Feira de Santana
Doença da Vaca Louca: nenhum caso foi registrado em Feira de Santana, segundo coordenadora da Vigilância Epidemiológica
A prevenção é a melhor forma de conter a contaminação.
15/10/2022 às 09h30, Por Iasmim Santos
Conforme a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), a Encefalopatia Espongiforme Bovina, é uma desordem cerebral degenerativa, rara e fatal caracterizada por rápida neurodegeneração incapacitante com movimentos involuntários.
Nos bovinos é conhecida como ‘Doença da Vaca Louca’’, por causa do seu poder de transmissibilidade e devido às suas características neuropatológicas.
Carlita Correia, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, certificou que até o momento não existe nenhum caso suspeito da doença.
“A vigilância tem feito todo o rastreamento, até o momento nenhuma unidade de Saúde, nem pública, nem privada, nos acionou. Mas a gente tem essa orientação e os profissionais estão cientes dos casos positivos em Salvador e a gente segue em todo o município em alerta, mas não temos nenhuma sinalização de nenhum caso suspeito e nem positivo para Feira de Santana no momento,” afirmou.
Os sintomas normalmente são desordens cerebrais, perda de memória, tremores, falta de coordenação dos movimentos musculares, distúrbios na linguagem, perda na capacidade de comunicação e perda visual.
Segundo Carlita, esses são os sintomas que chamam mais atenção e que fazem com que os médicos façam um diagnóstico diferenciado.
“Pode acontecer vários desses sintomas ou apenas um ou dois. É importante que as pessoas entendam que se teve uma alteração muito brusca na fala ou na memória, tremores que não são casuais, uma perda de visão acentuada, é importate observar esses sintomas, com tranquilidade, e se dirigir à unidade de saúde. Temos uma equipe preparada, e os médicos conseguem identificar e com certeza a atenção será focada em fazer um diagnótico direcionado para isso,” informou.
A doença é degenerativa, e pode ser causada pelo consumo da carne contaminada.
“Não se sabe ao certo, a origem ou como essa doença contamina o bovino e, certamente, o indivíduo que consome essa carne contaminada. Mas para um indivíduo contrair a doença, por meio da carne, esta deve estar contaminada. E diante disso, temos todo um alerta não só na Vigilância Epidemiológica, mas na Vigilância Sanitária. A gente trabalha em conjunto, observamos os fatores, o município de Feira de Santana, a inspeção das carnes que são vendidas, então todo esse controle, a Vigilância Sanitária também está atenta, porque o mais importante é cuidar, não queremos receber notícias de que tenha um indivíduo acometido com essa doença em nenhum hospital. Já que existe essa incidência em Salvador, é importante trabalharmos com a prevenção, sabendo que tipo de carne está sendo consumida no nosso município para que o indivíduo não venha a consumir uma carne contaminada,” alertou.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica disse ao Acorda Cidade que o mais importante é trabalhar com a prevenção para não receber nenhuma sinalização de caso suspeito.
“É muito importante que as pessoas prezem por carnes inspecionadas, legalizadas. E até buscar, junto a Vigilância Sanitária, caso tenha alguma dúvida… o empresário ou microempresário, se tiverem alguma dúvida podem acionar o serviço da Secretaria Municipal de Saúde por meio da Vigilância Sanitária para também receber essa orientação e oferecer a esses clientes uma carne com confiança e credibilidade e continuar seguindo o fluxo no comércio que é muito importante,” destacou.
O momento não é de pânico segundo Carlita, mas orientou que os empresários e os consumidores busquem mais segurança.
“Caso apareça algum sintoma, procure o Sistema de Saúde, mas sem nenhum tipo de desespero, porque não é uma doença contraída de pessoa para pessoa, nem com o uso de utensílios, não foi comprovado nada disso. Apenas, até o momento, o que a ciência diz é que ela pode ser contraída através do consumo da carne contaminada”, disse.
Segundo o Ministério da Saúde e conforme a ciência aponta, cerca de 90% dos indivíduos infectados, infelizmente, podem morrer em até um ano.
“É uma doença degenerativa, não tem um tratamento específico para evitar que o indivíduo não morra. Por isso, o mais importante é focar na prevenção. O município está atento, tem redobrado a atenção, em especial, para o tipo de carne que a população tem consumido. E a Vigilância Epidemiológica está atenta para qualquer alerta, para qualquer sinalização de um hospital de rede pública ou privada que nos sinalize para que a gente vá de imediato fazer essa identificação e deixar a população tranquilizada,” frisou.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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