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Feirenses se destacam no 27º Campeonato de Karatê Shotokan em Goiânia 

A Academia Astekas,de Feira de Santana, levou 34 atletas para o Campeonato Brasileiro, destes 32 foram premiados.

24/10/2023 às 19h22, Por Jaqueline Ferreira

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Seleção baiana no 27º cameponato de karatê shotokan
Foto: Reprodução/JKSBahia

Nos dias 13 e 14 de outubro, em Goiânia, ocorreu o 27º Campeonato Brasileiro de Karatê Shotokan da JKS Brasil, onde muitos atletas de Feira de Santana conquistaram premiações em diversas modalidades.

A Academia Astekas que trabalha com o esporte há 25 anos, se destacou e trouxe para a Bahia mais de 30 karatecas premiados. Pela 16º vez, a Seleção Baiana foi a campeã da competição. 

Dos 34 karatecas que foram para a competição com o professor Adriano Araújo, somente dois voltaram sem premiações. Adriano, que é proprietário da Academia Astekas, localizada em Feira de Santana, falou sobre os feitos dos alunos no torneio.

“A gente teve atletas se destacando na categoria mirim de 8 a 10 anos, na master 1, que foi o meu caso, a minha despedida, de 38 a 41 anos, teve atletas na categoria adulto, a volta das competições dos trigêmeos da Astekas, a categoria de Kata Equipe, que a Bahia tem uma hegemonia que vem vencendo consecutivamente desde 2005, Kata Equipe Adulto, Sênior e dentre outros destaques” partilhou. 

campeonato brasileiro 2023 de karatê em goiânia academia astekas atletas
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Se despedindo dos tatames, o professor foi presenteado com a categoria criada pela JKS (Japan Karate Shoto Federation), que é a Kata Família, onde três participantes devem ter o parentesco e pelo menos uma geração deve ser diferente. Ele participou com os filhos e trouxeram o título para casa.

“Eu tive a possibilidade de fazer com os meus filhos pela primeira vez e nós fomos campeões”, revelou. 

A Academia Astekas sempre participou dos campeonatos com atletas na seleção baiana. Além das conquistas individuais, o grupo também realizou feitos em coletivo.

“Este ano somos a academia com o maior número de atletas na seleção e em 2019 no último mundial disputado também, com 21 karatecas”, afirmou.

Há pelo menos 14 anos, Frankeyel Melo se dedica ao karatê. Nesta competição, ele retornou depois de anos parado como faixa marrom. Nesta participação ele não levou, mas disse que adquiriu bastante experiência.

“A Bahia não fez feio, porque somos bem preparados, somos atletas de referência nacional e não senti dificuldades, lutando de igual para igual, tanto que fomos campeões”, disse. 

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Um dos destaques do torneio foi Lara Beatriz. A atleta conquistou mais um título, totalizando o tetracampeonato como campeã brasileira. Ao Acorda Cidade, ela contou o que considerou mais difícil no 27º Karatê Shotokan.  

“Digamos que no total é sempre uma luta, todos são complicados, não conhecemos os oponentes, mas no geral acho que é um desafio a mais a categoria Koten kata, de 13 a 18 anos e a de Kumite que é em si a luta”, explicou. 

A feirense concorreu na categoria de Koten Kata e trouxe para a Bahia três medalhas de ouro e uma de prata. A família não pôde acompanhá-la, mas ela contou que todos estavam torcendo e bastante orgulhosos de Feira de Santana.

Lara já traça os próximos projetos. Em 2019 ela conquistou uma medalha de prata e duas de bronze no Mundial de Dublin, na Irlanda. A perspectiva agora é também ir para o mundial e o próximo brasileiro. 

Além de premiar os melhores do país, o evento serviu como seletiva para a Seleção Brasileira de Karatê. As karatecas que se destacaram já estão pré-convocadas para uma vaga no Mundial de 2024, que vai acontecer no Japão, mas o professor alerta que sem apoio, muitos desses jovens podem ficar de fora.

“É legal ser convocado, mas se a gente não tiver uma mudança de mentalidade dos poderes públicos e da iniciativa privada, provavelmente muitos talentos com chances de ganhar o Campeonato Mundial vão ficar de fora, porque o Japão, os custos são altíssimos. Para a maioria deles, por condição financeira própria, dificilmente eles conseguirão ir”, alertou. 

A participação desses jovens é fundamental, pois demonstra o trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos treinos, o protagonismo e a capacidade que eles têm.

Para finalizar, o professor Adriano destacou alguns pontos importantes que os alunos aprenderam e que vão levar para as próximas etapas das competições e de suas vidas. 

“São coisas que vão ficar para o resto da vida, principalmente dos mais novos. A questão da integração, da amizade, da união, do respeito, de competir com e não contra, que é uma coisa que a gente sempre preza aqui. O fato de conhecer pessoas de outros estados e criar laço de amizade para o resto da vida, o fato de saber lidar com as emoções ao extremo, tanto a felicidade da vitória quanto a frustração da derrota, tudo isso é preparação para a vida que eles vão ter e vão levar com eles essa experiência”, pontuou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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