Educação

Professores fazem Dia de Luta pela educação em Feira de Santana

Segundo APLB, apesar das insistentes tentativas de diálogo com a secretaria, não há resposta para as reivindicações.

31/03/2023 às 13h24, Por Laiane Cruz

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Manifestação professores_ APLB_ Foto Paulo José Acorda Cidade (1)
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Os professores da Rede Municipal de Feira de Santana realizaram um ato público em frente à Secretaria de Educação para novamente cobrarem uma resposta à prefeitura para a pauta de reivindicações da categoria.

O ato denominado ‘Dia de Luta’ também teve por objetivo relembrar o protesto realizado pelos professores no dia 31 de outubro do ano passado, no qual os manifestantes ocuparam o prédio da paço municipal e foram agredidos com golpes de cacetetes e sprays de pimenta por agentes da Guarda Municipal.

De acordo com a professora Marlede Oliveira, diretora da APLB em Feira de Santana, que representa os professores, após o episódio envolvendo a prefeitura e os participantes da manifestação, nada foi resolvido.

Manifestação professores_ Foto Paulo José Acorda Cidade
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

“Nós decidimos marcar esse dia de luta a partir do momento que o vereador Silvio Dias fez um projeto de lei, que é o Dia de Luta pela educação de Feira de Santana, e o que aconteceu há um ano, quando fizemos uma assembleia e logo depois fomos para a prefeitura buscar respostas para a pauta, que continua a mesma, sobre a reformulação do plano de carreira, pagamento do reajuste, que no ano passado era de 33% só deu 5%, e esse ano é 15%, mas até agora não teve resposta nenhuma, alteração de carga horária de professores e mudança de referência de professores que estudam, fazem especialização, mestrado e doutorado, e tem professores que têm três anos ou quatro sem mudar a referência.”

Marlede Oliveira informou que apesar das insistentes tentativas de diálogo com a secretaria, não há resposta para as reivindicações.

“Então viemos à secretaria cobrar uma resposta. A secretária não nos atendeu ainda, diz que vai marcar uma conversa com o prefeito, mas não sabemos e não teve uma audiência ainda com o sindicato para ter uma resposta da nossa pauta. Fomos no ano passado marcar uma audiência com o prefeito e recebemos spray de pimenta e cacetetes, daí para cá, conversamos com a professora Anaci Paim, mas ela não tem respostas. Ela está sentada na cadeira de secretária e não tem resposta de nada.
Temos 14 itens da nossa pauta, a cada 15 dias passamos ofício, passamos mensagens para ela e não nos dá resposta”, enfatizou a professora.

Professores_ manifestação_ APLB _ Foto Paulo José Acorda Cidade
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Conforme a sindicalista, vários municípios já estão dialogando o reajuste salarial para os professores, porém em Feira de Santana até o momento nada foi sinalizado.

“Feira de Santana tem recursos, tem muito dinheiro, esse ano serão quase R$ 300 milhões que a prefeitura vai receber dos recursos do Fundeb, e fazem o que com esse dinheiro que não dão reajuste aos professores? Todos os municípios dão, e ontem mesmo o prefeito de Santa Bárbara divulgou o reajuste de 15%. Vários prefeitos já estão resolvendo, pois já está em março e aqui nem sequer sentamos para discutir. O governador já chamou e a APLB está lá negociando e ele falou que já vai dar agora em abril retroativo. Mas aqui em Feira, infelizmente, é dessa forma que o governo tem tratado a educação. Não adianta dizer que vão consertar uma escola, deixar bonita, pintar, e os professores e funcionários são desvalorizados”, destacou a professora.

Ainda segundo Marlede Oliveira, a prefeitura continua pagando os salários parcelados.

“Também quero fazer uma denúncia que o salário foi depositado na conta parcelado, sendo que tem decisão judicial do dia 25 de agosto do ano passado, falando que o prefeito não pode pagar dessa forma, mas continua. Saiu uma parte hoje e outra não. Mais de mil professores, dos 2.300 recebem os salários parcelados. O juiz já disse que vai criminalizá-lo. Tem 15 dias que saiu uma nova decisão, e hoje está pagando parcelado novamente.”

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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  1. A grande dificuldade dos professores está na liderança do sindicato. Tudo que Marleide faz tem que ter política pelo meio, tiveram o tempo todo para se manifestarem, e não fizeram, agora depois que se iniciaram as aulas vem ela com essa palhaçada, Silvio Dias que é oposição se aproveita pra querer aparecer, e o prefeito que não tem mais nenhuma pretensão política não está nem aí para a cidade e o cidadão. Triste Feira de Santana.

  2. Não tiro ninguém do seu direito de reivindicar, todos merecem ganhar pelo esforço do seu trabalho, mas esperar as aulas Começarem para fazer tal tipo dereivindicação, isso já não é lutar ,é falta de respeito para com os alunos e má fé.
    Por favor vcs tem o ano todo pra fazer tal manifestação é não faz pq?
    Eu fico muito triste com a posição de vcs nessa situação.vcs querem seus direitos sim.
    Mas os alunos querem respitos

  3. Incrível que teve o tempo todo pra fazer essa paralisação! quer dizer, que começa as aulas dia 29/03 e dia 31/03 já tem greve acho um absurdo o caminho que a educação em feira de Santana está tomando

    1. O “L” mandou o reajuste de 14 %, quem gere o município é a personificação do inimigo chamado Cãobert, ele que não faz o reajuste, ele que não reforma escola, ele que não garante a alimentação dos alunos, esse povo que manda por qualquer coisa fazer o L,TÊM QUE URGENTEMENTE PROCURAR AJUDA PSIQUIÁTRICA.

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