Covid-19

'Se for preciso, iremos reativar as UTIs', declara prefeito sobre aumento de casos de Covid-19 em Feira de Santana

Ainda de acordo com o prefeito, a variante da Ômicron ainda não foi detectada no município, mas a equipe de saúde trabalha no sentido de evitar esta transmissão.

12/01/2022 às 12h02, Por Gabriel Gonçalves

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Gabriel Gonçalves

O município de Feira de Santana, registrou nos primeiros 11 dias de 2022, mais 206 casos positivos para a Covid-19, segundo dados obtidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Somente entre segunda (10) e terça (11), a Vigilância Epidemiológica, contabilizou 84 casos positivos, o que acendeu a preocupação sobre os encontros de confraternizações que aconteceram no final do ano passado.

Em entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã desta quarta-feira (12), o prefeito Colbert Martins, informou que está acompanhando de perto este aumento no número de casos, e declarou que se for preciso, novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), serão reativados.

"Estamos atualmente com duas epidemias simultâneas aqui em Feira de Santana, e talvez, se formos colocar o Aedes Aegypti, vem uma terceira epidemia, mas realmente, neste momento de mais grave, é a Covid-19 através das variantes presentes, como a Delta e a Ômicron e a questão da Influenza. Eu estive há duas semanas com o secretário Marcelo Britto na UPA da Queimadinha e na UPA da Mangabeira. Verificamos que se for necessário, podemos expandir as áreas de internamentos que existem nestas duas unidades. Caso isso venha acontecer, são estruturas como toldos, que são montados de forma rápida, é uma estrutura mais organizada que possui ar-condicionado interno. Temos também a UTI do Hospital Dom Pedro, e que se for necessário, podemos reativar também, já que temos um contrato. Mas o que ainda observamos neste momento, é que temos números baixos de internações por Influenza, mas de qualquer forma, estamos preparados", declarou.

De acordo com o prefeito, esse aumento no número de casos positivos para a Covid-19, e pessoas com sintomas gripais, pode estar relacionado com os encontros de festejos de final de ano.

"Nos últimos dias, aconteceram festas em todos os lugares possíveis. Vimos que estava tendo festas na Praia do Forte em Salvador todos os dias, estavam tendo festas aqui em Feira também, encontros familiares, e isso aumenta a probabilidade das transmissões. Estamos agora no período maior de transmissão, porque estamos completando quase 15 dias da virada de ano, e é nesta semana que existe a alta frequência dos casos de transmissão. É importante destacar que essa transmissão acontece de várias formas, seja pelo espirro, pelas gotículas da saliva, pelo suor, por isso que é importante evitar os abraços, e como as pessoas podem evitar isso? Utilizando as máscaras que são barreiras mecânicas, evitar o compartilhamento de materiais, como copos, pratos, talheres, porque se caracteriza como a própria hepatite, esse tipo de transmissão. Essa variante da Ômicron, ela se transmite com facilidade e de forma mais grave, porque quando ela se associa coma gripe, vamos ter uma dupla circunstância, da Covid que afeta a área pulmonar, se associando também com a infecção respiratória que torna a doença mais grave", afirmou.

Mesmo com três doses da vacina, existe a probabilidade de ser infectado?

Segundo o prefeito que também é médico, a vacina não possui um efeito protetor 100%, mas pode evitar que pacientes sintam sintomas mais graves da Covid-19.

"Eu por exemplo já tomei as três doses, mas posso ser infectado porque a possibilidade existe, espero que isso não aconteça, mas caso eu teste positivo, será de uma maneira mais leve, tanto que o número de óbitos, caiu. Infelizmente os casos que estão sendo registrados, são em consequência de outras doenças, como por exemplo se o paciente tiver insuficiência renal. Mesmo que esta pessoa esteja vacinada contra a Covid-19, a insuficiência renal pode evoluir, um câncer pode evoluir para o óbito", explicou.

Ainda de acordo com o prefeito, a variante da Ômicron ainda não foi detectada no município, mas a equipe de saúde trabalha no sentido de evitar esta transmissão.

"Essa variante já foi identificada na Bahia, porém eu imagino que nessa altura de epidemia, a gente não espera que ela ainda não esteja circulando na cidade, a gente trabalha como se ela já estivesse sendo transmitida, porque ainda não se tem a confirmação. Essa detecção é feita de forma molecular e o resultado demora. Nós estamos realizando os testes de Covid-19, mas ainda não iniciamos os testes de Influenza. Ainda estamos no aguardo porque o Ministério da Saúde ficou de enviar 28 milhões de testes, mas ainda não foram enviados. Quando a pessoa está gripada e tem a Covid-19 positiva, nós atribuímos o diagnóstico para a Covid-19 e trata-se, a outra doença como complementar, mas quando o resultado é negativo, aí sim, tratamos como doença principal, a Influenza", concluiu.

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