Nova Cepa

Mais de 700 casos de dengue foram registrados no primeiro semestre de 2023 em Feira de Santana; novo vírus já existe na cidade

Os dados foram divulgados pelo Centro Municipal de Referência em Endemias.

10/07/2023 às 15h41, Por Gabriel Gonçalves

Compartilhe essa notícia

aedes_dengue_zika
Foto: Agência Brasil

A estação do inverno que possui períodos chuvosos e muitas vezes faz com que a água fique acumulada em diversos locais começou apenas no dia 21 de junho, porém o município de Feira de Santana já registrou no primeiro semestre de 2023, 734 casos de dengue. Os dados foram divulgados pelo Centro Municipal de Referência em Endemias.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a coordenadora do Centro, Síntia Sacramento informou que as localidades com maiores incidências, foram o bairro do Tomba e o distrito de Humildes.

“Nós registramos neste primeiro semestre do ano, 734 casos de dengue, um grande aumento comparado com o período de 2022, no qual tivemos pouco mais de 100 casos. Durante esse primeiro semestre, o mês de maio foi o que mais registrou notificações e os locais que lideram estes números é o bairro do Tomba e o distrito de Humildes”, explicou.

Coordenadora de Endemias
Foto: Arquivo Pessoal

Segundo a coordenadora, o Ministério da Saúde já tinha anunciado que 2023 seria um ano epidêmico.

“2023 é um ano que já veio divulgado pelo Ministério da Saúde como um ano epidêmico no Brasil todo, não só em Feira de Santana, portanto por ser um ano epidêmico, a gente já esperava que teria um aumento de casos e a gente passou um período sem inseticida, que o próprio Ministério da Saúde estava em falta, mas mesmo assim, a gente desenvolveu as atividades porque tinha ainda algum material e a gente vem notando um aumento considerado até agora. Agora no inverno a gente já está vendo que o clima está uma hora quente uma outra hora chove rápido, então isso também acaba acumulando água em alguns locais”, destacou.

Ainda de acordo com Síntia Sacramento, Feira de Santana já está com um novo tipo de vírus da dengue, que acaba se disseminando mais facilmente.

“A gente tem um agravante que é o vírus cosmopolita, que é uma cepa nova, então ela é nova para praticamente todo mundo, porque a gente tinha antigamente só tinha o soro tipo 1, 2, 3 e 4, mas o cosmopolita que é do soro tipo 2, ele tem um genótipo diferente, então ninguém ainda tinha sido identificado com ele. Já foram feito estudos e foi comprovado que aqui em Feira de Santana tem, então é um tipo de vírus novo que acaba sendo disseminado mais facilmente”, afirmou.

Ações de combate

Ao Acorda Cidade, a coordenadora do Centro informou que os agentes estão intensificando as fiscalizações nas casa das pessoas, com o objetivo de eliminar os focos de dengue.

“Nós estamos distribuindo capas para as tampas e tonéis, nós inclusive tivemos notificações de Chikungunya, mas são poucas em comparação aos de dengue, então estamos sempre acompanhando os trabalhos dos agente de endemias, eles eliminam os focos das residências, fazem o trabalho com bomba costal liberando inseticida e o importante é destacar que não é válido apenas matar o mosquito adulto, mas também as larvas, porque se isso não acontecer, novos mosquitos irão surgir”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Infelizmente o governo federal decidiu em 2023 não importar a vacina contra a dengue e deixar pessoas morrerem. Em Feira de Santana já houve 4 mortes por dengue esse ano.
    Se isso fosse decidido pelo governo anterior, toda a imprensa já estariam chamando de negacionista. Na como a imprensa é de esquerda , na da fala sobre isso.

  2. Minha esposa estava com dengue e eu levei no posto do tomba. Ela tinha certeza que estava com dengue, mas Dr. **** (saúde da família) disse que ela não estava, passou ibuprofeno para as dores que ela sentia e ela teve dengue hemorrágica e por um milagre de Deus ela não morreu. ela ficou tão mau que por um triz não perdeu a vida.

  3. Tive sintomas da dengue e fui atendido por 3 dias diferentes da policlínica do tomba, por último a dra Gladys, enfatizou que eu não tinha dengue porque não apresentei todos os sintomas e não iria solicitar exame sorológico. Insistir é não fui ouvido. Fiz o exame particular e fui detectado com a doença. Então esses números não estão próximos da realidade pq os profissionais fazem com que os casos fiquem subnotificados.

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade