Feira de Santana

Presidente da Associação Comercial avalia fechamento do comércio e diz que situação é trágica e catastrófica

Alexandrino disse ao Acorda Cidade que o comércio está sem receita nenhuma e que não é somente a folha de pagamento dos funcionários que está comprometida.

05/04/2020 às 08h38, Por Maylla Nunes

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Acorda Cidade

Com o comércio de Feira de Santana fechado há duas semanas, é grande a preocupação dos empresários do setor. Aguardando o posicionamento do prefeito Colbert Martins da Silva, que deve decidir nesta segunda (6) se mantém o comércio fechado ou se decreta a abertura, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana, Marcelo Alexandrino, fez uma avaliação sobre a situação das empresas e sobre a possibilidade de desempregos. 

“A avaliação que faço do fechamento do comércio é trágica e catastrófica, seja o motivo qual for. Essas semanas de fechamento vão trazer sérias consequências de fluxo de caixa das empresas, diminuição da economia, o salário das pessoas está comprometido, os ambulantes estão com as receitas comprometidas, os autônomos, motoristas de aplicativos, vários profissionais que dependem da movimentação do comércio. Isso é muito dificultoso pra todos nós. Quando a economia para, tem umas consequências que a gente não sabe nem medir”, afirmou.

Alexandrino disse ao Acorda Cidade que o comércio está sem receita nenhuma e que não é somente a folha de pagamento dos funcionários que está comprometida. Mas também a energia, aluguéis, impostos, e citou, inclusive, que a categoria precisa ver a sensibilidade do governo, com relação aos impostos.

Ele defende a reabertura do comércio de Feira e afirma que isso deve ser feito de forma segura, olhando todos os aspectos da segurança sanitária, de forma gradativa, com horários reduzidos e com toda a situação de controle que a sociedade precisa.

“A situação das empresas é muito difícil, estamos vindo de um processo de recuperação financeira que já se arrasta há cinco anos, então já era uma situação difícil e agora acabou de piorar. Algumas empresas não tem recurso e nem tem fundo de caixa para poder suportar. Quanto tempo uma empresa consegue ficar sem faturamento e com uma despesa elevada? algumas já estão em dificuldade e vão ter que recorrer a bancos”, afirmou ao Acorda Cidade.

Além disso, ainda existe uma preocupação de como será o movimento quando o comércio reabrir. Marcelo Alexandrino destacou que é importante pensar nisso para poder evitar ao máximo o desemprego.

Desemprego

Em relação a questão dos empregos, Alexandrino afirmou que assegurar é muito difícil. Ele lembra que muitos empresários recorreram as férias coletivas num primeiro momento, mas que a situação é muito difícil, visto que em alguns segmentos a folha salarial significa mais de 50% do sistema operacional.

Medida provisória

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana comentou ainda sobre a medida provisória do governo federal, com uma série de medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública no país e da emergência em saúde pública decorrente da pandemia da covid-19.

“Ainda bem que saiu essa medida provisória e poderemos salvaguardar os empregos. As pessoas que poderão entrar em redução salarial e ter o salário complementado pelo seguro desemprego e as pessoas que possam também ficar com o contrato suspenso e ser amparado pelo seguro desemprego. Então o empregado não vai ficar desamparado e isso é muito importante. Essa medida é uma luz no fim do túnel”, destacou.

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