Moradores relatam estragos causados nas ruas do bairro Gabriela

Conforme o Acorda Cidade já divulgou, diversos bairros de Feira de Santana foram atingidos pelas fortes chuvas que caíram no município entre a noite de sexta-feira (26) e a madrugada de sábado (27).

Com o retorno do sol, desde a última segunda-feira (29) houve a oportunidade para que os moradores de diversas regiões, como o Parque Panorama, região do bairro Tomba, onde houve muitos estragos, pudessem recolher todos os materiais que foram perdidos. Muitos móveis formaram pilhas em diversas ruas da localidade.

A reportagem do Acorda Cidade também circulou por outros locais, como os bairros Gabriela, Gabriela II, Gabriela III e Jardim Sucupira, onde os moradores apontaram as principais ruas afetadas.

Iraildes Lima Barbosa contou que os moradores do bairro Gabriela III, são os que mais sofrem com as fortes chuvas, devido a inclinação onde as casas ficam.

“Como é ladeira, a água desce com muita força e o pessoal de baixo sofre muito e sempre fica preocupado, pois com o fluxo de água, corre o risco da água invadir as residências, ainda mais com o córrego entupido. Eu já moro aqui no bairro há 14 anos e sempre foi dessa forma”, informou.

Luís Silva Ribeiro, que mora do outro lado da pista, no bairro Sobradinho, relatou sobre a falta de drenagem nas ruas próximas à duplicação do Anel de Contorno. Segundo ele, após início das obras, não há fluxo para que a água possa sair.

“Muitas casas foram invadidas com a água da chuva da última semana, e acredito que seja falta de negligência dessa construção feita, que é a duplicação do Anel de Contorno. Pelo visto não fizeram serviço de topografia. Os engenheiros fizeram três bocas de lobo, mas a água fica parada na frente das casas, isso é um serviço mal feito, inclusive eu acho que o Dnit deveria fazer um convênio com a prefeitura para que possam resolver todos estes problemas, principalmente da Rua Vitória da Conquista. Toda aquela região em frente ao Assis, ficou alagada”, declarou.

Moradora do bairro Gabriela III há 28 anos, Suely Oliveira da Silva contou que o riacho que passa próximo da residência transbordou. Segundo ela, a situação só não ficou pior, pois o esposo conseguiu desentupir uma rede.

“Tem um riacho que passa aqui próximo e transbordou com essa chuva. Meu esposo que conseguiu desentupir a rede ali, se não fosse isso, toda a água iria invadir a residência. Eu nem dormi direito com medo da chuva. Quem mora mais próximo do riacho, que se preocupa mais ainda, todo mundo fica agoniado”, declarou.

Também morador da localidade, Toinho da Mota contou à reportagem do Acorda Cidade que após as obras de duplicação, o bairro ficou prejudicado.

“Trocaram a tubulação, fizeram uma canalização de jogar toda a água pra cá. Eles deveriam jogar para o Rio Jacuípe, então quando chove, alaga tudo, ninguém aguenta, todas as casas são invadidas pela água. Aqui foi agonia total, tanto no sábado, quanto no domingo. Nem caminhão estava passando por aqui, porque realmente a chuva foi pesada e direto isso acontece, ninguém suporta mais, a prefeitura não olha o que está acontecendo por aqui. Ali na Rua Paulo Freire mesmo, tem um buraco com quase seis meses e nada foi feito. Aqui tem uma canal, a prefeitura disse que seria uma obra do governo, mas nada foi feito, sendo que são 30 anos e nunca chegou nenhum tipo de benefício aqui”, afirmou.

Segundo Maria Izete, a Rua Caminho das Índias consta no sistema da prefeitura, como uma via pavimentada, mas na realidade, está cheia de buracos.

“Eu já moro aqui no bairro há 11 anos, e estamos pedindo socorro. Eles calçaram algumas e outras não. Essa daqui mesmo, eles dizem que lá no sistema deles, consta como rua calçada, mas não está. A bagunça está demais, ainda mais com os carroceiros que chegam aqui, jogam lixo, jogam entulho e é desse jeito mesmo. Sábado a correria foi grande, até a igreja ali a água invadiu, não teve culto nesses dias”, lamentou.

Jardim Sucupira

Moradores do bairro Jardim Sucupira também registraram os estragos causados nas ruas Rosa de Saron e Liberdade.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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