Feira de Santana
"Afogamento é considerado como acidente, mas poderia ser evitado", declara comandante do Corpo de Bombeiros
De acordo com o profissional, a sociedade burla as medidas de segurança e as ocorrências acontecem.
23/05/2023 às 18h30, Por Gabriel Gonçalves
No último domingo (21), um barco de pesca virou no Rio Jacuípe, trecho da Fazenda Xavante, município de São Gonçalo dos Campos, deixando mortos Cristiane Santana de Freitas, de 40 anos, que estava grávida de quatro meses e o filho Richarlyson de 13.
O acidente gera um alerta para toda população, principalmente pela falta do uso dos equipamentos necessários que deveriam ser utilizados em embarcações.
O Acorda Cidade conversou com o comandante do subgrupamento do 2º GBM de Feira de Santana, tenente Maurício. Segundo o militar, medidas simples de segurança poderiam ser aplicadas, evitando assim registros de acidente.
“Nós percebemos que o afogamento é considerado como acidente, mas ele pode ser evitado. Medidas simples de segurança, de observação das normas das embarcações, dos registros do certificados, dos condutores se eles estão aptos para conduzir aquele tipo de embarcação, da capacidade da embarcação, se ela dispões de colete salva-vidas, ou seja, são questões simples de segurança que se a gente for observar, não teríamos acidentes como estes. Um afogamento, por exemplo, é a segunda causa de morte de crianças de 1 a 4 anos, e com a pandemia as crianças ficaram em suas residências, inclusive esses índices aumentaram porque são piscinas áreas de condomínio, banheiras, então o risco não é somente nos balneários, claro que nos balneários aumenta a probabilidade de ocorrência, mas em relação ao afogamento, são questões de prevenção que a gente precisa do apoio da sociedade para que a gente mitigue que esse incidente que acomete quase 6 mil brasileiros por ano”, afirmou.
Questionado sobre as fiscalizações, o tenente informou que este trabalho é de responsabilidade da Marinha.
Segundo o bombeiro militar, cerca de 75% dos afogamentos acontecem em água doce.
“Nós temos uma grande extensão de rios, lagos, lagoas, represas e a estatística diz que 75% dos afogamentos que ocorrem no Brasil, ocorrem em águas doces. Nós temos muitos locais com água doce e infelizmente as pessoas não tomam precaução, as medidas de segurança e aí infelizmente nós temos os índices de afogamento acontecendo”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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