Projeto de Lei

Sugestão de criança feirense vira projeto de lei federal

Proposta prevê prioridade em programas habitacionais e acesso a microcrédito para mães de gêmeos, trigêmeos ou mais filhos.

Ideia de criança feirense vira projeto de lei de Zé Neto que garante auxílio para mães de gêmeos, trigêmeos ou mais
Foto: Arquivo pessoal

Uma ideia apresentada pelo feirense Yure Cedraz Oliveira Fonseca, de apenas 12 anos, virou um projeto de lei (PL 789/2025) de autoria do vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, Zé Neto (PT), relatado pela deputada Lídice da Mata (PSB) e aprovado pela Comissão de Trabalho, no último dia 27 de agosto, que cria políticas sociais voltadas às mães de múltiplos – gêmeos, trigêmeos ou mais, como prioridade em programas habitacionais e acesso facilitado ao microcrédito.

A iniciativa, conforme justificou Zé Neto, é reduzir desigualdades e garantir melhores condições de vida para essas mulheres que enfrentam desafios multiplicados.

“Ter um filho hoje, que é uma dádiva divina, já é oneroso, imagine três ou quatro? Então quando Yure me abordou na igreja um dia desses para falar sobre o assunto, eu entendi a necessidade de criar esse projeto. Porque cuidar das mães de múltiplos é cuidar de crianças que chegam ao mundo em famílias já marcadas por dificuldades financeiras e logísticas. É papel do Estado oferecer suporte concreto para que essas mulheres possam criar seus filhos com dignidade”, afirmou o parlamentar.

Para Layane Cedraz, mãe de seis filhos — um casal e mais os quadrigêmeos, incluindo Yure, ver uma vivência pessoal se transformar no primeiro projeto de lei voltado para famílias de múltiplos no Brasil é um misto de orgulho, esperança e, sobretudo, de uma causa coletiva.

“Ser mãe de múltiplos é viver diariamente desafios que, muitas vezes, a sociedade nem imagina. Foi nesse contexto que meu filho Yure, convivendo tão de perto com essa realidade e a partir dessa escuta sensível e responsável do deputado Zé Neto, teve a sensibilidade de pensar em algo que fosse além da nossa casa, que pudesse beneficiar muitas outras famílias como a nossa. É um misto de orgulho, esperança e, sobretudo, de uma causa coletiva que acompanho essa tramitação esperançosa por acreditar que temos muito a contribuir para uma sociedade mais justa e inclusiva“, destacou.

A proposta segue agora para apreciação de outras comissões da Câmara antes de ser levada ao plenário.

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