Educação

Gamificação no ensino: Como estratégias de jogos podem ajudar alunos no EAD?

Utilizar estratégias de jogos durante as aulas prende a atenção dos estudantes e facilita o aprendizado.

19/08/2020 às 15h22, Por Rachel Pinto

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A educação remota é a estratégia de uma grande parcela das escolas no Brasil para não interromper as aulas durante a pandemia. Ela traz diversos desafios para alunos e professores, como a necessidade de adaptar linguagens para manter o foco nos estudos. Com a distância, os educadores têm de disputar a atenção com a televisão, distrações com os familiares e outros conteúdos da internet. A solução para prender a atenção é a gamificação.

A prática, conhecida também como ludificação, se define como o uso de técnicas de jogos para ensinar as matérias, oferecendo um desafio lúdico e uma recompensa, caso a tarefa seja cumprida com sucesso. Apesar de a gamificação poder ser utilizada em aulas fora do mundo virtual, sem nem mesmo a necessidade de aparelhos eletrônicos, durante a pandemia, os videogames educativos podem ser a melhor maneira de prender a atenção dos estudantes e fazê-los aprender de forma eficiente.

Isso porque, além dos assuntos se tornarem interessantes quando inseridos na narrativa de games, os estímulos dos jogos, em especial durante o isolamento social – momento no qual as crianças perderam as interações umas com as outras e com outros locais que não sejam a própria casa –, pode oferecer ainda mais vantagens.

 Melhora a memória

Muitas crianças são visuais, isto é, aprendem melhor quando há estímulos de imagens. Portanto, os games que possuem artes atrativas, quando combinados com os conteúdos estudantis, promovem uma associação fácil que ajuda o aluno a absorver e, consequentemente, se lembrar com mais facilidade das informações que foram expostas.

Resultados de avanço nas capacidades mentais relacionados a jogos já foram constatados por diversas pesquisas. Um exemplo é o estudo realizado pelo cientista Adam Hampshire, do Imperial College de Londres, em parceria com a BBC. Nele, mais de 250 mil pessoas foram analisadas e foi possível perceber que a parcela que tinha mais contato com games também conseguia se sair melhor nos testes de memória propostos.

"Os resultados mais confiáveis falam especialmente dos videogames de ação, aqueles que envolvem navegar em diferentes ambientes, encontrar alvos visuais e tomar decisões rápidas. Mas até mesmo jogos de quebra-cabeças espaciais, como o Tetris, são benéficos", explica a especialista Louise Nicholls, da Universidade Strathclyde, para a BBC.

Estimula a autonomia

Nos jogos, o aluno se torna o protagonista de seus desafios e tem de decidir por si próprio de que maneira irá resolver os problemas que aparecem, tanto em contextos coletivos, quando está em uma equipe, quando individualmente. Esse contexto ensina que autonomia e independência geram resultados e estimulam esse hábito no mundo real também, além de estimular a interação entre os colegas de classe no caso de times, o que é mais comum presencialmente e faz falta nas aulas EAD.

Torna o processo de aprendizagem mais prazeroso

Outro benefício importante da gamificação é a associação da aprendizagem com a diversão. Os jogos, além de serem naturalmente interessantes por apresentarem desafios, são uma linguagem que crianças e adolescentes estão habituados, gostam e usam nas horas livres do dia. Apresentar aos estudantes as matérias dentro desse modelo, que é apreciado por eles, tira o estigma de obrigação das atividades escolares e insere a ideia de prazer ao aprender, o que melhora a relação dos jovens com as instituições de ensino no geral.

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