faz 100 anos que foi reformada, foi restaurada na época pelo Dr. Eduardo Fróes da Mota”, concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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