Feira de Santana

Professores acampam em frente à Seduc e aguardam negociação com o governo

A APLB informou que os professores foram até a Defensoria Pública em busca de apoio e para assegurar os seus direitos.

07/04/2022 às 17h14, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Uma semana após ter sido deflagrada a greve dos professores da rede municipal, confusões envolvendo a categoria, guarda municipal, e vereadores, o movimento segue até o momento sem avanços na negociação com a prefeitura municipal. Os professores estão acampados em frente à Secretaria Municipal de Educação (Seduc), na Avenida Getúlio Vargas, e aguardam uma resposta para a pauta de reivindicações. Eles ficarão reunidos no local até as 22h e retornam no dia seguinte às 7h. (Assista ao vídeo)

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Ontem (6) houve uma reunião com a secretária Anaci Paim e segundo a diretora do Sindicato dos Professores – APLB, Marlede Oliveira, o governo se propôs a atender algumas das pautas como a mudança de referência somente após o final da greve.

Ela salientou em entrevista ao Acorda Cidade, que a classe realizou uma assembleia e decidiu não aceitar esse posicionamento, assim como o reajuste de 5% dado a todos os servidores municipais.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“O reajuste de 33,23% foi só para 37 professores e os demais, que são mais de 2 mil, será de 5%. Tem o pagamento integral dos salários que também não deu a resposta. Estamos aguardando a negociação”, declarou.

A sindicalista informou ao Acorda Cidade também que os professores foram até a Defensoria Pública em busca de apoio e para assegurar os seus direitos.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

De acordo com o advogado da APLB sindicato, Maximiliano Ataíde, a entidade tomou conhecimento da ação que o município deu entrada alegando ilegalidade do movimento grevista e já está se manifestando no processo, informando que a greve tem total legalidade, que ela é fruto de um ano de tentativas frustradas da categoria de entrar em diálogo com o município para tentar resolver as pendências.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

"São diversas situações que inviabilizam a continuidade do trabalho dos professores, como escolas com problemas, falta de professor, falta de merenda, fora o não pagamento do reajuste determinado pelo MEC, que é de 33,23%, pois só foi concedida a complementação do piso a 37 professores e para a grande maioria só 5%. Isso não contempla o reajuste concedido pelo MEC. Então isso vai ser demonstrado para o Judiciário, através da nossa manifestação e a gente tem total confiança que vai deferir e entender pela legalidade da greve. Também estamos entrando com um mandado de segurança contra esse aumento em descompasso com o que determina a lei, e a ação pedindo o pagamento dos valores corretos", informou o advogado ao Acorda Cidade. 

Segundo ele, a categoria está mantendo a mobilização e o estado de greve, que é totalmente legal, uma vez que foi comunicada dentro do prazo de 72 horas. "E uma vez deflagrada corretamente, conforme estabelece a lei de greve, não pode haver cortes de salários e demissões arbitrárias de nenhum professor. Esse é um ato que viola a liberdade sindical e a liberdade de manifestação dos trabalhadores, é uma coação, uma ameaça aos professores do município."

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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