Feira de Santana
Moradores denunciam alagamentos constantes no bairro Sobradinho
Funcionários tiveram dificuldades para salvar equipamentos, inclusive, correndo riscos de choques elétricos.
27/02/2024 às 06h49, Por Jaqueline Ferreira
Muitas casas, empresas e estabelecimentos comerciais em Feira de Santana foram afetadas com as fortes chuvas da última terça-feira (20). No bairro Sobradinho, ruas como a Amaralina, Primavera e a Arivaldo de Carvalho causaram prejuízo aos moradores e comerciantes que perderam móveis e eletrodomésticos após a invasão da água.
Uma das lojas invadidas e prejudicadas foi a de Eliene Lima da Silva, que fica na Rua Primavera. Segundo ela, o problema de alagamentos é recorrente, principalmente após as obras de duplicação do Anel de Contorno (Avenida Eduardo Fróes da Mota).
“Todas às vezes que chove acontece isso. Mas dessa vez a proporção foi bem maior, por conta dessa obra que está tendo na via. A água veio pelo fundo e pela frente. Tivemos prejuízos, os móveis todos inchados, perdemos tudo. Além da água da chuva, ainda tem a questão da poeira. A gente também teve outros problemas com essas obras, como a questão da rachadura no primeiro andar, por conta dos maquinários”, relatou a moradora ao Acorda Cidade.
O volume de água foi tanto que os funcionários tiveram dificuldades para salvar equipamentos, inclusive, correndo riscos de choques elétricos. Segundo Eliane, os proprietários da loja de consórcio já estão tomando as providências cabíveis para serem ressarcidos pela empresa responsável pelas obras.
“Os diretores já tomaram suas providências, procurando os seus direitos. Já está com advogado, acionando os responsáveis para poder ver o que a gente vai obter de sucesso deles. Queimou um notebook no valor de R$ 4,500. A chuva veio com tanta proporção que a gente foi começar pelo fundo para poder tentar resolver, mas veio água pela frente e acabou que estava na tomada e queimou”, explicou.
Outra rua bastante afetada foi a Arivaldo de Carvalho. Por lá, a água também chegou na altura do joelho, trazendo riscos às pessoas e prejuízos após alagamentos.
A moradora Eliete Maria viveu os momentos de pânico, onde se viu com a água dentro de casa. Com a ajuda do irmão, eles impediram o prejuízo de ser ainda maior.
Situação relatada também por Mirian dos Santos. Na residência dela, entrou muita água, mesmo com a existência de uma proteção contra os alagamentos.
“A gente tem uma proteção na porta, mesmo assim a água passou por baixo. A região toda foi assim. Toda vez que chove, alaga”.
Thiago Oliveira relatou os estragos causados pelos alagamentos na Rua Amaralina. Muitos moradores ficaram ilhados, em completo desespero ao ver os bens sendo destruídos pela água.
“Entrou água, queimou a máquina de cartão, deu pane nos carros de entrega, a gente teve que parar de atender. Derrubou a porta. Foi um caos na última terça-feira, quando houve a chuva. Realmente, foi muito difícil. Toda vez que chove é assim na Amaralina, Rua Primavera, Arivaldo de Carvalho”, relatou.
Segundo Thiago, os problemas aconteciam antes da obra, mas após a duplicação a situação piorou. Na região do Colégio Estadual Assis Chateaubriand, a água cobre os joelhos.
“Independentemente da obra, já acontecia. Quando chove, fica intransitável. Falta rede de esgoto, bueiro e drenagem na área, porque a água não escoa. Tem que ter uma intervenção forte nessa região”, pontuou.
O Acorda Cidade entrou em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A nota enviada pelo órgão foi a seguinte:
O Dnit esclarece que o alagamento na região não tem relação com a duplicação da BR-407/BA. A autarquia ressalta que nas proximidades da rodovia está sendo realizada uma obra particular e que em função das chuvas o material da terraplenagem desta obra foi arrastado para o sistema de drenagem da rodovia. A empresa responsável pela manutenção da rodovia está realizando um serviço emergencial de desobstrução da tubulação da BR-407/BA.
Leia também:
Após vistoria da prefeitura, rua volta a alagar no bairro Sobradinho
Chuva alaga residências nos bairros Jardim Cruzeiro e Sobradinho em Feira de Santana
Chuva deixa ruas de Feira de Santana alagadas; Inmet emite alerta e Coelba monta força-tarefa
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram
Mais Notícias
Feira de Santana
Policial recupera ar condicionado de jornalista que sofreu golpe de triangulação
Rafaela Rodrigues realizou a venda do eletrodoméstico por meio de um aplicativo de vendas e achou que tinha recebido o...
20/05/2024 às 20h07
Feira de Santana
UPA estadual de Feira de Santana promove ação de combate ao abuso infantil no maio laranja
Além de palestras, a ação na UPA incluiu a distribuição de folders e a orientação de pais e responsáveis sobre...
20/05/2024 às 14h00
Feira de Santana
Vacinação contra a raiva é intensificada nesta semana em Feira de Santana
A vacinação é direcionada a animais saudáveis com mais de três meses de idade.
20/05/2024 às 13h38
Treinamento
Curso gratuito sobre segurança alimentar reúne médicos veterinários
O curso "Programas de Autocontroles de Produtos de Origem Animal” será ministrado no Centro Cultural Sesc, em Feira de Santana....
20/05/2024 às 11h46
Feira de Santana
Servidores da Saúde voltam a protestar por reajuste salarial nesta segunda-feira (20); categoria pode aderir a greve
Em toda a Bahia, cerca de 6 mil servidores estão paralisados, incluindo a área de educação e outros segmentos.
20/05/2024 às 10h30
Feira de Santana
Idoso morre ao engasgar com pedaço de carne
Segundo familiares, ele estava jantando no momento em que engasgou.
20/05/2024 às 06h40
Consequências das obras mais feitas da duplicação. Fizeram umas obras que destruíram o curso natural das águas.
Lugares onde não havia isso, alagamento, destruição de imóveis, tudo depôs da duplicação mal feitas . Agora é a população entrar rasgando com tudo no ministério público. Pegar excelentes advogados que não se vendam, que verdadeiramente entre rasgando utilizando as leis, e, exigir das construtoras e de todos os órgãos públicos, reparação das obras e, reparação pelos darmos materiais sofridos pela população.