Turismo
Mergulhadores já podem ver ferry e rebocador afundados na Baía de Todos-os-Santos
O naufrágio assistido de embarcações propicia a formação de recifes artificiais, favorecendo o habitat marinho e se convertem em atrativo para visitantes, mergulhadores profissionais e estudiosos.
24/11/2020 às 16h22, Por Gabriel Gonçalves
Acorda Cidade
A partir desta quarta-feira (25), turistas e mergulhadores poderão adentrar o mar da Baía de Todos-os-Santos para ver o ferry-boat Agenor Gordilho e o rebocador Vega, que passaram pelo processo de afundamento controlado no último sábado (21). As duas embarcações juntam-se a outros cerca de 20 pontos de naufrágio e levarão Salvador a se tornar um dos quatro melhores destinos do turismo de mergulho na América Latina, ao lado de Abrolhos, também na Bahia, e Fernando de Noronha e Recife, em Pernambuco.
O processo de naufrágio foi capitaneado pela Secretaria de Turismo do Estado (Setur), com o objetivo de fomentar o turismo de mergulho. “Estamos dando mais visibilidade ao potencial da Baía de Todos-os-Santos para o turismo náutico, justamente no momento da realização de intervenções feitas por meio do Prodetur Bahia para valorizar os municípios da zona turística banhada pelo mar da maior baía do litoral brasileiro”, explica o secretário Fausto Franco.
Mergulho – De acordo com Igor Carneiro, presidente da Associação dos Mergulhadores da Bahia, durante o final de semana foram feitas inspeções em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, quando foi verificado que as estruturas das duas embarcações estão íntegras e seguras para o mergulho e sem nenhum vestígio de contaminantes.
Profissionais de centros de mergulho da Bahia também estiveram nos locais e já poderão levar visitantes. Ainda segundo Carneiro, o acesso à área deve ser feito exclusivamente na companhia de profissionais certificados e também haverá fiscalizações da Marinha do Brasil em embarcações específicas para a oferta desse tipo de serviço.
O ferry-boat Agenor Gordilho, de 800 metros de extensão, com nome do empresário baiano e presidente do conselho da Companhia de Navegação Bahiana, morto em 1969, demorou 26 minutos para afundar e está a uma profundidade máxima de 34 metros. Já a 30 metros da superfície está o rebocador Vega, cujo procedimento para submersão durou apenas 20 minutos.
O naufrágio assistido de embarcações propicia a formação de recifes artificiais, favorecendo o habitat marinho e se convertem em atrativo para visitantes, mergulhadores profissionais e estudiosos. A previsão é de que em um ano a embarcação esteja repleta de vida marinha.
A Marinha do Brasil, as secretarias do Meio Ambiente (Inema), Infraestrutura (Agerba) e Administração (Patrimônio) contribuíram com a Secretaria de Turismo do Estado (Setur) para a oferta dos novos atrativos na Baía de Todos-os-Santos.
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