Dia dos Pais

Veterinário influencia filhas na profissão, na arte de cuidar e amar o próximo

A veterinária e o cuidado com o próximo sempre foram os lemas da sua forma de educar as filhas e fez com que inclusive três delas escolhessem seguir a mesma profissão.

11/08/2019 às 07h48, Por Kaio Vinícius

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Rachel Pinto

Ele é aquele estilo paizão, que ama, acolhe, ensina, reclama quando é preciso e principalmente dá exemplo na vida e na profissão. Seu tipo físico grande parece que já foi feito para ser pai e permitir que em um abraço de urso consiga abraçar suas quatro filhas. O personagem dessa história com amor tamanho família é o médico veterinário feirense Erivaldo Nogueira. Pai de carteirinha de Cristiane, Carolina, Fernanda e Rafaela.

A veterinária e o cuidado com o próximo sempre foram os lemas da sua forma de educar as filhas e fez com que, inclusive, três delas escolhessem seguir a mesma profissão. A família vive e trabalha unida e é referência no meio veterinário da cidade. Dr. Erivaldo, como é chamado por todos, acaba sendo pai de suas filhas e também o pai de tantos animais que cuida e ajuda diariamente em seu trabalho. O jeito paizão passa pelo lar, pela empresa e chega até os animais, que já no primeiro contato com ele demonstram confiança e acolhimento.

Ele afirma que, ao longo de décadas de experiência de vida, sua realização está na profissão, também no casamento de 36 anos com Tânia Nogueira e na vivência com as suas quatro filhas e quatro netos (três são mulheres). Na vida dele, as mulheres reinam de forma absoluta e ele considera cada uma como um diamante especial. O orgulho de ver todos juntos, trabalhando, interagindo e discutindo sobre a veterinária, ele não esconde de ninguém e já na sala principal da sua clínica é possível ver a foto de toda família Nogueira.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Acredito que a gente já nasce com o destino traçado por Deus. Desde cedo eu tenho afinidade com o mundo animal e tudo sempre foi muito favorável na minha vida para que eu continuasse executando a função de médico veterinário. É um dom que Deus me deu e essa benção eu recebo todos os dias. Me realizo na profissão e eu sempre digo para as minhas filhas que profissão é como um casamento, tem que ter aquela química e o amor um pelo outro. Me realizo na minha profissão, me realizo por ter casado com a mulher que eu queria casar, sou agradecido a Deus pelas quatro filhas que eu tenho, que são meus quatro diamantes, e eu sou um homem feliz. Eu sempre procurei ser um pai presente com elas e minha felicidade é ver minhas filhas lutando pelos seus sonhos”, afirmou.

Erivaldo comenta que nunca determinou que as filhas seguissem a mesma profissão que ele. Sempre deixou que cada uma buscasse seu caminho a partir de cada particularidade, cada afinidade. A primeira filha que seguiu a carreira de veterinária foi justamente a caçula Rafaela Nogueira. Ele ficou feliz com a escolha dela e mais feliz ainda quando a segunda filha, Carolina, que já atuava como enfermeira, também escolheu ser veterinária. Seguindo os passos do pai, em seguida veio Fernada, a terceira filha, que é fisioterapeuta e agora estuda veterinária. Cristiane, a filha mais velha é pedagoga e foi a única que escolheu outra profissão. Mas, não deixa de orgulhar o pai, pois atua no Colégio Santo Antônio, escola onde Erivaldo estudou durante a infância e adolescência, e mantém um carinho especial e guarda muitas boas lembranças.

Na opinião de Erivaldo, a sua profissão de veterinário e também a sua esposa, que é enfermeira, acabaram influenciando toda a família, até mesmo Cristiane que é professora. Todos carregam em si o desejo de cuidar do outro, ajudar e incentivar.

Foto: Arquivo Pessoal

“Cristiane minha primeira filha é professora e isso me orgulha muito também. Porque ela trabalha no colégio que eu tive bons momentos na minha vida nos anos 70. No universo da veterinária primeiro veio Rafaela, depois Carolina e sem seguida Fernanda. Meu genro Márcio, esposo de Carol, também é veterinário. Viver entre tantas mulheres para mim é porreta. E essa conta vem aumentando. Já são três netas mulheres. Tem muita conversa, muita fofoca, mas tem também muito amor, carinho e parceria. Isso me deixa muito feliz”, comenta.

Emoção que transborda

Quando as filhas falam sobre o pai, a emoção corre solta e as lágrimas escorrem pelo rosto. O amor está em tudo que ele representa para cada uma, no exemplo de pai e de ser humano. Rafaela diz que o pai é o amor da sua vida e sua fonte inesgotável de inspiração.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade | Erivaldo e a esposa Tânia 

“Eu sempre tive muito apreço pelos animais e ver a felicidade de meu pai todo dia trabalhando, as conversas, discutindo os casos clínicos sempre me interessou bastante. Também pelo fato de desde pequena estar acompanhando ele nas fazendas e isso sempre me motivou na profissão. Sempre trabalhando juntos. Trabalhar em família é um dos maiores prazeres da minha vida e eu fico sem palavras para descrever o amor que eu sinto por ele”, afirma.

Ana Carolina se emociona ao falar do pai e a voz fica embargada ao expressar tanto amor.

“Inicialmente veterinária não foi a minha primeira profissão. Primeiro escolhi enfermagem que é a profissão de minha mãe. Sempre gostei muito de cuidar das pessoas e dos animais. A gente cresceu vendo esse exemplo em casa e eu amo ver meu pai na labuta do dia a dia lidando com os animais. Aprendi a amar e é isso que hoje almejo para a minha vida. Quero cada dia me dedicar mais porque eu amo mesmo. Meu pai é minha inspiração, assim como para minhas outras irmãs. Quando eu acordo todo dia eu peço a Deus para ser cada dia melhor na minha profissão. Peço sempre a ele que eu seja um pouquinho do que meu pai é porque eu sei que o que ele faz é com competência, dedicação e com amor. Então o que eu quero é ser como meu pai um dia se Deus permitir”, pontua.

Cristiane, a filha mais velha relata que, apesar de não ter seguido o caminho da veterinária, leva para a vida de professora vários ensinamentos do pai.

“Meu pai é o meu pilar. O centro de tudo e sem ele eu não seria de forma alguma o que eu sou hoje. Agradeço muito a Deus pelo presente de ter me dado um pai como ele e espero que se existir outras vidas que nós possamos nos reencontrar”, declara.

Pai coruja

Paizão, amigo, companheiro, Erivaldo é também muito pai coruja. Vibra diariamente por cada conquista das filhas, cada fase e aprendizado. Está ligado em tudo e muito antenado nas redes sociais. Posta, comenta e compartilha vários momentos com as filhas e faz questão de ressaltar que ser pai é uma das missões que assume com maestria, prazer e muita dedicação.

Foto: Arquivo Pessoal


Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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