Com imóvel degradado, mães pedem construção de nova escola em Ipuaçu

Mães de estudantes matriculados na Escola Municipal Maria de Lourdes Almeida Machado, no Km 7 do distrito de Ipuaçu, em Feira de Santana, pedem à prefeitura que tome uma providência em relação ao prédio da unidade, que estaria sem condições de receber as crianças quando iniciarem as aulas e também prestes a desabar.

A moradora do distrito Shirlei Evelin Queiroz Almeida, que tem uma filha de 4 anos estudando no local, informou que o prédio é alugado pela prefeitura há mais de 20 anos, porém não suporta mais a quantidade de crianças e a estrutura é muito antiga.

“A estrutura é muito antiga e o espaço também inadequado. Então a gente já vem lutando há muito tempo para que a prefeitura faça uma escola na comunidade, compre um lote, um terreno, e faça uma escola verdadeiramente adequada, que comporte todos os alunos daqui e das demais comunidades que vêm estudar no Km 7. O prédio alugado não tem mais condição”, afirmou.

Segundo Shirlei Almeida, depois de tantas reclamações, a Secretaria de Educação enviou um engenheiro à escola e ele condenou o prédio.

“Depois que a gente começou a divulgar a situação das salas, as rachaduras, chegou ao conhecimento da secretária de Educação, que mandou um engenheiro aqui ontem à tarde, e hoje ela não pôde estar aqui, mas enviou um áudio informando que a escola não tem mais condição de funcionar. Ela falou para vermos junto com a direção um espaço para alugar, porém aqui não tem um local assim, tem que ser feita uma escola realmente. Aqui tem mais de 250 alunos, e também o pessoal do noturno que é o EJA (Educação de Jovens e Adultos). É algo de urgência, pois já são mais de 20 anos. Eu estudei aqui quando criança e minha filha está estudando aqui agora, e a gente precisa de uma escola decente na comunidade”, explicou sobre a situação.

Mais de sete comunidades são atendidas pela escola Maria de Lourdes, como a Vila São José, Rio, Santa Luzia, Formosa, Sede do Fluminense e Fazenda Vistosa, entre outras. Na opinião, da mãe de estudante, se a prefeitura acelerar as obras, dentro de 3 meses conseguiria construir uma escola nova.

“Tem lugar para comprar. Agora a prefeitura tem que tomar uma posição, porque já deveria ter sido feito isso há muito tempo. São mais de 20 anos alugando esse prédio. Era uma casa que o dono foi adaptando para ir recebendo os alunos, só que chegou um momento que não tem mais como adaptar.”

Katrícia dos Santos Santana tem uma filha de 9 anos estudante na unidade e disse que as famílias temem que o teto do espaço ceda.

“A gente teme que o espaço ceda, porque já tem anos a gente pedindo e eles não fazem. A gente já viu o terreno, mas não querem comprar para construir, querem que alguém doe. Mas a escola não comporta mais, está em recesso, mas e quando voltarem as aulas, que não tem previsão para retornar, eles estão maquiando a escola para os alunos virem. Está sujeita a desabar. A direção fala que não tem como fazer nada, que é com a prefeitura, porque aqui é alugado. O dono está tentando dar um jeito, mas é uma maquiagem. Minha menina estuda no primeiro andar, e a professora fala para subir devagar para não cair”, observou.

Lucivância Abreu Rodrigues também tem uma filha de 6 anos estudando na escola. Ela disse que as ferragens estão deterioradas.

“A reclamação é que queremos uma nova escola. O prédio está prestes a desabar, as ferragens já não aguentam mais, e estão sendo remendadas. Queremos uma escola para nossos filhos estudarem aqui na localidade mesmo, não queremos que tirem para ir para outro lugar mais distante, porque as crianças são muito pequenos, de 4,5 ou 6 anos, então a gente pede que a prefeitura tome uma providência, não é a primeira vez que a gente faz manifestação. Aqui não tem espaço para alugar, só tem terrenos para vender. A dificuldade é essa, se eles quiserem comprar tem.”

Em nota a Secretaria Municipal de Educação informa:

A Secretaria Municipal de Educação (SEDUC) esclarece que a Escola Municipal Maria Lourdes Almeida Machado, no distrito Governador João Durval Carneiro (Ipuaçu), funciona em um imóvel alugado à Prefeitura de Feira de Santana.

Desta forma, a relação contratual estabelece que a manutenção estrutural compete ao proprietário. A responsável pelo imóvel já sinalizou que os reparos estão sendo executados.

Ainda, a secretária de Educação Anaci Paim determinou que todos equipamentos eletrônicos utilizados nas atividades escolares, a exemplo dos Chromebooks, fossem retirados até que a manutenção seja finalizada.

A equipe técnica de engenharia do órgão acompanha as intervenções para avaliar as condições de funcionamento do imóvel antes do início do ano letivo.

A Seduc segue o planejamento do ano letivo buscando soluções e assegura à comunidade do Km 7 que nenhum estudante fique sem aula.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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