Feira de Santana

Com a chegada do inverno, especialista destaca sobre as baixas temperaturas em Feira de Santana

De acordo com Rosângela Leal, a temperatura pode ficar mais baixa, principalmente no mês de agosto.

21/06/2022 às 14h08, Por Gabriel Gonçalves

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Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Tem início nesta terça-feira (21) e segue até o dia 22 de setembro, o inverno, a estação mais fria do ano, quando apresenta baixas temperaturas.

Muitos feirenses já se anteciparam e tiraram os agasalhos do guarda-roupa, além dos guarda-chuvas.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a professora de Topografia da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e doutora em sensoriamento remoto, Rosângela Leal, explicou o motivo de tanto frio, e destacou que ainda assim, o Brasil apresenta um inverno ‘mais quente’, comparado com os Estados Unidos e a Europa.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“O inverno corresponde ao movimento da Terra que inclina o eixo e a parte Sul fica mais afastada do sol em comparação a parte Norte. Por incrível que pareça, o nosso verão que é a parte em que nós estamos virados para o sol, corresponde justamente a parte mais distante quando a gente está no afélio, e quando a gente está no periélio, ou seja, estamos perto do sol, é que chega o nosso inverno. Por isso que os nossos verões são mais frescos e os nossos invernos são mais quentes, quando você compara por exemplo com os Estados Unidos e com a Europa, porque lá cai muita neve, e aqui você chega na latitude do Rio Grande do Sul que seria uma latitude que cairia neve durante todo o inverno, e aqui não chega a tudo isso. A gente tem um clima subtropical, justamente porque no período de inverno, nós recebemos muito mais calor, porque mesmo que a gente esteja com o eixo inclinado afastado do raio solar, nós estamos fisicamente mais próximos do sol durante a órbita da Terra”, explicou.

De acordo com a especialista, a temperatura pode ficar mais baixa, principalmente no mês de agosto.

“Já estamos percebendo que o inverno já tinha chegado, podemos dizer que invernou mais cedo, principalmente com as temperaturas que baixaram constantemente. Tivemos aí um período com cerca de 15 dias com aquele sol, o tempo seco, bastante calor, depois começou a chover novamente. Nossa expectativa é que continue chovendo, são chuvas fracas, mas acompanhada de temperaturas baixas e que realmente, já está fazendo bastante frio, mas existe a probabilidade dessa temperatura baixar mais ainda no mês de agosto. Ainda não temos como prever uma temperatura mínima que Feira de Santana pode atingir, porque estamos com um período um pouco esquisito. Nos anos anteriores, tivemos bastante regularidade na distribuição de chuvas, de temperaturas, mas neste ano, tem certo período que está chovendo, depois para, volta a esquentar, faz frio novamente, então ainda está muito instável. O que nós sabemos é que a partir de agora, a temperatura vai baixar, vai continuar chovendo, e esperamos que não tenha mais estiagem prolongada, por conta do período de plantação”, afirmou.

Mesmo com a intensa programação de chuvas, Rosângela Leal informou que não há previsão de fortes temporais que causem alagamentos.

“A tendência para este período do inverno, não são chuvas fortes que venham alagar algum local. Podemos ter eventuais episódios, mas não esses tipos de chuvas. Esse alagamentos, inundações, são mais comuns nos períodos dos meses de novembro e dezembro, quando são chuvas de trovoadas, porém este ano, as previsões estão instáveis”, disse.

Com relação ao equipamento que está sem funcionar, responsável em emitir os dados sobre o clima de Feira e região, Rosângela Leal, informou que a máquina é de responsabilidade do Governo Federal.

“Este equipamento não é da Uefs, é do Instituto Nacional de Meteorologia [Inmet], e estamos esperando que providências sejam tomadas. Não temos autonomia para chegar e tentar resolver, já que se trata de um órgão do Governo Federal. Estamos colhendo os dados de forma analógica, pelo que a gente ficou sabendo, é um problema elétrico no circuito, relacionado à bateria do equipamento e até o momento, estamos no aguardo para repor este material. Estamos sem coletar os dados desde o período da pandemia, primeiro que aqui fechou, não tínhamos a leitura analógica e agora o automático está com esse defeito”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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