PRF reforça policiamento nas estradas que cortam Feira de Santana durante o Natal

A partir da meia-noite desta quinta-feira (22) até às 23h59 do dia 25 de dezembro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza a Operação Natal 2022. A ação tem como objetivo aumentar a fiscalização das rodovias federais baianas e coibir acidentes e crimes.

Em Feira de Santana, também haverá o reforço do policiamento nos pontos de fiscalização espalhados pelas estradas que cortam o município.

De acordo com o Inspetor de Operações da PRF Sampaio, todos os anos neste período a PRF se prepara para um aumento substancial no fluxo de veículos. A Operação Natal 2022 faz parte de uma operação nacional chamada Rodovida, que segue também no período do Réveillon e também o Carnaval em 2023.

“É um período de férias escolares, do trabalho, e a Bahia acaba sendo um destino turístico para muita gente, então o fluxo de veículos aumenta substancialmente e a polícia se prepara como vem fazendo ao longo destes anos. A expectativa é que com esse aumento, infelizmente, aumente o número de acidentes, ocorrências e os números da criminalidade. Já iniciou nesta semana a operação de final de ano, que chamamos de Rodovida, que dentro dela está abrangendo o Natal, Réveillon e vai até o Carnaval, então é um período bem longo”, afirmou o inspetor.

Ele destacou que Feira de Santana é o maior entroncamento rodoviário do Norte e Nordeste, e os veículos que vêm do sudeste e sul para outros estados da região, obrigatoriamente, acabam passando pelo município.

“A gente tem a vantagem da maior parte do nosso trecho hoje ser duplicado e acaba que os acidentes são menos graves. Acontecem muitos acidentes, mas com gravidade menor, diferentemente daqueles trechos próximos a Tanquinho, que tem pista simples, e próximo a Serrinha, que são acidentes, em sua maioria, de colisão frontal, causadas principalmente por ultrapassagens em locais proibidos”, alertou.

Orientações

O inspetor da PRF salientou ainda a importância dos condutores tomarem alguns cuidados em relação aos veículos que serão utilizados para viajar.

“Primeiramente, as condições de trafegabilidade dos veículos, de segurança, a qualidade dos pneus, a revisão básica de alguns itens, como faróis, que acabam implicando na segurança, melhorar a visibilidade, freios, suspensão, então é muito importante verificar o funcionamento do cinto de segurança, itens que realmente vão proteger o usuário, além daqueles cuidados com a alimentação. E quem circula com um veículo precisa também ter cuidado com a documentação, ver se a habilitação está em dia, pois a gente passou por um período de pandemia em que os prazos foram prorrogados, e as pessoas estão se atrapalhando em relação à validade da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e do documento do veículo, pois muita gente ainda está em mente que os prazos ainda estão sendo prorrogados”, orientou.

Em relação às abordagens que são realizadas nas estradas, o policial rodoviário informou que serão montadas barreiras de fiscalização e a abordagem é feita de forma aleatória.

“É obvio que com nossa expertise e o tempo de polícia a gente acaba percebendo quando em um veículo o motorista se apresenta de forma mais nervosa, se o farol está queimado, e é muito comum a gente fazer fiscalização em pontos onde há maior número de acidentes. Então naquele ponto vai ter uma viatura para evitar as ultrapassagens e, consequentemente, os acidentes. Então mesmo tendo a viatura lá, muitos usuários cometem infrações. Mas uma vez abordado isso pode evoluir para várias coisas”, disse.

Como resultado das fiscalizações neste período, está a apreensão de armas e drogas, exemplificou o inspetor Sampaio.

“Muitas vezes, um veículo é parado por um problema no farol, mas você acaba percebendo pelo nervosismo do motorista que ele está carregando drogas, armas. E você vê aí o crescimento desse tipo de apreensão e de ocorrências. Então muitas vezes você para um carro que acabou de ser roubado. O policial, quando aborda, na maioria das vezes, são famílias, mas dentro da nossa rotina acontece de não ser um cidadão de bem, e a gente precisa se precaver”, relatou.

Dirigir descalço

O inspetor da PRF falou ainda sobre uma dúvida muito comum por parte dos condutores, que é acerca do tipo de calçado que deve ser utilizado ao dirigir um veículo na estrada.

“Um artigo do Código de Trânsito proíbe a utilização de calçados que não se fixem aos pés. Por isso se entendem os chinelos, que não têm a alça prendendo ao fundo, sendo assim não é proibido a condução de veículos descalço, mas não é a mesma firmeza que você dirigir com calçado. O pé pode suar, escorregar nos pedais, e um fato grave que muitas pessoas fazem é tirar os chinelos e colocar embaixo dos pés, e já houve acidentes provocados pelos chinelos soltos nos pés, então é arriscado do mesmo jeito”, observou.

Os faróis

“A legislação foi atualizada e os faróis hoje não são mais obrigatórios em pistas duplas e em pistas em locais urbanos”, informou o inspetor Sampaio.

Segundo ele, desde 97, mesmo não sendo obrigatório, é sugerido que se utilize o farol baixo acesso.

“Isso faz muita diferença, para quem está acostumado a dirigir e percebe que faz muita diferença para visualizar o veículo em sentido contrário”, apontou.

O inspetor Sampaio ressaltou que durante todo o período da Operação Rodovida, que compreende as operações de Natal, Réveillon e Carnaval, haverá o reforço do policiamento e a colocação de mais radares nas rodovias.

“Em todo esse período da operação vamos ter reforço do policiamento, mais radares nas estradas, mais viaturas nas estradas, maior número de testes de etilômetro, pois precisamos combater o uso de álcool e drogas, que é um dos maiores causadores de acidentes”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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