Saúde
Dor: entenda quando ela deixa de ser normal e pode ser sinal de fibromialgia
Com dor ninguém deseja ficar, mas no caso da fibromialgia ainda não há cura.
18/02/2020 às 14h33, Por Maylla Nunes
Acorda Cidade
Intensas e, por muitas vezes, incapacitantes. Este é o cenário de quem sofre com fibromialgia. A doença, que acomete principalmente o público feminino, é caracterizada por dores crônicas em diferentes partes do corpo, principalmente tendões e articulações.
Com diagnóstico ainda difícil, a fibromialgia pode ter causa primária, ou seja, se constituir uma doença por si só, ou ser secundária, tendo início em consequência de um conjunto amplo de doenças como hipotireoidismo, diabetes, reumáticas ou devido ao uso prolongado de medicamentos. Contudo, a fisioterapeuta do Hapvida Saúde, Luana Neres, explica a atenção que deve ser dada ao indivíduo que possua, ao menos, nove pontos fundamentais que funcionam como um “trilho de dor” no mesmo lado do corpo – atrás da cabeça, no pescoço, esterno, ombro, braço, cotovelo, quadril, glúteo e joelho. “A observação deste trilho somado a sintomas como fadiga, indisposição e alteração do sono levam, após investigação negativa para outras doenças, ao diagnóstico de Fibromialgia”, aponta.
Lidando com a dor
Com dor ninguém deseja ficar, mas no caso da fibromialgia ainda não há cura. Em momentos de crise dos sintomas, o paciente costuma apresentar dor intensa e generalizada, o que pode levar, em alguns casos, a limitação do movimento de uma ou muitas articulações do corpo, de forma temporária, associando-se à fraqueza e indisposição causadas pela doença. Luana destaca ainda que muitos pacientes relatam não conseguirem sequer sair da cama, gerando um impacto social e afetivo, que precisa ser acompanhado/tratado por uma equipe multiprofissional de saúde.
E, apesar do quadro álgico, a prática de atividade física é algo permitido para quem foi diagnosticado com a fibromialgia. De acordo com a fisioterapeuta, as atividades escolhidas devem ser de baixo/moderado impacto para diminuição do quadro de dor e manutenção da qualidade de vida. Treinamento funcional, crossfit e demais atividades que exigem mais da pessoa não são indicadas para o portador da doença por exigirem esforço máximo da musculatura/articulação podendo agravar os sintomas.
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