Infestação de caramujos preocupa moradores do bairro Ponto Central

Os moradores da Rua Brigadeiro Eduardo Gomes, bairro Ponto Central em Feira de Santana, estão apavorados com a grande quantidade de caramujos, que estão invadindo as residências do bairro.

De acordo com eles, é provável que os animais sejam oriundos de uma casa e um terreno onde não há moradores.

Residindo há mais de 40 anos na mesma casa, Neuza Reis Oliveira, informou à reportagem do Acorda Cidade, que não aguenta mais ter que sair na varanda e encontrar os caramujos, ‘passeando’ pela varanda.

“Para ser sincera, eu não estou tendo mais condições de sobreviver dentro da minha própria casa, porque está infestada de caramujos devido à este terreno, que está abandonado aqui do lado, além da casa também. Tem muita sujeira, muito mato e estou sem saber o que fazer, eu não tenho para onde ir, não tenho onde morar, se for para alugar outra casa, eu tenho que sair da minha, e quem vai querer alugar a minha dessa forma? Chega uma visita aqui na minha casa, eu tenho que ficar limpando tudo, porque eles ficam grudados na parede, é no cadeado, é na grade. A minha neta por exemplo, não pode nem ficar brincando aqui na varanda”, relatou.

Ainda segundo Neuza Reis, após início do período de chuva, o aparecimento dos caramujos aumentou.

“Já estamos nos aproximando do inverno, então praticamente todos os dias estava chovendo aqui na cidade. Posso dizer, que foram os piores dias, porque quando eu vinha aqui na varanda que via aqueles caramujos no chão, me dava uma agonia tão grande, porque é uma situação muito complicada. Recentemente, teve um senhor que entrou aí neste terreno, ele tirou praticamente quase 10 latas de tinta, aquelas latas do tamanho grande, só de caramujo. Eu comprei junto com a vizinha pacotes de sal, entregamos pra ele, matou vários, mas quando foi no outro dia, nem parece que tinha jogado sal, porque apareceram outros”, disse.

A dona de casa Ana Maria Silva, 72 anos, contou ao Acorda Cidade, que além dos caramujos, já encontrou escorpião e ratos.

“Infelizmente estamos passando por um período terrível. Quando a gente abre a porta de casa, estão lá no passeio, no portão, na maçaneta estes caramujos. Sem contar que por conta deste terreno aí abandonado, aparece também escorpiões, aparece ratos, e a gente vai tentando viver com essa situação. Dizem que tanto a casa, quanto o terreno é do mesmo dono, mas infelizmente a gente não tem sossego aqui no bairro”, informou.

Retirando os caramujos da calçada, Rodrigo Portela, contou à reportagem do Acorda Cidade, que precisa fazer este tipo de serviço em média de duas, até três vezes por dia, para não ter acúmulo de moluscos na porta da residência.

“A situação aqui infelizmente é complicada. Acho que nesse período de chuva aumenta mais ainda a proliferação desses caramujos, e acabam dominando aqui a porta das nossas casas, ficam grudados na parede, e nós, enquanto moradores, enquanto população, pedimos que a prefeitura possa tomar alguma providência, porque tudo isso é proveniente da casa que está abandonada logo ali na frente. Tem dia que eu preciso varrer, duas, três vezes, mas infelizmente é só dar as costas, que novos caramujos aparecem”, disse.

Ao Acorda Cidade, o diretor de limpeza pública, João Marcelo, informou que os fiscais da prefeitura já estiveram no local, para identificar os proprietários dos locais que estão sem manutenções.

Segundo ele, estas pessoas já foram notificadas e, caso não realizem o serviço de limpeza, serão multados.

“Os fiscais da nossa secretaria, já estiveram no bairro Ponto Central, já identificamos quem são estes proprietários, eles serão avisados deste problema que está acontecendo, para que possam tomar as providências cabíveis. Assim como este caso, muitos terrenos aqui em Feira, nós conseguimos identificar quem são os proprietários, e quando não há a resolução do problema, a secretaria emite uma multa para este proprietário, como forma de punição, já que o pedido não foi atendido. Nós temos aqui em nossos sistemas, que são multas variáveis podendo chegar até o valor de R$ 1 mil. É Importante ressaltar, que é dever do proprietário manter a sua residência, o seu terreno em perfeitas condições, porque um caso como este, é de saúde pública, isso causa doenças, e a gente sabe que doenças não traz nenhum tipo de benefício”, informou.

Ainda de acordo com o diretor, em caso de denúncias, as pessoas podem entrar em contato através do 156 ou ligando para o (75) 3602-8100.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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