Política

Governo Lula não apoia, mas Câmara deve aprovar fim das 'saidinhas' de presos

O projeto nasceu na Câmara, foi alterado pelo Senado, e agora está de volta para última análise pelos deputados

20/03/2024 às 18h12, Por Dilton e Feito

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Foto: Ricardo Wolffenbüttel/ Secom

O projeto que prevê o fim das “saidinhas” de detentos em datas festivas deve ser aprovado nesta quarta (20) ou quinta-feira (21) pela Câmara dos Deputados. O projeto não tem o apoio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas conta com maioria na Câmara para ser aprovado e seguir para sanção do presidente da República.

Lula já disse a interlocutores ser contrário ao fim do benefício, mas ainda vai avaliar o texto final para checar se vai sancioná-lo ou vetá-lo. A disposição inicial no governo era para defender o veto, mas o contexto político atual pode pesar, principalmente por ser um tema, o da segurança, que está em destaque na avaliação dos eleitores e tem desgastado a imagem do presidente Lula.

O projeto nasceu na Câmara, foi alterado pelo Senado, e agora está de volta para última análise pelos deputados. No Senado, o projeto foi aprovado com o fim das “saidinhas” em datas festivas, mas foi mantido o benefício para quem vai trabalhar ou estudar.

O relator na Câmara será o deputado Guilherme Derrite (PL-SP), que deixou temporariamente a Secretaria de Segurança de São Paulo para manter o posto que foi dele em 2022, quando o projeto foi aprovado pela primeira vez pelos deputados, com o voto de 311 parlamentares. O texto tem amplo apoio no Senado e entre os deputados, de maioria conservadora, mas conta com a oposição do governo e de partidos da base, como PT e Psol.

As duas siglas tentaram impedir a votação, mas o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a maioria dos líderes defende a análise. O benefício da saída temporária é concedido há quase quatro décadas pela Justiça a presos do sistema semiaberto que já tenham cumprido ao menos um sexto da pena, no caso de réu primário, e um quarto da pena, em caso de reincidência.

No Natal do ano passado, menos de 5% dos detentos não retornaram, mas recentes assassinatos praticados por presos beneficiados com a “saidinha” desencadearam uma onda no Congresso a favor do fim do benefício.

Fonte: g1

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  1. Finalmente, agora só falta obrigar a trabalhar pra eles mesmos pagarem as despesas que eles geram lá dentro, a despesa do auxílio que a família dos indivíduos recebem aqui fora e o mais importante, pra indenizar a vítima. Isso sim é direito humano, quem sofre com a violência é que precisa de cuidado e nem que perpetra ela. De bônus, ainda vai manter um monte de cabecinha ocupada com coisa útil.

  2. A mais de 4 décadas este benefício foi concedido .mas devido várias situações de violência e não cumprimento do retorno do preso ficou insustentável este benefício dado pela justiça..pronto. também os congressistas tem que ter uma visão mas geral em ter mais políticas públicas de educação integral pr mossos jovens e cursos técnicos. Apois as escolas técnicas.

  3. Se eu fosse um político honesto nunca ficaria contra um projeto de lei que vai beneficiar a população a não ser que eu seja do mesmo lado do criminosos

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