Polícia
Acusado de matar ex-companheira na frente dos filhos é condenado a mais de 22 anos de prisão
O advogado de defesa Rafael Esperidião afirmou que o resultado não foi o esperado e trabalhou com a tese de negativa de autoria.
16/11/2022 às 19h22, Por Laiane Cruz
Nesta quarta-feira (16), foi condenado a 22 anos e 9 meses de prisão, Érico de Jesus Silva, conhecido como Sarita. Ele está preso desde setembro de 2018 no Conjunto Penal de Feira de Santana, sob a acusação de ter matado a ex-companheira Patrícia dos Santos Pereira, que trabalhava como cozinheira.
O crime ocorreu no dia 6 de setembro de 2018, na Rua Passo Marcado, no bairro Santa Mônica II. Segundo a denúncia do Ministério Público, testemunhas viram o réu na casa da vítima no dia do assassinato, que foi praticado com requintes de crueldade e na frente dos filhos dela. (Relembre aqui)
Diante das provas apresentadas pela promotoria de acusação, o Conselho de Sentença condenou o réu, e a juíza Márcia Simões Costa aplicou a pena por homicídio qualificado a ser cumprida no Conjunto Penal de Feira de Santana.
De acordo com a Promotora de Justiça Marina Miranda, foi um crime muito cruel, e portanto houve uma condenação justa.
“O réu estava no local do crime, no dia do crime, e existem testemunhas que são categóricas ao afirmar isso. O filho e a sobrinha, ambos foram absolutamente harmônicos em dizer que quem estava na casa naquele dia foi o acusado. Ele matou a vítima porque não aceitou o fim do relacionamento e também motivado por ciúmes”, justificou a promotora em entrevista ao Acorda Cidade.
O advogado de defesa Rafael Esperidião afirmou que o resultado não foi o esperado e que a equipe trabalhou com a tese de negativa de autoria com base em provas.
“Mais uma vez a defesa saiu insatisfeita. É um resultado, uma sentença que a defesa não esperava, pelo que trabalhamos durante todo o processo, todas as provas, a tese de negativa de autoria era o esperado no julgamento de hoje. Infelizmente, o corpo de jurados pensou diferente, votou pelo reconhecimento de autoria do acusado na data de hoje. Sabíamos da dificuldade, porque foi um caso bárbaro, de grande repugnância, mas o nosso papel é recorrer e tentar mudar essa sentença no tribunal.”
Segundo ele, o fato de que o filho e a sobrinha presenciaram o réu dentro de casa no dia do crime consta no processo, mas foi algo de forma isolada e não está em consonância com as outras provas dos autos.
“Essa versão só apareceu dias após o fato. No próprio dia do fato, os familiares não levaram isso até a polícia, isso só apareceu na delegacia cinco dias após o crime, então quando a defesa estudou o processo e conversou com o réu, diante do que foi feito durante a instrução, a gente viu que não tinha relação com as demais provas do processo, foi uma prova isolada. Então por isso a defesa permaneceu com a tese que havia desde o início, desde a primeira vez que o réu foi até a delegacia, sem o acompanhamento de um advogado, e ele negou ter ido ao local do crime”, disse.
O advogado Willian Souza, que também atuou como auxiliar na defesa, declarou em entrevista ao Acorda Cidade, que este foi um caso de bastante complexidade, como foi abordado no plenário.
“A defesa reconhece a crueldade no qual o crime foi praticado. No entanto, sustentamos em plenário o tempo todo que haveria várias linhas de investigação, que não foram seguidas desde o início, e a defesa trouxe para os jurados todas as deficiências da investigação. No entanto, os jurados, de acordo com sua soberania, decidiram o contrário do que a gente defendeu. A defesa também respeita, porém entende que ainda não acabou, nós recorremos, pois entendemos que a decisão dos jurados foi contrária à prova nos autos, por conta de todas as impropriedades da investigação. Além de depoimentos distintos, havia outras pessoas que eram suspeitas e já tinham até ameaçado a própria vítima de morte e por conta disso não viemos criar fatos mirabolantes, viemos com fatos concretos, mas os jurados em sua ultima convicção entenderam que não foi dessa forma. Faz parte, isso é democracia, e tribunal do júri”, encerrou.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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desses 22 anos, só ficará no máximo 7, depois vai ficar livre, cheio de razão e se vangloriando…as tragédias jamais terão fim enquanto o corte e o cemitério não for o fiel da balança da justiça.
SO?
Mostra a foto da vítima mais não mostra do condenado e autor do crime ,tem que mudar isso .