Feira de Santana

Após nova colisão por carreta, parte do viaduto da Cidade Nova será demolida

Devido à nova colisão, o viaduto permanecerá interditado.

14/11/2022 às 12h09, Por Laiane Cruz

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Foto: João Vianey/Soma

O superintendente de Operações e Manutenção da prefeitura de Feira de Santana, João Vianey, revelou nesta segunda-feira (14) que, após a nova colisão envolvendo uma carreta, na última quinta-feira (10), parte do viaduto Dr. Miraldo Gomes terá que ser demolido, para depois ser reconstruído.

De acordo com ele, em entrevista ao Acorda Cidade, a Superintendência de Operações e Manutenção (Soma) já realizou os cálculos e está em discussão com os projetistas acerca das intervenções que devem ser realizadas no local, como também o tempo para que todo o processo seja concluído.

“Esse escoramento que foi feito, nós já fizemos o cálculo, a discussão com os projetistas, para que ele suporte o esforço dos rompedores, quando nós formos demolir a parte superior, porque inclusive houve comentários sobre o custo da intervenção, mas o que vai acontecer é que vamos demolir parcialmente o viaduto para poder reconstruí-lo. Então de fato é um trabalho minucioso, vamos fazer a viga embaixo, e teremos que esperar 28 dias para a cura dela. Aí eu lanço a viga em cima, coloco a pré-laje e vou ter que esperar mais 28 dias para a cura da laje, para poder fazer o asfalto e a viga. Estamos vendo algumas soluções para poder acelerar isso, mas realmente são passos bem lentos, que seremos obrigados a cumprir”, informou João Vianey.

Ele esclareceu que devido à nova colisão, o viaduto permanecerá interditado, pois o esforço do tráfego de veículos e a vibração gerariam um risco maior à estrutura, cujo concreto que já começou a desplacar em alguns pontos.

“Por uma questão de precaução, vamos ter que manter fechado tanto em cima quanto embaixo. Fizemos agora um reforço do escoramento, e o vão que estava com 10 metros livres teve que ser reduzido para 6, então realmente embaixo está impossibilitado de ser liberado. Nós fizemos uma via lateral, próximo a uns galpões vizinhos ao viaduto, e no final de semana regularizamos com material de asfalto, e fizemos uma espécie de Y. À direita você pode permanecer no Anel de Contorno, e há uma derivação à esquerda, que encaixa na rotatória e como está sem conflito ali, o tráfego está fluindo bem. É uma solução, que não é definitiva. A gente já tinha um planejamento de estruturar esse pavimento na lateral, mas em virtude do escoramento, fomos obrigados a fazer esta intervenção, para dar uma trafegabilidade imediata”, explicou.

Foto: João Vianey/Soma

Ele informou que os motoristas que vêm da Maria Quitéria em direção ao Conjunto Alvorada serão obrigados a fazer o retorno no Ginásio Oyama, e reiterou que a ocorrência da última quinta (10) fragilizou o escoramento que foi feito no local por conta da colisão do dia 20 de julho deste ano.

“Isso gerou um problema, pois a armadura foi mais danificada do que estava e como ficou sem o suporte do escoramento, começou a trincar o concreto e desplacou uma parte do concreto. Isso gera um risco maior, especialmente para os motociclistas, de cair um bloco de concreto. A viga está numa situação de degradação muito grande e fomos obrigados a reforçar o escoramento, fazer um pórtico, porque realmente a evolução do dano foi muito grande. O escoramento só tinha três torres em cada lateral, e tivemos que acrescentar mais um no meio, e tem uma viga apoiando”, explicou.

Ele destacou que o piso da rotatória foi recuperado pela Viabahia, mas sua espessura não estava alterada, de modo que a altura livre entre a rotatória e o viaduto permaneceu dentro dos critérios exigidos.

Foto: João Vianey/Soma

“Aquele trecho, a Viabahia fez uma campanha de recuperação parecida com a da Presidente Dutra em 2014, essa foi a última intervenção, e na verdade foi uma fresagem e recapeamento, então não teve nenhum milímetro a mais de espessura naquele local. Até porque nós temos ali na transição o viaduto da rotatória, então temos uma limitação e o recapeamento. Agora o que eu quero que fique claro é que no dia do primeiro acidente fizemos a medição com a PRF para o Boletim de Ocorrência, inclusive, e a norma rodoviária diz que o gabarito tem que ser de 5,5m, é obvio que em algumas situações são maiores, e o marco que está colocado, a sinalização do viaduto indica essa metragem. Fizemos a medição no menor ponto, que é o direito, e está com 5,52m e como é uma rampa, do lado esquerdo está 5,72m. O local da batida estava com 5,62m, a altura livre, a autorização da carga indicava inclusive 5,62m. Isso mostra que ele estava acima”, informou Vianey.

Ele disse ainda que a empresa da carreta responsável pela primeira colisão já foi notificada e a Procuradoria do Município está cuidado do caso juridicamente.

“Já fizemos a notificação da primeira empresa e eles nos responderam. A segunda empresa, a PRF está fazendo a checagem. A PRF e o DNIT estão checando quais cargas passaram naquele dia. Não temos a segurança de quem provocou aquele acidente. O escoramento ficou totalmente danificado e ficou solto do lado direito. E houve um impacto na segunda viga, que não tinha sido afetada na primeira. A primeira empresa fez alguns questionamentos do projeto, e já solicitou uma reunião com a prefeitura para entender, mas acho que é uma questão jurídica. Acho que a atitude do prefeito foi prudente e a gente tomou as medidas. A procuradoria, com toda a segurança, jurídica, vai tomar as medidas necessárias para o ressarcimento, nós não poderíamos esperar uma ação diferente”, disse.

Segundo João Vianey, as câmeras do videomonitoramento não conseguiram flagrar a colisão mais recente, e a prefeitura está buscando imagens de câmeras de empresas vizinhas ao viaduto, a fim de identificar a empresa.

“A prefeitura tem câmeras em locais próximos, porém que não conseguiram identificar os casos. Mas o major Moacir está checando com empresas próximas, assim como foi no primeiro caso, e estamos tomando as medidas para tentar identificar”, afirmou.

Orçamento comprometido

O superintendente da Soma observou também que para que as obras definitivas sejam realizadas no viaduto Dr. Miraldo Gomes sejam realizadas. é necessário que a Câmara de Vereadores aprove o remanejamento de recursos da LOA [Lei Orçamentária Anual], solicitado pelo poder executivo.

“Para a obra definitiva ser realizada, estamos aguardando a questão do orçamento. E estou me colocando à disposição novamente para ir à Câmara apresentar o projeto, a solução que está posta. Não só para a questão do viaduto, o orçamento da Soma está bem comprometido, estamos sem orçamento para fechar o ano. Já foi solicitado à Câmara o remanejamento orçamentário para que a gente possa fazer esse planejamento. Então, a gente está contando com isso. Na nossa ida lá no dia 3, eu acredito que foram muito receptivos. O vereador Silvio Dias fez o questionamento sobre a situação, e alguns questionaram a questão do orçamento da Soma, e houve até uma nota da Câmara informando que o orçamento da superintendência é de R$ 60 milhões, e na verdade ele até supera, mas como se trata de uma estimativa, alguns recursos que são oriundos de sessão onerosa, do CID, que é o imposto sobre o combustível, que não vieram. Então existe uma rubrica orçamentária que não tem um financeiro”, justificou.

Conforme Vianey, o orçamento da Soma foi comprometido pela emenda que alterou o valor do recurso próprio.

“De recursos próprios tivemos uma dificuldade, porque o orçamento era de R$ 32 milhões e com a emenda à LOA, foi reduzido para R$ 17 milhões, devido à proposição do Hospital Municipal, que retirou R$ 15 milhões do orçamento, e efetivamente o prefeito fez suplementações ao orçamento da Soma este ano, mas tivemos uma dificuldade muito grande, porque o combustível teve um impacto e quem está pagando o combustível da Soma hoje é a Secretaria de Administração, porque há dois meses a Soma não tem orçamento para pagar combustível, e estamos fazendo um esforço de priorização, de sequência, mas a suplementação no nosso caso é muito importante”, frisou.

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  1. Coloca uma trave sinalizadora e limitadora de altura, nós acessos ao viaduto, pois em caso de excesso haverá colisão na trave, evitando um problema maior como esse. Em diversos locais na BR tem isso, inclusive após o viaduto do cajueiro sentido Salvador, que previne batida na passarela que vem logo a frente.

  2. Enquanto isso, nós cidadãos paga o pato! Horario de Pico o trânsito se tornou um absurdo já começando do centro da cidade para quem vai para cidade nova, quem precisa entrar no campo limpo tem que queimar muito mais gasolina para fazer o contorno lá nas duas rodas, e ai de quem tenta entrar pela baraúnas e seguir para Morada das Árvores. Espero mesmo que vocês tenham senso e modeifiquem as vias permitindo mais opções para quem precisa vir para esse lado.

  3. Não bastasse ter sido muito mal projetado, não permitindo fácil visualização pelos motorista dos carros que se aproximam, e totalmente inadequado para a travessia dos pedestres, agora interditado tornará o que é ruim ainda pior.

    1. Perguntar a Zé Ronaldo o quê? Que eu saiba ele não foi o engenheiro e nem o construtor da obra! O viaduto ali foi ótimo, deveria ter sido mais alto? Concordo! Mas TB na época que foi construído a realidade era outra. É preciso responsabilizar o causador do dano ou a empresa que ele trabalha pelos prejuízos causados, não é pelo fato de ser obra obra pública que neguinho sai derrubando tudo pela frente e ficar por isso mesmo.

  4. O certo é derrubar essa parte toda e Aulmenta mais um pouco pra no futuro não acontecer isso novamente não adianta colocar a culpa em A ou B o negócio é resolver logo o problema.

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