Feira de Santana

Com aulas suspensas, pais de alunos do Colégio Monteiro Lobato realizam manifestação

O protesto ocorre contra a paralisação das aulas há duas semanas e a falta de informações claras sobre o destino dos estudantes.

20/12/2022 às 17h42, Por Laiane Cruz

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Manifestação pais de alunos do colégio Monteiro Lobato. (Foto: Paulo José/ Acorda Cidade)
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Pais de alunos do Centro de Educação Monteiro Lobato, situado no bairro Capuchinhos, em Feira de Santana, realizaram uma manifestação em frente à Secretaria Municipal de Educação nesta terça-feira (20).

O protesto ocorre contra a paralisação das aulas há duas semanas e a falta de informações claras sobre o destino dos estudantes, uma vez que o prédio está em reforma, e o novo local que foi anunciado não apresenta condições de funcionamento.

De acordo com a mãe de duas crianças da escola, Ângela Fischer, ela tem uma filha que estuda no 5º ano pela manhã e uma filha no 7º ano vespertino, porém há duas semanas estão sem aulas e o prédio para onde os alunos irão está sem água e energia.

“Nós viemos nos manifestar, porque já arrumou a escola e já tem duas semanas que não tem aula. Estão dizendo que vai começar as aulas segunda-feira, mas já estão falando que essa escola não tem água, e como é que vai começar sem água e sem nada. Tem que providenciar, para iniciar as aulas. Disseram que as crianças não vão ter férias esse ano e vão estudar até dia 6 de fevereiro”, afirmou.  

Manifestação pais de alunos do colégio Monteiro Lobato. (Foto: Paulo José/ Acorda Cidade)
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Leidiane Ferreira da Cruz, que também tem uma filha estudando na escola, informou que o prédio para onde os alunos serão transferidos não é adequado, pois falta água e energia.

“Tenho uma menina que estuda pela manhã. A nossa reivindicação é porque já tem duas semanas que nossas crianças estão sem aula. Já tem um prédio, mas eu creio que não é adequado, porque está sem luz e água, não tem condições de as crianças estudarem. Outra coisa que eu quero saber é como as crianças irão para a escola, se os pais vão ficar levando ou se vai ter um ônibus para levar. Além da gestão, que precisamos que seja trocada, porque não aguentamos mais”, informou.

A diretora da APLB Sindicato, Marlede Oliveira, que representa os professores, esteve presente na manifestação para cobrar também o resultado da sindicância sobre as denúncias de assédio moral sofridas por professores e funcionários por parte da direção.

“Nós estamos vivendo na Escola Monteiro Lobato algumas situações: uma é a questão da relação da direção e do assédio com professores, que já viemos acompanhando, e inclusive tem queixa de crime na polícia sobre isso, e a outra é a questão do prédio, aonde não tinha mais condições de continuar acontecendo a atividade letiva e a Seduc transferiu para um colégio na Rua Venezuela, só que não está funcionando e desde a semana passada não tem aula. Já tem duas semanas sem aulas e não tem previsão de reinício das aulas, porque, segundo os comentários, o prédio só tem um poço que não tem água e por isso não tem condições de funcionamento”, afirmou.

Marlede Oliveira disse também que o Conselho Municipal de Educação já tem um parecer sobre o Colégio Monteiro Lobato, porém a Seduc não toma providências.

“Estamos aqui para conversar com a professora Anaci, porque ela ficou de abrir uma sindicância para apurar os fatos da relação da diretora com os funcionários e professores da escola, mas ela não abriu até hoje e nenhuma providência foi tomada. O Monteiro Lobato está sem aula, a diretora está coagindo, ameaçando e assediando trabalhadores, professores e funcionários, então é um caos total no colégio. Hoje está tendo também uma reunião do Conselho Municipal de Educação, que esteve lá no ano passado e tem um parecer do conselho, sobre a escola, recomendando a Seduc, só que os pareceres do Conselho Municipal de Educação, a Seduc nunca toma a providência de encaminhar as recomendações e orientações. E é grave a situação do Monteiro Lobato”, destacou.

O Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Seduc) e aguarda retorno.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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  1. Não consigo entender porque a secretaria de educação não se manifesta, e porque o Ministério Público em Feira fecha os olhos para esse tipo de situação. Literalmente a justiça está cega em nosso país. Deus nos guarde.

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