“Ninguém pode se eternizar no cargo. A verdade é essa.” Foi assim que o delegado de Polícia Civil, Yves Correia Correia, explicou o motivo das recentes mudanças nas delegacias de Feira de Santana. Segundo ele, a rotatividade nas chefias é um movimento natural e necessário para “oxigenar” as unidades e fortalecer o trabalho da polícia judiciária.
As alterações foram oficializadas no último sábado (24), por meio de publicação no Diário Oficial do Estado da Bahia. Vários delegados foram exonerados e outros nomeados para diferentes unidades da Polícia Civil na cidade. As mudanças fazem parte de uma reestruturação promovida pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), que busca fortalecer os resultados e melhorar a atuação das delegacias do estado.
“A gestão da Polícia Civil, a todo momento, precisa realizar alterações nas unidades para oxigenar. Isso é natural. Tivemos delegados aqui em Feira com mais de oito, até 14 anos, na mesma unidade. Isso não é salutar para nenhuma administração. É importante essa renovação, até para que cada colega também consiga dar um outro gás, renovar o oxigênio em outras unidades policiais. É importante para termos uma atividade policial mais forte. Ninguém pode se eternizar no cargo”, disse Yves ao Acorda Cidade.
Apesar das mudanças em várias delegacias, uma permaneceu exatamente como está: a Delegacia de Homicídios (DH). E não foi por acaso. De acordo com o delegado, a decisão foi tomada com base nos resultados expressivos da unidade, que vem se destacando na redução dos índices de violência e no alto índice de elucidação de crimes.
“A DH tem sido um sucesso. É um trabalho muito sério, que tem dado uma resposta muito forte em Feira. A gente tem índices importantes em redução, batendo recorde a cada mês. É quem de fato dá a resposta. A equipe da DH está muito comprometida, com o Dr. Gustavo à frente, sempre atuando junto com outras unidades”, destacou em entrevista ao Acorda Cidade.
Yves também destacou que a DH está recebendo reforços, justamente para ampliar ainda mais a capacidade operacional. Segundo ele, o trabalho em conjunto com a Coordenação de Apoio Técnico à Investigação),tem sido fundamental no cumprimento de mandados, prisões e avanço das investigações.
Outra questão que gerou questionamento foi o fato de algumas nomeações ainda não terem sido publicadas no Diário Oficial. O delegado explicou que se trata de um trâmite burocrático, que não depende da gestão local. “Os atos acontecem de forma administrativa e, provavelmente, essa semana já devem estar saindo”, pontuou.
Yves ainda garantiu que o perfil dos novos delegados é técnico e alinhado aos objetivos da Polícia Civil: eficiência, integração com outras unidades e respostas rápidas à sociedade.
“Tudo o que a gente quer é uma Polícia Civil cada vez mais forte, trabalhando de forma integrada e irmanada com a Polícia Militar, para dar a resposta que Feira de Santana e região. Então a ideia é sempre progredir, regredir jamais”, finalizou.
Mudanças também nos endereços
Após as mudanças no comando, os endereços de algumas unidades também vão mudar. A Delegacia de Homicídios passa a funcionar no Conjunto Jomafa, no Complexo Policial Investigador Bandeira, onde também já opera a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE). Já a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) será transferida para o Complexo de Delegacias, no bairro Sobradinho.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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