Feira de Santana

Consórcio pede indenização de R$ 100 mil a camelôs do Shopping Popular

Segundo membros da Associação, ação busca intimidar protestos contra a administração.

01/03/2023 às 09h22, Por Laiane Cruz

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Camelôs do Shopping Popular_ Foto Paulo José_Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

É realizada na manhã desta quarta-feira (1º) uma audiência de conciliação, no Fórum Desembargador Filinto Bastos em Feira de Santana, entre membros da Associação dos Camelôs do Shopping Popular Cidade das Compras e o consórcio que administra o empreendimento.

De acordo com a Elizabeth Araújo, presidente da Associação de Camelôs do Shopping Popular Cidade das Compras, o empresário Elias Tergilene, que preside o Consórcio Portal do Sertão, está pedindo uma indenização na Justiça contra os permissionários, por danos morais.

“Segundo a notificação que nós recebemos, o Consórcio está pedindo uma indenização por danos morais. Ele acusa membros da Associação de terem feito protestos e ameaças ao administrativo, e acusa que os movimentos que foram feitos anteriormente em busca dos nossos direitos mancharam a imagem dele e por isso vem pedindo esta indenização por danos morais.”

Segundo ela, os camelôs saíram das ruas do centro da cidade com a ideia de que o shopping foi construído para eles trabalharem, mas desde o início da inauguração, em setembro de 2020, o grupo vem batendo na mesma tecla, de que o camelô não consegue manter o aluguel de quase R$ 600, por conta da falta de clientes.

“É um espaço que todo mundo conhece, mas infelizmente o público ainda não aceitou. Em cima disso, os camelôs se organizaram, formaram uma associação e foram questionar na prefeitura o seu direito de continuar trabalhando dentro do espaço. Estamos hoje pagando a taxa de condomínio, mas essa luta toda deixou essas marcas que foram esses processos que a concessionária colocou, não sei se para deixar a gente temeroso, mas não devemos nada, apenas nos reunimos para buscar os nossos direitos, principalmente junto à prefeitura, que é o órgão que concedeu o espaço para a gente e fez o nosso cadastro”, explicou.

Elizabeth Araújo disse ainda que atualmente os camelôs estão pagando o condomínio de cerca de R$ 144 por um box menor, e R$ 189 por um box maior, mas a luta continua por conta do baixo fluxo.

“Nem todo mundo consegue manter a taxa de condomínio, mas estamos nos esforçando, e o que a gente reforça como associação é manter pelo menos a taxa de condomínio que estamos pagando. A associação não tem esse dinheiro, nem mesmo o membro que está respondendo a ação. Somos pais e mães de família, quem for ao shopping vai conhecer a realidade. Essa é uma tremenda injustiça, a gente pede que a Justiça veja essa situação, veja o processo anterior, que tem relação com a Ação Civil Pública e essas ações, que foram uma maneira de nos retrair sobre os nossos direitos”, observou a presidente da Associação.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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  1. Boa tarde comprei 2 box nesse Shopp paguei todo investir meus dinheiro na esperança de está fazendo um bom negócio para poder trabalhar que seria um Shopp com tudo banco, casa lotérica, praça de alimentação em fim um local bom para se trabalhar resultado propaganda enganosa estou querendo entrar na justiça para ter meu dinheiro de volta

  2. Acho que o Prefeito ñ pode obrigar ninguém a ir as compras, infelizmente o azar é dos lojistas, esse shopping ñ é longe nada, o povo que está desmotivado e ñ movimentam o negócio, mais longe é o tal do Feiraguay e deu certo, é pq querem ficar tudo no furdunço no centro da cidade, quem fica no centro é os lojistas que pagam funcionários e aluguéis caríssimo.

  3. Acho que o Prefeito ñ pode obrigar ninguém a ir as compras, infelizmente o azar é dos lojistas, esse shopping ñ é longe nada, o povo que está desmotivado e ñ movimentam o negócio, mais longe é o tal do Feiraguay e deu certo, é pq querem ficar tudo no furdunço no centro da cidade, quem fica no centro é os lojistas que pagam funcionários e aluguéis caríssimo.

  4. Acredito que se a prefeitura melhorasse o aspecto do local e alocasse alguns serviços atrairia a população, há uma necessidade de criar trânsito de pessoas no local, mantendo a característica fundamental do comércio de rua, que é a compra de oportunidade, passamos pra fazer alguma outra coisa e voltamos pra casa de mão cheia. Pedir indenização a camelôs de 100 é coisa tão idiota que nem merece comentário.

  5. Esse shopping popular daria certo se tivesse feito no antigo feira tênis clube. Fazia quantos andares fosse preciso com praça de alimentação espaço por lojista dentro dava um piso todo para o feiraguai fazia parceria com as empresas de turismo que passa por feira de Santana para conhecer o shopping. mas a prefeitura criou o olho no antigo feira tênis clube e fiz o que está hoje contato terreno que a prefeitura tem pela cidade deveria ter cedido a feira tênis clube para construção do shopping popular

    1. Verdade. E tem um estacionamento de andar gigantesco atrás. Daria pra colocar bastante barracas e a prefeitura ainda ganharia com o estacionamento.

  6. os camelôs estavam de forma informal no centro da cidade de forma clandestina, arrumaram um bom espaço pra eles, se o movimento é fraco n se pode por a culpa em isso ou aquilo, tem as contas pra pagar, caso n tenha esse dinheiro entrega o ponto a quem tenha, n pode ficar atrasando o empreendimento, tudo tem o seu preço nada é de graça, n estão satisfeitos entrega o ponto e vão buscar outras alternativas de trabalho.

    1. Eles estavam trabalhando é não roubando, espaço bom que alaga e não tem movimento suficiente para conseguirem pagar as contas? O que está acontecendo é uma injustiça.

  7. Deveria era ter vergonha, uma corja dessa .
    Arrancou a gente do nosso local de trabalho, prometendo mundo e fundo , e hj estamos aqui entregues as baratas . Pais e mães de família sofrendo sem conseguir nem o básico p nossas famílias! Todo mundo adoecido, eles q deveriam pagar indenização pela nossa perda de saúde física e mental!

  8. Não sou camelô, mas tá tudo errado, a prefeitura teria que dar uma isenção de aluguel, de cinco a dez anos a esse pessoal.

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