Feira de Santana

Mesmo com equipe insuficiente, diretor de Áreas Verdes do município afirma que árvores são fiscalizadas com frequência

De acordo com João Falcão, nem todas as ocorrências que envolvem quedas de árvores, são provenientes pelo estado físico, mas sim por força da natureza.

11/01/2022 às 14h11, Por Gabriel Gonçalves

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Gabriel Gonçalves

Na última quinta-feira (6), uma árvore de grande porte caiu do canteiro central da Avenida Getúlio Vargas, em frente ao Hospital São Matheus. Parte dos galhos ficaram sobre uma das faixas da via, atingiram uma placa de sinalização e derrubaram a grade de proteção do canteiro. Também na tarde de ontem (10), com a forte chuva que caiu na cidade, foram registradas quedas de árvores em diversos locais da cidade. Somente no Parque Erivaldo Cerqueira, Parque da Lagoa, dez árvores caíram. 

Em entrevista ao Acorda Cidade, o diretor de Áreas Verdes da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), João Falcão, explicou que as fiscalizações acontecem diuturnamente, mas enfatizou que o setor está com a equipe reduzida.

"Nós fazemos um trabalho diuturnamente fazendo a observação destas árvores, e apesar do departamento estar sem equipe técnica, a gente utiliza os colaboradores que possuem experiência, para que eles possam fazer estas observações. Esta fiscalização é feita a olho nu, o que pode ser útil, mas não é o ideal. O único técnico que tem no departamento da área agronômica e botânica, sou eu, além de ter a função de gerir o pessoal e o departamento. Já foi feito até um inventário botânico, e sabemos que ali na Getúlio Vargas, são 700 árvores com uma predominância de Flamboiã, então fazemos o esquema de olhar todos os meses, passando, observando o estado físico daquela árvores. Através do toque, é possível identificar se ela tem algum tipo de patógeno, doenças de inseto, mas infelizmente não temos como saber o interior dela, pela falta de equipamentos, nós até solicitamos, mas por conta do momento da pandemia, dificuldades financeiras, não nos foram liberados, mas seguimos no aguardo de um tomógrafo e um penetrográfo, que são aparelhos que conseguimos identificar o interior dessa árvore", afirmou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

No mês de novembro, cerca de 10 árvores caíram na Avenida Transnordestina, região do Conjunto Feira VI, próximo à Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

De acordo com João Falcão, nem todas as ocorrências que envolvem quedas de árvores, são provenientes pelo estado físico, mas sim por força da natureza.

"Nós mexemos muito com a natureza, tiramos o equilíbrio, então quando se observa uma floresta, podemos identificar que naquele bosque, existe grande demanda de água, garantindo também uma segurança de uma árvore com a outra, mas no momento que você domina essa área, começa a mexer no solo, o equilíbrio é removido, então isso pode ter acontecido nessa região do Feira VI, como foi um período de chuva, muitos ventos, é possível que tenha tido uma ventania com no mínimo 80km/h e entre uma abertura e outra da árvore, a força do vento venceu a natureza, fazendo com que todas elas caíssem sobre o solo", explicou.

Questionado sobre a implantação do novo canteiro central na Avenida Getúlio Vargas, o diretor do departamento, explicou que cortes foram feitos nas raízes das árvores que já existiam no espaço para que os passeios, fossem colocados.

"Toda vez que se mexe na estrutura da árvores, como foi o caso dos passeios introduzidos ali na Getúlio Vargas, cortes foram feitos nas raízes, mas assim como acontecem as podas das árvores, existe toda uma técnica para que estas árvores não sofram, então no momento que se corta uma planta, seja na copa, no caule ou na raiz, existe uma intervenção, podendo afetar esta planta, fazendo com que ela adoeça e venha morrer, e que no caso da árvore, cair", destacou.

Ainda segundo João Falcão, existem critérios que devem ser avaliados antes do plantio de árvores nas vias de Feira de Santana.

"Esse trabalho é feito junto com a Secretaria de Meio Ambiente e definimos algumas espécies em um total de 19, para determinadas situações. Então essas espécies, nós entendemos que elas devem se adaptar ao espaço, por exemplo, temos espécies que você pode plantar na calçada independente de ter fiação, porque são plantas que se adaptam ao passeio e que não vai crescer mito, nem vão invadir a via, atrapalhar veículos. Outro critério que temos que levar em consideração é o espaçamento plantado neste passeio, para que exista a questão da mobilidade, então no mínimo, esta árvores precisam ser plantadas com 70cm de distância do meio-fio e 1,20 da parede, porque os cadeirantes precisam passar por este local, além do piso tático para os deficientes visuais, então este tipo de plantação não acontece de forma aleatória", afirmou ao Acorda Cidade.

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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