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Polícia abre inquérito para apurar explosão que matou três pessoas em fábrica

Segundo a Polícia Civil, os mortos são Cláudio Bozzo Júnior, 30; Igor Barros da Silva, 20 e Luis Gustavo dos Santos, de 31 anos.

09/10/2018 às 20h17, Por Andrea Trindade

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A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito para investigar as causas da explosão de um reator que matou três trabalhadores na indústria química Biocapital, localizada em Charqueada, município da região de Piracicaba, distante 180 quilômetros da capital. A explosão ocorreu por volta das 9 horas de hoje (9) e, além dos três óbitos, feriu sem gravidade um empregado da fábrica.

Segundo a Polícia Civil, os mortos são Cláudio Bozzo Júnior, 30; Igor Barros da Silva, 20 e Luis Gustavo dos Santos, de 31 anos.

Nas redes sociais, parentes e colegas dos três lamentaram o acidente. Citando Bozzo Júnior, um empregado da Biocapital identificado como Bruno Oliveira contou que costumava trabalhar com os três funcionários mortos na explosão, mas, hoje, havia pedido para trocar o turno.

“Não sei o que dizer. Era para eu estar lá”, escreveu Bruno. “Deus me deu uma segunda chance. Trabalhei ano com vocês e bem hoje troquei de turno. Bem, hoje vocês se vão. Com muita dor por vocês, o único motivo para [eu] agradecer é por estar vivo”, escreveu o internauta. Ele contou ainda ter abraçado Bozzo Júnior quando este chegava para trabalhar e recomendado que os colegas tivessem cuidado. “Por que isso, hoje?”

Em nota, a Biocapital explicou, sem esclarecer quais, que dois dos trabalhadores mortos eram do próprio quadro funcional da empresa e o outro era terceirizado. A companhia lamentou o ocorrido e disse que dará todo apoio e auxílio necessário às famílias das vítimas.

“As causas do acidente estão sendo apuradas pelas autoridades competentes, estando a Biocapital a disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários, colaborando, sem medir esforços, com a investigação para a elucidação dos fatos”, garantiu a empresa.

Diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Americana e Região, Kleber Roberto Fonseca esteve no local no início da tarde. “Não pudemos entrar e chegar perto do reator que explodiu porque os bombeiros ainda não tinham liberado a área, devido ao risco de vazamento de gases tóxicos”, informou.

Fonseca disse que se reuniu na chegada com representantes da empresa, que informaram sobre a explosão. Ele informou à Agência Brasil que o sindicato também vai oferecer apoio às famílias das vítimas, inclusive psicológico. De acordo com ele, o sindicato já havia apresentado denúncia contra a empresa ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em Americana, por falta de recolhimento do INSS dos empregados.

Nenhum representante da Biocapital atendeu aos telefonemas da reportagem.

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