Apenas duas equipes realizam podas de árvores em Feira de Santana, diz diretor do Departamento de Áreas Verdes

Diariamente o Programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News, recebe diversas reclamações de ouvintes, com relação à falta de podas de árvores em muitos bairros e distritos de Feira de Santana.

Recentemente, os moradores do bairro Chácara São Cosme solicitaram a presença da reportagem do Acorda Cidade, para reclamarem, tanto da falta de poda, como também da falta de limpeza, na Praça João Marinho Falcão. Segundo eles, é um local que não é limpo há meses e encontra-se abandonado.

A reportagem do Acorda Cidade conversou com João Falcão, diretor do Departamento de Áreas Verdes (DAV), da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp). Segundo o gestor, existe um cronograma a ser seguido, mas no momento, apenas duas equipes são responsáveis pelas podas de árvores no município.

“Nós continuamos dentro do cronograma que é estabelecido anualmente de buscar atender todas as árvores existentes, colocar ela dentro do padrão que a gente entende que é necessário para conviver bem. Porque hoje a árvore no nosso meio urbano, eu até chamo de bioma urbano, já que existe o bioma caatinga, porque a árvore agora convive com uma série de vizinhos que ela não é acostumada. Então é fiação, é iluminação, é sinaleira, é construção. Então a gente tem que buscar fazer com que ela sofra menos e que ela se adapte, não crie problema nem seja prejudicada. Existe um cronograma, nós temos somente duas equipes de poda e hoje em Feira, já levantado pelo departamento em 2018, tem 62 mil árvores cadastradas. Como se plantou mais, nós usamos para cálculo de programação que Feira tem em torno de 100 mil árvores”, pontuou.

Questionado sobre a quantidade reduzida de colaboradores, João Marinho explicou que em certos casos, os chamados são atendidos por prioridade.

“Nós fazemos dentro daquilo que é possível. Nosso critério aqui são os pedidos, a gente atende de uma maneira cronológica, dos mais velhos para os mais novos e qualquer emergência, qualquer situação que põe em risco a comunidade ou algum equipamento é se dada a prioridade a isso. As equipes são boas, têm feito um trabalho que eu considero muito bom”, declarou.

Ao Acorda Cidade, o diretor informou que existem técnicas de podas neste período do verão.

“Existe tecnicamente todo um protocolo para você podar uma árvore, depende da espécie, localização e as estações. Mesmo tendo correntes para um lado e para o outro, há uma recomendação que no verão, se evite podas drásticas, que se tire isso. Nós buscamos seguir essa linha, porém existem situações que às vezes é indispensável, é a única opção que a gente tem. Um exemplo é a praga, a erva-de-passarinho, que inclusive, ultimamente tem se alastrado de uma maneira até fora do comum. Então nesses momentos você tem que fazer. Outra situação, as árvores, nem todas que foram plantadas por uma série de circunstâncias, elas são recomendadas para arborização. Um exemplo simples, você planta em uma praça, em uma calçada, se a copa dela cresce muito, passa pela casa, as folhas que caem às vezes entopem a calha, o telhado, fazendo com que haja um prejuízo como um risco. Então, nesses momentos, nós temos que ser mais drásticos ou menos. Mas sempre estamos levando em consideração a poda, que a gente chama de levantamento, limpeza e formação da copa da árvore”, disse.

Podar uma árvore por conta própria, é legal?

Segundo o diretor da DAV, é necessário que se tenha uma autorização para realizar o serviço.

“Isso está na lei ambiental, inclusive nós mesmos temos que ter autorização do meio ambiente. Ninguém pode podar nem remover, mesmo que seja na sua calçada, mesmo que seja na sua propriedade privada, sem autorização do meio ambiente. A poda, a remoção sem uma autorização é crime ambiental”, concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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