Entidades se reúnem para tratar sobre ecossistema de inovação da cidade de Feira de Santana

Um encontro realizado nesta quarta-feira (1º) reuniu diversos segmentos de Feira de Santana para tratar sobre o ecossistema de inovação do município. O evento foi realizado no auditório do HUB Feira, localizado na Avenida São Domingos, bairro Capuchinhos.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Andreizza Vanin, que é integrante do ecossistema de inovação do município, destacou que o encontro teve como objetivo analisar o planejamento para o ano de 2023.

“A gente não partiu do zero porque já existia um mapeamento há 1 ano que o Sebrae e a Fecomércio fizeram, e a gente tem um plano, mas precisamos reavaliar este plano. Então neste momento, a gente está começando a reavaliar o plano, o que foi feito no ano passado, o que é que não foi feito. O que é que precisa avançar? O nosso objetivo, no final das contas, é melhorar a qualidade de vida da população, melhorar o nível dos empreendedores, do empreendedorismo e trazer mais startups para a cidade”, explicou.

Segundo o gestor do projeto do ecossistema de inovação de Feira de Santana, Maurício Fernandez, o produto já existe, mas é necessário ser organizado.

“Esse ecossistema de inovação já existe, ele só precisa ser organizado, caracterizado e mapeado para que siga uma concertação e que todos esses atores sigam em torno desse propósito comum para chegar a resultados mais eficientes e mais efetivos, mais bem integrados, uns com os outros. Isso contribui em vários aspectos, como a retenção de talentos, pois a gente deixa de perder mão de obra qualificada para outros territórios. Hoje, inclusive, depois da pandemia piorou neste aspecto, porque a possibilidade de você fazer o teletrabalho, ele não necessariamente precisa da pessoa se deslocar para outro local, então a retenção de talentos é muito importante com relação a garantir empregos mais bem qualificados para a comunidade, então o território, o município ele acaba ganhando competitividade, então assim os ganhos são diversos. A ideia é que o desenvolvimento econômico que permeia toda essa concertação entre os atores possa garantir um benefício para toda a sociedade em vários aspectos”, afirmou.

Representando a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o professor Ângelo Loula destacou a contribuição para formação de novos talentos.

“Eu acho que o nosso papel, enquanto Universidade, é de contribuir para o grupo de ecossistema de inovação e que tem muito a associar por um lado, que a gente desenvolve tecnologia de novos conhecimentos também sobre tecnologia, e do outro lado a nossa formação de talentos, de pessoas que estão aptas para trabalhar com esse sistema. A tecnologia vai continuar avançando independente das nossas vontades, é uma temática que está em progresso com as demandas sociais que nós temos e econômicas que nós temos, e o que cabe a nós é nos apropriarmos delas e também propormos novas tecnologias e não ficarmos dependendo das que já existem”, destacou.

Ainda de acordo com o professor, existe um déficit de empregabilidade no mundo inteiro.

“Essa parte de empregabilidade, inclusive, existe um grande déficit que não é só do Brasil, é um déficit no mundo inteiro porque está faltando profissionais na área. Existem mais vagas em aberto do que pessoas sendo contratadas”, pontuou.

Já representando o Centro Universitário de Excelência (Unex), o professor Danilo Sanches garantiu que a estrutura universitária também irá contribuir para a evolução do ecossistema de inovação na cidade.

“A Unex está com sua estrutura de portas abertas, nós temos multiprofessores qualificados, laboratórios, espaços de convivência que podem ser utilizados pela sociedade e pelo ecossistema para poder engrandecer ainda mais o ecossistema e também proporcionar novas empresas. A gente está agora com o programa chamado Startex, que é um programa voltado para que a gente possa disponibilizar para a comunidade, pessoas que queiram de repente abrir um negócio, uma ideia que querem um aconselhamento, alguma orientação ou até testar mesmo, e esse edital está aberto, a gente vai estar acolhendo essas pessoas em nossa estrutura, então já é uma forma da gente contribuir para a sociedade”, informou ao Acorda Cidade.

O diretor da Associação de Produtores de Softwares do Brasil, Adolfino Neto, avaliou o processo da inovação.

“A gente tem contribuído no sentido de trazer todo tipo de informação a respeito da tecnologia para ser aplicada dentro do ecossistema, nós somos uma espécie de apoio, nós somos parte do ecossistema, mas também somos um apoio também do ponto de vista tecnológico. Quanto mais inovação a gente fizer, mais eficiente as empresas, os processos, os negócios vão ser, então isso reduz custos de processos de empresas”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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