Educação

Sindicato reprova retorno das aulas presenciais nas escolas sem a vacinação da categoria em Feira de Santana

Para tratar desse assunto, o sindicato fará uma reunião com a categoria nesta quarta-feira, às 17h, em todo o estado.

28/04/2021 às 10h08, Por Laiane Cruz

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Laiane Cruz

A professora Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), sindicato que representa os professores não concorda com a retomada das aulas, ainda que de forma semipresencial. Ela afirma que o retorno só poderá acontecer quando houver vacina para todos os professores e funcionários das escolas do município de Feira de Santana.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade | Marlede Oliveira, presidente da APLB sindicato

“Está previsto no decreto do governo do estado, para alguns municípios retornarem, como já fez Salvador, e o prefeito de Feira de Santana está dizendo que aqui tem condições de retornar. Nós temos uma decisão na nossa entidade que só voltaremos com a vacina para todos: professores e funcionários.”

Para tratar desse assunto, o sindicato fará uma reunião com a categoria nesta quarta-feira, às 17h, em todo o estado.

“Vamos dizer não ao retorno das atividades presenciais nas escolas públicas da Bahia, enquanto não tiver vacina, as duas doses para os trabalhadores da educação. Nós não vamos admitir o genocídio da nossa categoria, porque comércio, indústria, bancos ou outros setores não têm crianças lá trabalhando. Na sala de aula tem 40 crianças, numa sala apertada, sem ar condicionado, com as condições precárias das escolas da rede pública, tanto do estado como do município de Feira”, declarou Marlede Oliveira.

Cortes dos salários

A representante sindical lembrou ainda que durante a pandemia os professores de Feira de Santana tiveram os salários cortados em até 70%, o que motivou uma ação contra a prefeitura.

“Ouvi dizer também que pagou salário integral aos professores, e porque a gente está na Justiça pra devolver os salários. Todo mundo sabe que a gente está com uma ação desde o ano passado, porque o prefeito cortou o salário. Que sentido faria ter uma ação sem corte de salário? O apagão que está acontecendo com a educação não é responsabilidade nossa, é da má administração”, disse.

Ela ressaltou ainda que no ano passado a prefeitura não conseguiu implementar as atividades remotas, nem melhorou a estrutura das escolas.

“O ano passado no município de Feira teve quatro secretários, isso prova a incapacidade educacional da administração, pois todos esses não conseguiram implantar as atividades remotas. As crianças não têm computador em casa, internet, nem celular. E o prefeito durante todo o ano de 2020 não teve a capacidade de implementar as atividades remotas. Cortou salário dos professores em 70%, não reformou as escolas, que continuam precárias, mesmo a prefeitura recebendo os precatórios do Fundef.”

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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