Educação

MEC: consulta sobre Novo Ensino Médio recebeu 150 mil respostas

A revogação do Novo Ensino Médio tem sido uma reivindicação de entidades do setor e de muitos especialistas.

08/07/2023 às 06h41, Por Acorda Cidade

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Ato pela Revogação do Novo Ensino Médio | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Agência Brasil – O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou na sexta-feira (7) que a consulta pública para avaliação e reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio, conhecida como Novo Ensino Médio, recebeu mais de 150 mil contribuições em plataforma virtual. O processo foi concluído na noite de quinta-feira (6).

“Ao longo de 120 dias, ouvimos acadêmicos, técnicos, gestores de redes educacionais, gestores escolares, professores e alunos”, destacou Santana. “A pesquisa online, realizada por meio de um canal de Whatsapp, obteve aproximadamente 150 mil respostas. Participaram mais de 100 mil alunos, cerca de 30 mil professores, quase 6 mil gestores escolares, entre outros”, acrescentou.

Lançada em março deste ano, a consulta foi feita por meio de audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais com estudantes, professores e gestores escolares. E chegou a ser prorrogada a pedido de organizações do setor.

“Quero agradecer a todas as entidades que colaboraram para a construção coletiva deste diálogo, encaminhando propostas estruturadas e sugestões para a avaliação e reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio”, completou o ministro da Educação.

A atual política de ensino médio foi aprovada por lei em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos.

Pela lei, a implementação deve ser feita de forma escalonada até 2024. Em 2022, a implementação começou pelo 1º ano do ensino médio com a ampliação da carga horária para, pelo menos, cinco horas diárias. Para que o novo modelo seja possível, as escolas devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete horas diárias, define a legislação. Isso deve ocorrer aos poucos.

Com o novo modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções, está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários, entretanto, vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.

Em 2023, a implementação deveria seguir com o 1º e 2º anos e os itinerários devem começar a ser implementados na maior parte das escolas, mas o cronograma foi suspenso pelo governo federal até que haja sistematização das propostas da consulta pública e eventuais ajustes na nova etapa de ensino. Em 2024, a previsão é que o ciclo de implementação esteja concluído, com os três anos do Ensino Médio em funcionamento.

A revogação do Novo Ensino Médio tem sido uma reivindicação de entidades do setor e de muitos especialistas. Apesar disso, o governo federal não cogitou revogar a medida por completo, mas fazer ajustes a partir dos resultados obtidos na consulta.

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  1. O absurdo desse “novo ensino médio” foi a redução da carga horária das disciplinas de Humanas, com Geografia, História, Filosofia, Sociologia.

  2. Respondi ao formulário disponível para a consulta pública. No entanto, não havia sequer um campo em que uma proposta formal (diferente das alternativas apresentadas ) pudesse ser publicada. Em tese, uma consulta pública; consolidado: apenas aquilo que se pretende “ajustar” no Novo Ensino Médio, o que implica em uma alternativa guiada a ser endossada pelo instrumento disponibilizado.

  3. Formação Geral com uma Carga Horária mínima não inferior a 02 períodos de 60 minutos. Hoje disciplinas significativas como Física,Química,Biologia,Geografia, etc tem apenas um período de aula Semanal. Com uma carga horária dessas como fica a aprendizagem em questões ambientais, científicas, tecnológicos etc. Desconsiderar que alunos de escola pública e carentes não irão fazer uma formação superior onde são necessários habilidades desenvolvidas nas disciplinas citadas no início e que estão completamente comprometidos com esse aroxamento de carga horário.

  4. A revogação do Novo Ensino Médio tem sido uma reivindicação, além de várias entidades do setor e de muitos especialistas da educação. Professores e estudantes também exigem a imediata revogação, não adianta reformar, queremos a revogação.

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