Feira de Santana
Passageira que passou mal em carro de aplicativo presta esclarecimento após foto de motorista viralizar
Advogado ressaltou que a passageira também foi exposta nas redes sociais e as pessoas envolvidas devem reparar o erro.
31/08/2022 às 20h11, Por Laiane Cruz
A passageira que passou mal dentro de um carro de aplicativo, na última sexta-feira (26), e saltou do veículo ainda em movimento, apresentou sua versão dos fatos ao Acorda Cidade, na tarde desta quarta-feira (31).
A mulher, que preferiu não se identificar, acompanhada de advogados solicitou a presença da reportagem no escritório de seus advogados, por ter se sentido ameaçada durante uma manifestação de motoristas de aplicativo em frente à empresa onde trabalha, na última segunda-feira (29).
O protesto ocorreu após o condutor que atendeu a corrida, Jailson Pereira Barbosa, ter sua foto e dados divulgados nas redes sociais pela médica que prestou socorro à passageira, acusando-o de ter aplicado o “golpe do cheirinho” na cliente (saiba mais aqui).
Em entrevista ao Acorda Cidade, a passageira declarou que não divulgou o nome e a foto do motorista nas redes sociais, nem sequer o acusou de ter tentado aplicar um golpe nela durante a corrida.
Segundo ela, apenas narrou a pessoas próximas o que ocorreu após ter solicitado a corrida e como se sentiu mal.
“O que aconteceu foi que eu solicitei um carro de aplicativo, e ele me pegou na porta da empresa. Confirmei os dados, e ele me confirmou. Entrei no carro. Até aí, não tinha cheirinho nenhum, então a gente andou mais ou menos uns 30 metros, e aí eu senti um cheiro muito forte, que me sufocou. Então eu solicitei que ele parasse, e ele diminuiu, mas não chegou a parar. E eu muito enjoada, sufocada, tonta, abri a porta do carro em movimento ainda e sai passando muito mal. O pessoal de uma agência de ônibus me mandou sentar, porque viram que eu estava muito nervosa, passando mal, e quando eu melhorei um pouco, eu corri para a empresa, que era onde eu iria ter um suporte maior. Foi onde eu desmaiei, passei mal, vomitei, muito tonta, o aroma do cheirinho parece que eu inalei e fiquei sufocada, vomitei muito”, relatou a passageira ao Acorda Cidade.
Ela disse ainda que não viu o motorista colocar nenhum líquido no veículo ou tomar qualquer atitude suspeita, apenas sentiu o cheiro forte. A cliente contou que ao chegar à empresa onde trabalha, relatou aos colegas o que tinha acontecido, e algumas pessoas ao verem uma viatura da polícia passar em rondas, a chamou e denunciou o fato.
“Não foi eu que chamei, o policial estava fazendo a ronda, o pessoal da empresa chamou e comunicou o fato. Ele veio até mim e eu prestei o esclarecimento, e ele pediu que eu fosse até a delegacia de Polícia Civil e eu prestei a queixa”, disse.
Ela informou também que na segunda-feira estava trabalhando, quando os colegas ouviram os gritos da manifestação e pediram que ela entrasse, pois estava na recepção.
“Eu estava trabalhando, quando fui solicitada a entrar. Eu estava na recepção, me chamaram lá dentro, pra eu não ver, porque estavam fazendo a manifestação gritando meu nome, e foi algo muito constrangedor, até ameaçador, e até hoje estou temendo pela minha vida. Me sinto constrangida e ameaçada, porque em momento algum eu divulguei nada dele em rede social, nem acusei ele. Só relatei que senti um cheiro muito forte e passei mal. E o fato é que ele poderia também ter me dado um socorro, e ele foi omisso nisso aí.”
O advogado Movan Vieira, constituído pela passageira para defesa, esclareceu que irá tomar medidas tanto na área criminal quanto cível, pelo tom de ameaça das pessoas envolvidas na manifestação.
“Citaram o nome dela, com declarações de ‘Estou aqui só para te ver’ e ‘Já sabemos onde você trabalha’. A gente vê isso como um tom de ameaça, e a medida cabível que vamos tomar é na área criminal, já que a nossa cliente não fez nenhum tipo de divulgação, não colocou o nome de ninguém, ela simplesmente narrou um fato que aconteceu. Eu sou a favor das manifestações, mas essa não teve nenhum cunho de licitude. Foram lá e fizeram algo que não deveriam, ao expor uma pessoa que não fez nenhum tipo de divulgação. Essas pessoas precisam compreender que toda vez que se comete um ato como esse você precisa reparar esse ato”, alertou o advogado durante entrevista ao Acorda Cidade.
Ele ressaltou que a cliente também foi exposta nas redes sociais e as pessoas envolvidas devem reparar o erro.
“Se o pessoal do aplicativo se sentiu ameaçado em suas funções sendo expostas, eles têm como buscar isso de outras formas mais assertivas, como a Justiça, e não fazer uma manifestação. Ela está constrangida e está passando por uma situação que não tem mais confiança em pegar um aplicativo, já que foram várias pessoas lá. A família ficou constrangida, o nome dela foi exposto de forma muito negativa na internet. Vamos agora buscar os nomes dessas pessoas e entrar com uma ação para que haja uma reparação”, completou.
Leia também: Motorista de aplicativo registra queixa após ser acusado de aplicar golpe em passageira; colegas protestam
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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Muita conversinha.
Tem alguns motoristas que acham que cheiro forte de perfume no carro é sinal de limpeza, mas é muito incômodo para quem sofre de rinite alérgica ou enxaqueca. Um conselho: quem trabalha em ambiente fechado ou até mesmo carros de transporte de passageiros não devem usar perfumes fortes, como tbm determinados estilos de músicas.
Pular de um carro em movimento depois de estar enjoada no centro de feira com todo este transito e sair correndo logo após até sua empresa…só minha opnião: História dificil de entender essa defesa. Não se para um carro assim no nada, tem que ir parando devagar até se achar um lugar seguro. Acho que a história do motorista é mais correta.
O motorista agiu certo sim, pois estaria em risco se ficasse calado. Todo carro de aplicativo usa algum tipo cheiro, pois o carro suja muito fácil com o alto fluxo de passageiros. Quem se sente incomodado, deve abrir as janelas.
Acusação sem provas é crime , então a medica que divulgou as imagens dele , também precisa ser responsabilizada juntamente com a passageira , já virou moda sair acusando e divulgando a imagem das pessoas sem apurar antes a veracidade dos fatos .
Trabalhei com Jailson em duas empresas diferentes.
Um rapaz de boa índole de boa família e trabalhador.
Se ele tivesse soltado o tal cheirinho ele não iria parar o carro. Iria continuar acelerando e travar as portas. Outra coisa tb, ele estaria com uma máscara de super proteção, pois aí seríam os dois dopados né?
Como o motorista ia prestar socorro se ela saiu provavelmente sem explicar o que tava acontecendo?! Ela só pediu pra ele parar o carro, ela não informou que estava passando mal. Não tem lógica cobrar algo de alguém que provavelmente não sabia o que tava acontecendo.
O pai de família é exposto, tenta se defender. Chamaram a viatura, uma empresa com muitos funcionários, a divulgação já começa dentro da empresa, um colega comentando com outro. Agora quer culpar o motorista e seus colegas que querem ajudar.
Só quem trabalhou nessa empresa sabe como é o disse me disse.
Deveria era desculpar assumir seu erro!
Como a médica conseguiu a foto do motorista para divulgar se quem tinha os dados era a passageira ?, problema que as pessoas não tem noção das atitudes que fazem, colhem frutos amargos depois.
Ela mirou ai, quebrou a banca.. Kkk
Então como a foto dele circulou?
Engraçado se não foi vc quem compartilhou a foto e a placa do carro foi quem então? Vai dizer q pegaram seu celular ? É tanta contradição na história Já falou até q o motorista não prestou socorro! E pq ele iria prestar socorro a uma pessoa q ele supostamente queria prejudicar? Pq no caso a foto dele foi publicada como se tivesse dado golpe do cheiro… Olha me poupe viu.
Agora deu a zorra, a quadrilha está no Uber TB?
Essa passageira
Toda ação tem uma reação. Se o motorista ficasse quieto a culpa certamente cairia sobre ele. Com isso ninguém mas vai acusar sem provas. Ela já fez teste de gravidez ? Enjôo muitas das vezes é gravidez.
Se ela comentou somente como apareceu dados do motorista e foto?
Também não entendi essa parte.
E tanta contradição nessa entrevista que chega espanta! Primeiro, se ela supostamente diz não ter compartilhado, como ela explica o fato do print de seu perfil, foto, dados do veículo chegar às mãos de terceiros sendo que somente o próprio passageiro tem acesso a essas informações? Segundo, se ela supostamente frisou que passou mal e que em momento algum o motora fez algo pra lhe prejudicar, porque motivo prestar queixa? Terceiro, como o motorista iria ajudar alguém que nem ele mesmo sabia exatamente o que estava acontecendo? Conclusão, pra uma ação sempre existirá uma reação, onde se o motorista não tomasse nenhuma decisão de se proteger podeira acontecer o pior, inclusive ele até sua vida tirada injustamente sendo taxado de bandido, estuprador, marginal, sequestrador né? Como foi circulado nas redes sociais o print de seu perfil com histórias absurdas como essas mencionadas! Um pai de família, que não deve nenhum tipo de crime a justiça, trabalhar, pai de família, mas como sempre, os valores invertidos, o certo se torna errado e errado se torna certo!
Ignorância total ! Ela passou mal e teve o direito de explicar o que aconteceu. Só isso !