Educação

APLB declara que não há viabilidade pra retorno das aulas da rede municipal em Feira de Santana

Nesta segunda feira (15), Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, comentou que há muitas dúvidas com relação ao retorno das aulas da rede municipal de ensino.

15/03/2021 às 14h50, Por Laiane Cruz

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Rachel Pinto

Na última sexta-feira (12), a secretária municipal de educação, Anaci Paim, disse em entrevista ao Acorda Cidade que o município de Feira de Santana está se preparando para o retorno das aulas nça, com um conjunto de medidas e ações que incluem a implantação de salas multimídias nas unidades escolares e também a contratação de mães de alunos para orientá-los desde o deslocamento no transporte escolar até às dependências da escola.

Anaci relatou que ainda não há uma data pra este retorno das aulas, mas a proposta de utilização das salas multimídia deverá ser de forma escalonada e, para aqueles estudantes que não têm acesso à internet, haverá a opção do material impresso. A prefeitura analisa a possibilidade de usar um canal de TV para oferecer aulas aos alunos durante todo o dia.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade | Marlede Oliveira, presidente da APLB sindicato

Nesta segunda feira (15), Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, também em entrevista ao Acorda Cidade, questionou as declarações da secretária e comentou que há muitas dúvidas com relação ao retorno das aulas da rede municipal de ensino.

Ela afirmou que o Conselho Municipal de Educação não aprovou o retorno das aulas presenciais, mas apenas aulas remotas. “A secretária disse que serão atividades remotas, a estatística é que mais de 50% dos alunos não têm acesso à internet, se não têm acesso à internet, não têm computador, como vai ser? Ela precisa explicar como vai ser a atividade remota e as crianças vão ter que ir para escola. Nós não vamos deixar acontecer atividade a não presencial, porque não tem vacinas para professor, funcionário da escola e tem decreto para não aglomerar”, frisou.

De acordo com Marlede Oliveira, os professores também não passaram por nenhuma formação em atividades remotas e foram pegos de surpresa no que diz respeito às novas tecnologias. Ela pontuou que a categoria não foi formada para atividades não presenciais.

“Estamos há um ano na pandemia e a secretária de educação não conseguiu se organizar para acontecer atividade remota em Feira de Santana. Como os professores vão fazer atividade remota se ainda não tem um calendário. Quero dizer que o sindicato nunca foi contra as atividades. Os professores continuam com o salário cortado, o prefeito alega que nós não estamos trabalhando. Não estamos trabalhando por incapacidade do governo municipal de não fazer acontecer as atividades remotas. Os professores poderiam fazer, mas as crianças não têm internet, não têm computador e aí quem está sendo penalizado somos nós professores, estamos sendo acusados de preguiçosos. Como é que vamos trabalhar se tem um decreto suspendendo as atividades, se o governo não se preparou e não consegue resolver essa pendência de que possa acontecer atividade remota em Feira de Santana?”, questionou.

A sindicalista observou que é preciso que a prefeitura faça esses esclarecimentos para a comunidade e para os professores. Ela sugeriu também que o município utilize os 40% dos recursos dos precatórios para investir materiais para educação das crianças. 

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