Incêndio destrói fábrica de estofados e veículo no bairro Tomba

Na madrugada desta sexta-feira (23), um incêndio destruiu uma fábrica de estofados e parte da residência que fica no andar superior do imóvel, além de um veículo que estava em frente ao prédio, localizado na Rua do México, bairro Tomba, em Feira de Santana.

O proprietário do estabelecimento, Antônio Francisco Oliveira, 50 anos de idade, dormia em casa no momento em que as chamas começaram. Ele conseguiu escapar do fogo, saltando por uma janela lateral, e foi encaminhado para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) com queimaduras nas pernas e nas mãos, além de ter inalado muita fumaça.

De acordo com a filha de Antônio Francisco, Mailane Oliveira, vizinhos informaram que o incêndio começou na parte da frente do imóvel, onde estavam o carro e um sofá.

“O vigia da rua começou a buzinar para tentar acordar meu pai, parou um carro também buzinando, e ele acordou atordoado, mas o fogo já tinha pegado a frente toda. Ele mora no primeiro andar, ele desceu, abriu um pouco a porta, que estava muito quente e ele queimou as mãos. O fogo entrou na fábrica nessa hora. Ele tentou ir ao banheiro pegar um balde para jogar nas chamas, que vieram em cima dele. Voltou ao primeiro andar, porque ele não tinha como sair, pois a entrada estava completamente tomada pelas chamas, subiu para pedir socorro, que ele não queria morrer e parou de falar. Nesse momento ele ficou sem ar, mas conseguiu abrir uma janela lateral, que ele tinha dito até que iria colocar grades nela, e se jogou dessa janela”, relatou a jovem.

Ela contou que as chamas estavam muito fortes e estavam indo praticamente para o outro lado da rua.

“Ele se jogou na parte da areia e caiu na estrada. Ele não teve fratura, teve queimaduras nas pernas, quando ele abriu a porta, e nas mãos, pois pegou na porta. E ele está com muita dificuldade de respirar por conta da fumaça. Foi levado para o Clériston Andrade, apesar de estar sem documentos, que eu conversei com o pessoal do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que estava tudo dentro do imóvel, mas está sendo assistido. Está sem previsão de alta, tem que fazer um raio-X porque inalou muita fumaça, mas está lúcido. A gente não tem muito como fazer o acompanhamento por causa da Covid e não estamos podendo entrar”, informou.

Segundo Mailane Oliveira, a fábrica ficou completamente destruída e havia muitas encomendas para serem entregues esta semana, que também se perderam entre as chamas.

“Não queremos pensar na parte financeira, mas a gente acaba pensando, pois a fábrica estava sem encomendas, estava parada, aí veio o Natal e deu uma aquecida, deu até uma animada. De ontem para hoje, ele fez dois jogos de sofás, fez umas poltronas, que eram para entregar hoje, e a gente estava com o horário fechado até domingo meio-dia, para poder fazer o movimento, aproveitando que o comércio estava aquecido. E a gente pegou também esse dinheiro para investir em material e já deixar na fábrica, para não precisar se deslocar e ter material”, disse.

Mailane Oliveira pediu aos clientes que se sensibilizem com este momento, pois a família não tinha seguro no imóvel.

“Perdemos tudo, infelizmente, e peço aos clientes que tenham um pouco de sensibilidade conosco, porque realmente nesse momento estamos fazendo todo o possível para estar atendendo a todos. A gente tem o compromisso de fazer o Natal dos outros, mas infelizmente o nosso acabou. A gente não tem ideia do que causou o incêndio. Não tínhamos seguro, e tínhamos extintores de incêndio e a parte elétrica toda revisada. A gente se preocupa muito com isso, e depois de uma chuva, a gente não entende o que aconteceu”, informou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram