Feira de Santana

Família questiona demora na liberação de laudo que comprova morte encefálica de criança

Segundo relatos do pai, a criança ainda está sendo medicada, mas o próprio médico deu o diagnóstico que a criança tinha falecido.

05/09/2023 às 18h50, Por Gabriel Gonçalves

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Fabrício Coutinho
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O pequeno João Arthur Coutinho, de apenas 1 ano de idade, morreu no Hospital Estadual da Criança (HEC) em Feira de Santana.

Ao Acorda Cidade, o pai da criança, o analista de sistemas, Fabrício Rocha Coutinho, de 45 anos, morador do Conjunto Feira X, informou que o filho deu entrada na unidade hospitalar na última sexta-feira (1º) com crises convulsivas.

“Ele tinha um quadro convulsivo, inclusive ele já tinha dado entrada aqui, passou quatro meses e saiu com uma simples indicação anticonvulsiva, não teve retorno, não teve direito a nada, sem assistência. Ele teve uma crise convulsiva na última sexta-feira, eu dei socorro para a UPA da Queimadinha, e ele já veio entubado aqui para o HEC. Decretaram as primeiras 24 horas dele sem respirar, sem sedativos, sem nada. Ontem teve início o primeiro protocolo, hoje foi o segundo, e não liberam meu filho. Dizem que ainda falta o eletroencefalograma, o resultado é tão simples, mas eles estão ainda com meu filho aplicando medicações caras, adrenalina, vitaminas, vitamina K, para uma pessoa que já está morta”, informou.

João Arthur
Foto: Arquivo Pessoal

Segundo Fabrício, o filho também era acompanhado pelo Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantil.

“Diante dessas crises que ele tinha, ele era acompanhado pelo CAPS Infantil, inclusive a consulta que a gente conseguiu para ele, foi no final de 2024, seria até uma ironia contar este fato, mas as crises eram fortes e foi identificado como epiléptica e investigação de TEA, que é o transtorno de autismo. Hoje meu filho está em óbito, em estado vegetativo e estamos no aguardo para liberarem, nos dar o laudo de morte encefálica e sepultar o meu filho”, disse.

Ainda segundo relatos do pai, a criança ainda está sendo medicada, mas o próprio médico deu o diagnóstico que a criança tinha falecido.

“A morte foi diagnosticada pelo próprio médico, ele fez o primeiro protocolo, nós estávamos no momento, porque temos o direito de acompanhar, então fez o processo dos dedos nos olhos, água no ouvido, a luz diretamente nos olhos e ele não teve nenhum tipo de reação. Ele está com os aparelhos no corpo. Embora ele tenha sido diagnosticado, disse que precisa fazer este exame de encefalograma. O primeiro protocolo foi feito ontem por volta de 23h30, o segundo foi feito hoje 14h e disseram que eu preciso aguardar o e-mail”, contou.

O Acorda Cidade entrou em contato com a assessoria de imprensa do HEC, que enviou a seguinte nota:

O Hospital Estadual da Criança (HEC) informa que, em casos de suspeita de morte encefálica, são necessárias a realização de dois exames clínicos, além de exames complementares. Somente após essas avaliações, pode-se atestar o óbito e prosseguir com os trâmites finais. O HEC destaca também que não informa detalhes sobre estado de saúde de pacientes e ressalta que a equipe da unidade está disponível para quaisquer dúvidas familiares. O hospital reitera a excelência no atendimento e cuidado assistencial a todos os pacientes.

Referência em gestação de alto risco e em média e alta complexidade em pediatria, o HEC preza por atendimento de qualidade. Para prestar assistência humanizada, garantindo boas práticas e a segurança na atenção às crianças e gestantes da Bahia, o hospital conta com mais de 20 especialidades pediátricas e uma equipe multidisciplinar capacitada.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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  1. Essa da queimadinha é um matadouro, meu pai morreu aí nas mãos de um médico irresponsável que assim que o meu pai começou a passar mal,por ter visto um outro paciente morrer na sala vermelha, pq eles irresponsáveis não colocaram um biondo,meu pai passou mal e morreu aguardando esse médico irresponsável ir atende-lo, quando ele foi já era tarde.odeio essa upa.

  2. Minha filha esta la des do dia 11/08/2023. Chegou depois de uma convulsão, apresentou um quadro de minigite e pneumonia, comprometeu os órgãos teve derrame no pulmão e hoje abaixo d Deus so tenho a agradecer a equipe de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem do HEC . Minha filha ja foi desentubada e está com os órgãos trabalhando bem . E logo logo estara em casa . So que temos q esperar acabar todo tratamento.pq hospital e equipes boas so liberam pacientes apois toda confirmação q não tera nem um outro problema . Que o paciente esta bem , no caso dessa familia so com toda confirmação que o bb esta morto .

    1. As pessoas querem empatia e não eficácia, mas quem trabalha TB precisa de empatia; quem está de fora não sabe com pode ser desgastante trabalhar em unidades de saúde pública com sobrecarga de pacientes, falta de materiais e medicações, perseguições por nada, dobras de turnos por falta de pessoal, angústia por não poder fazer melhor, tudo é muito complicado. Há acompanhantes que são ótimos, mas tem os arrogantes,nos grosseiros, até os que ameaçam, não é fácil. Apesar de tudo o que importa é que haja eficiência, mesmo que falte empatia e amor.

  3. estranho é o menino ter ficado internado a primeira vez, sair de la sem uma ordem medica para acompanhamento com um neuropediatra, pq meu filho tambem tem problkema de convulsão ele ficou 9 dias internado e qaundo recebeu alta ja saiu com consulta marcada para acompanhamento, muito triste saber que uma familia ta sofrendo pela perca do filho.la é muito buroclatico para marca uma primeira consulta.

  4. O hospital deixa muito a desejar, os técnicos de enfermagem se acham os próprios Deus e os enfermeiros sem um pingo de empatia,meu filho ficou lá até conseguir regulação para o HGE em salvador, meu filho gritava de dor e nada eles fazia , ele com uma sonda e ninguém me ajudava em nada ,tinha medo de ir e ser o mesmo tratamento que aqui,chorei tanto, mas foi o melhor os profissionais lá sabem ter amor pela profissão, o HEC tem muito que melhorar em termos de humanidade e empatia, tem denunciar mesmo,porque nem tudo la são flores

  5. Existem protocolo , burocracia , tempo de espera entre outras , o problema é que as pessoas não querem cumprir. Por não entender como funciona, aí ouve de outras pessoas e até do Google como é o processo e acham que deve ser do mesmo jeito, mas cada um é diferente. Tem que se informar mais , saber dos seus direitos para depois reclamar .

  6. Infelizmente é cruel mas é a verdade, o hospital pode até ter profissionais qualificados no quesito entendimento de suas atribuições, mas em relação a humanização, péssimo, péssimo e péssimo. São pouquíssimas pessoas que passam por esse hospital com seus filhos e que tem bons retornos de atendimento e explicações sobre os procedimentos utilizados. Falta médicos, falta assistentes sociais, faltam equipamentos em bom estado. Falta muito gente. Muitooooo!

    1. Dia 16/12/2022 estive no HEC em busca de atendimento para meu bebê de 42 dias de nascido, com febre 38.7° na triagem fui informada que só atendia 39°,se eu quisesse para procurar a Upa do lado do HEC,fui muito bem atendida na Upa do cleristron excelentes profissionais que estava no plantão meu bebê foi internado com infecção urinária passou 5 dias internado,agradeço a Deus e aos profissionais da Upa,pq se dependesse do HEC nem sei o que poderia ter acontecido, um hospital que segundo eles é para crianças,mais só atende se estiver morrendo,seria o ideal atender crianças desde um simples resfriado a algo mais grave,libera com uma febre sem ao menos fazerem um exame para verificar se está tudo bem,péssimos profissioñais que trabalham com bola de cristal para terem tanta certeza que a criança não tem nada apenas passando pela triagem.

  7. O pai não entende os protocolos e quer determinar o que deve ser feito, a espera e o cumprimento dos protocolos são para a segurança dos pacientes. Queixa injusta e desnecessária contra a unidade de saúde.

    1. Visto que a família não tem o dito conhecimento médico ,deve sim,ser informada.Como não bastasse a dor do luto .Oh,Upa para deixar as pessoas morrerem ,essa da Queimadinha .

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