Acidentes nas estradas baianas deixam 14 pessoas mortas em quatro dias

Entre a noite da última sexta-feira (14) e as primeiras horas de segunda (17), cinco acidentes foram registrados nas estradas baianas, próximo da região de Feira de Santana.

Ao total, 14 pessoas perderam as vidas, um número que chama bastante a atenção para os perigos no trânsito.

O primeiro acidente aconteceu na noite de sexta-feira, na BR-116 Norte, trecho entre os municípios de Serrinha e Santa Bárbara, vitimando cinco passageiros de único veículo.

Já no sábado, dia 15 de julho, mais um acidente foi registrado, desta vez na BR-116 Sul, trecho de Santa Terezinha, quando quatro pessoas morreram.

Já durante a noite, uma estudante de medicina de apenas 24 anos, morreu após o veículo em que estava, colidir contra uma vaca na BA-120, trecho entre os municípios de Riachão do Jacuípe e Conceição do Coité.

No domingo (16), duas pessoas também morreram na BA-120. Desta vez, no trecho entre os municípios de Valente e Santaluz.

E na última segunda-feira (17), um casal que estava abordo de uma motocicleta, morreu na BR-324, trecho que liga Riachão do Jacuípe até a cidade de Tanquinho.

O Acorda Cidade conversou com chefe da delegacia da PRF em Feira de Santana, Invanildo Cirqueira, que fez um balanço das ocorrências registradas. Segundo ele, em todo o mês de julho do ano passado, cinco óbitos foram registrados.

“Infelizmente no último final de semana, aconteceram três acidentes graves nas rodovias federais, sobre a circunscrição da Polícia Rodoviária Federal de Feira de Santana. Em decorrência destes acidentes, faleceram oito pessoas e infelizmente a gente observa um cenário com muita preocupação, porque a gente vem trabalhando bastante e os números de acidentes graves e com mortos, desde o mês de março que vinha diminuindo. Inclusive em julho de 2022, foram registrados cinco óbitos, e somente em um final de semana, oito pessoas morreram nas rodovias federais”, pontuou.

Como forma de diminuir ou evitar os acidentes, campanha educativas sempre são realizadas.

“Já há um bom tempo que a gente tem buscado reduzir o número de acidentes, principalmente de acidentes graves e com mortes. A gente tem feito muita campanha educativa, tem intensificado as fiscalizações, além das operações que estão presentes no nosso calendário nacional, estadual e local. Contamos também com o plano de contingência, uma vez que foi identificado pontos críticos onde aconteceram muitos acidentes graves, e a gente vem trabalhando para reduzir essa quantidade, e com este levantamento das condições das rodovias, nós encaminhamos os documentos para os órgãos responsáveis para que tomem providências”, salientou.

Com relação ao acidente da última segunda-feira, Invanildo Cirqueira chamou a atenção para os casos de ultrapassagem perigosa.

“No caso do acidente envolvendo uma motocicleta e um automóvel que aconteceu na BR-324, sentido Tanquinho, e que infelizmente veio a óbito um casal, trata-se de uma colisão frontal, e aí que a gente precisa chamar a atenção para algumas questões. Óbvio que o laudo pericial está sendo feito, mas como se trata de uma colisão frontal, a gente pode parar para pensar, e se questionar, o que ocasionou esta colisão? Alguém transitou pela contramão e com algum propósito, talvez de executar uma ultrapassagem, mas será que fez o cálculo errado? Será que um dos condutores acabou desrespeitando as regras básicas do trânsito? Então a gente precisa ter bastante prudência, bastante cuidado e obedecer o regramento de trânsito”, destacou.

Animais na pista

No acidente que vitimou uma estudante do curso de medicina, o veículo em que a passageira estava, colidiu contra uma vaca.

O PRF também enfatizou que muitos desses casos, é causada pela falta de responsabilidade do dono do animal.

“Acidentes com animais, infelizmente é uma grande realidade. Alguns proprietários usufruem do animal durante o dia, e a noite soltam para pastar. Esses animais muito das vezes, ficam as margens das rodovias, outros são abandonados por questão de velhice, por estarem doentes, mas é um caso que deve ser tratado com muita seriedade, e estas pessoas precisam ser responsabilizadas. A gente utiliza bastante os serviços da ViaBahia, porque eles possuem um caminhão gaiola. Nós acionamos eles, eles pegam estes animais e levam para um centro de zoonoses, mas a gente sabe que nem todo lugar, conta com um local que possa recepcionar estes animais”, concluiu.

Com informações da jornalista Iasmim Santos do Acorda Cidade

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