Saúde

Doutora em saúde coletiva alerta para gravidade da poliomielite e orienta pais a vacinarem crianças

A poliomielite não atinge somente o público infantil, porém esse grupo é que pode ser acometido pela doença com as formas graves.

22/09/2022 às 21h33, Por Laiane Cruz

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Foto: Thiago Paixão/ Secom

A enfermeira e doutora em saúde coletiva Géssica Orrico fez um alerta aos pais nesta quinta-feira (22), para que levem seus filhos aos postos de saúde para imunização contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil.

Segundo ela, uma vez que atinge o sistema nervoso e periférico, todas as regiões onde a gente se tem enervações podem ser atingidas, porém o mais comum é o sistema osteo articular, os músculos.

“A poliomielite é uma doença viral aguda, que acomete principalmente nosso sistema nervoso, mas precisamente nossos sistema periférico; compromete nossa medula espinhal, e aparece de forma aguda, na maioria das vezes, acometendo mais crianças. Existe um enfraquecimento, inicialmente, agudo desses membros periféricos inferiores, por isso a gente tem a questão da utilização da cadeira de roda e esses músculos ficam completamente imóveis com o avançar da doença”, observou a enfermeira em entrevista ao Acorda Cidade.

Ela considera que o fato de muitas famílias não terem presenciado surtos da doença e também a desinformação sobre a poliomielite podem estar desencadeando tão baixa procura pela vacina durante a campanha.

“Uma das teorias que eu levanto para essa baixa procura é que os pais, por conta da erradicação dessa doença, deixaram de vivenciar essa doença no país. Mas o fato para termos erradicado a polio foi o grande sucesso no programa de imunização. Como a gente deixou de vacinar, isso é preocupante, pois tem aparecido casos em outros países próximos ao nosso. Não vivenciar essa doença desde 94 e a desinformação é a grande cereja desse bolo”, observou.

Conforme a doutora em saúde coletiva, a poliomielite não atinge somente o público infantil, porém esse grupo é que pode ser acometido pela doença com as formas graves.

“Por isso a gente tem uma visão mais centrada nessa população. Quando elas nascem têm que tomar uma outra vacina que não é a oral, é a injetável da polio, e passa a tomar a oral a partir de um ano até completar os cincos anos. A cura é mais dificil, por isso a gente investe na prevenção. O tratamento também é bem complexo, e na grande maioria das vezes não leva à cura. A prevenção é através da vacinação, e não ter contato com secreções de um paciente infectado, mas esse último caso é mais dificil, já que é uma doença viral aguda. Então a forma principal de prevenção é vacinar”, completou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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  1. Em um país onde o representante maior , faz campanhas contra vacinação, infelizmente muitos pais vão nessa bravata e não vacinam os filhos, e muitos também nem se vacinaram por motivos de desacreditar na ciência, e o pior quem se vacinou pode ser prejudicado pela volta das doenças.

    1. Falou besteira amigo. Antes de ouvir falar de Bolsonaro, eu já não simpatizava com vacina nenhuma. Se vc tomou e está vivo, ótimo!! Mas uma galera tomou achando que estaria se salvando e agora tão no além e a ciência não pode trazer eles de volta. Deixa de “bobagi”.

      1. Quem tafalando bobagem é vc . fica aí passando pano pro negacionismo de Bolsonaro.
        Se vc tá vivo hj é graças às vacinas q todos os brasileiros sempre tomaram agora me vem com esse papo besta de não ter simpatia. Mió calá prá nao passar atestado de seguidor do idiota-mor.

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