Idealizador da Flifs, Dom Itamar Vian diz que a leitura é o caminho para uma vida mais feliz

^{Rachel Pinto}

A Feira do Livro, Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs), está em sua 11ª edição e é um evento que já faz parte do calendário da cidade. A iniciativa começou de forma tímida ao lado da catedral metropolitana, em 2001, e foi idealizada pelo arcebispo emérito Dom Itamar Vian. Aos poucos a feira literária tomou grandes proporções, sendo relocada assim para a Praça João Barbosa de Carvalho (Praça do Fórum). Este ano, a Flifs retorna para o seu lugar de origem, com uma mega estrutura que lhe foi incorporada e segue até domingo (30) com vários estandes de livros e atrações culturais. O universo lúdico e educativo do evento, além de estimular a prática da leitura, promove a troca de saberes e o despertar da criatividade.

Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade

Uma referência religiosa e intelectual na cidade, Dom Itamar Vian comentou sobre o seu envolvimento com a Flifs e disse que vários frutos estão sendo colhidos ao longo dos anos a partir da semente da leitura que foi lançada no solo quente e fértil de Feira de Santana. De acordo com ele, a ideia de trazer uma feira do livro para a cidade surgiu depois da sua participação na Feira do Livro de Porto Alegre, em 2000. Dessa data em diante, Dom Itamar enviou uma carta para a secretaria municipal de educação e a ideia foi abraçada também pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade

Todos os anos, Dom Itamar participa da Feira do Livro e, para ele, o evento é um oportunidade importante de troca de vivências e conhecimento.

Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade

“Sem dúvida é uma emoção muito grande e eu reservo toda essa semana para estar aqui porque gosto de conversar com as pessoas e com grupos, incentivando para que comprem livros. Evidentemente que as redes sociais, o celular, o computador são muito importantes, mas a verdadeira cultura nós a encontramos nos livros e, quem não lê nunca vai aprender a escrever. Quem não lê nunca terá o conhecimento geral de tudo aquilo que está acontecendo no mundo, principalmente o conhecimento científico seguro”, comentou.

O arcebispo externa muita alegria pelo fato da Flifs retornar nesta edição para a Praça da Matriz, lugar onde iniciou seus primeiros passos. A Praça foi reformada e acolheu a feira, oferecendo-lhe mais conforto e espaço. A estimativa é que até domingo cerca de 70 mil pessoas visitem o evento.

Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade

“A feira era realizada bem ao redor da catedral e essa praça não estava como está hoje. Depois foi transferida para ser realizada na Praça do Fórum. Mas, posteriormente, esta praça foi totalmente reformada. É uma praça grande, bonita e de grande acolhida. Sem dúvida nenhuma, aqui é muito melhor do que na Praça do Fórum e as pessoas podem circular mais, tem mais espaços para as livrarias e outras entidades interessadas em expor os seus livros e produtos. Eu fico circulando, percebendo como a direção da Uefs foi muito feliz em retornar à Praça da Matriz para a realização da Feira do Livro, acrescentou.

Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade

Na opinião do religioso, a leitura permite às pessoas muitas experiências e sentimentos, inclusive de felicidade. Para ele, ir à Flifs é como ir ao supermercado. A pessoa carrega seus embrulhos, suas compras e pacotes e leva para casa produtos que atendem às suas necessidades. No caso dos livros, as pessoas levam histórias, palavras e conhecimento para uma vida melhor e mais feliz.

Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade

Um entusiasta da Feira do Livro, Dom Itamar convida toda à comunidade para prestigiar o evento. Alguns livros de sua autoria que trazem crônicas e reflexões cotidianas também estão disponíveis na feira, somando-se a outras obras de vários autores e enriquecendo a 11ª Feira do Livro.

Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade