Feira de Santana

Setembro verde: Feira de Saúde alerta para a importância da doação de órgãos

A Feira de Saúde, que é aberta ao publico, também está oferecendo serviços como aferição da pressão arterial e glicemia, além da presença do Hemoba, que está fazendo cadastro para doadores de medula óssea.

03/09/2019 às 14h11, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Uma Feira de Saúde está sendo realizada até às 16h desta terça-feira (3) no estacionamento do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) com o objetivo de incentivar a população a falar sobre a doação de órgãos. O evento é em alusão ao Setembro Verde, que tem como tema este ano “Doação de Órgãos Transformando Vidas”.

A ação é realizada pela Santa Casa de Feira de Santana e a iniciativa é da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante – CIHDOTT do Hospital Dom Pedro de Alcântara. Além do incentivo a doação de órgãos, a Feira de Saúde, que é aberta ao publico, também está oferecendo serviços como aferição da pressão arterial e glicemia, além da presença do Hemoba, que está fazendo cadastro para doadores de medula óssea.

A enfermeira Adriana Souza da Silva, do Hospital Dom Pedro de Alcântara, que está na coordenação da Feira de Saúde no Setembro Verde, destacou que o grande intuito da campanha é levar para a comunidade mais conhecimento sobre a doação de órgão.

“A gente trouxe estatísticas para que as pessoas conheçam o que nossa cidade está fazendo com relação a doação e transplantes. Muita gente não sabe que Feira realiza transplante de córneas e de rim. O Dom Pedro é pioneiro na região, desde 2015 até agosto desse ano, já realizamos 188 transplantes. Só esse ano foram 51 e agora batemos o recorde no mês de agosto com oito transplantes em seis dias”, frisou.

Segundo Adriana Souza, outra Feira de Saúde está sendo programado, desta vez dentro do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), com a mesma proporção e os mesmos serviços oferecidos nesta terça. Ela lembra que o Setembro Verde é o mês de incentivo a doação de órgãos, tendo como o dia D, a data 27, por esse motivo, as ações estão sendo realizadas para enfatizar bastante sobre assunto.

A enfermeira falou ainda sobre o motivo de não haver tantas doações de órgãos. Segundo ela, atualmente a negativa familiar é grande, pelo fato das pessoas não conversarem sobre o assunto.

“Isso deve ser conversado em vida. Na hora da morte as pessoas não sabem a vontade do doador em vida, o que dificulta muito. A estatística de doação de órgão na Bahia é muito baixa. Só a família pode autorizar uma doação, por isso é importante avisar a família”, destacou.

O coordenador de transplantes da Santa Casa de misericórdia do Hospital Dom Pedro de Alcântara, Rodrigo Serapião, também falou sobre a importância de conversar com a família sobre o posicionamento de ser doador de órgão.

“A doação é decidia pela família e geralmente ela respeita uma opinião da pessoa que veio a falecer e por isso é importante que a pessoa diga a família se ela é doador ou não. Hoje na Bahia temos uma taxa de negativa familiar em 55%, isso quer dizer que a gente poderia estar transplantando o dobro que estamos fazendo se as famílias aceitassem a doação. Grande parte disso ocorre por que a família não sabe o desejo do falecido”, disse.

Ele informou que Feira de Santana já faz transplantes de rim há mais de quatro anos, assim como transplante de córneas. Segundo ele, a captação em Feira de Santana está funcionado de maneira satisfatória, mas ainda não alcançou maiores níveis. Porém, o médico entende que o processo de doação é longo e logo os objetivos serão alcançados.

“Tudo que for de informação para que as pessoas percam o receio da doação, para que as pessoas entendam que a doação é um ato altruísta, um ato importante para a sociedade, é muito importante nesse Setembro Verde”, afirmou.

Segundo Rodrigo Serapião, Feira de Santana tem uma fila enorme, assim como a Bahia toda. Ele explicou que as filas são dividas por órgão. A fila de transplante renal hoje na Bahia está em torno de 1.034 pessoas inscritas, dessas quais, Feira de Santana deve estar em torno de 30% dessa lista, segundo informou.

O médico acrescentou ainda que o Brasil tem o maior sistema de transplante público do mundo, sendo a grande maioria dos transplantes feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, ele informa que isso não impede que pacientes que tenham plano de saúde realizem o procedimento pelo convênio, desde que sigam as regras da legislação de transplante.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade  

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