Vacina Covid-19

Com doses das Pfizer, gestantes e puérperas são vacinadas em Feira de Santana

O município recebeu 1.716 doses do imunizante e a campanha de imunização foi realizada exclusivamente na UniFTC.

07/06/2021 às 17h00, Por Gabriel Gonçalves

Compartilhe essa notícia

Gabriel Gonçalves

A imunização para gestantes e puérperas de até 45 dias pós-parto, com vacinas da Pfizer, teve início na tarde desta segunda-feira (7). O município recebeu 1.716 doses do imunizante e a campanha de imunização foi realizada exclusivamente na UniFTC.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a diretora da Rede Própria, Joana Queiroz, informou que, para a imunização, é necessário apresentar além do comprovante de residência e RG/CPF, algum exame ou relatório que comprove a gestação.

"Estamos hoje aqui na UniFTC especificamente vacinando o público de gestante e puérperas. Essas pessoas devem apresentar o comprovante de residência, algum exame ou relatório. Para as puérperas, aquelas mulheres que tiveram filho até 45 dias, é necessário também trazer a certidão de nascimento da criança", afirmou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Ainda de acordo com Joana Queiroz, a meta da vacinação com as doses da Pfizer é atingir 100% dos grupos de gestante e puérperas, mas destacou que este alcance acontecerá no máximo até a próxima quarta-feira (9).

"Nós recebemos 1.716 doses da vacina para este público. Provavelmente não iremos alcançar este número ainda no dia de hoje, porque estamos observando muitas pessoas que estão comparecendo sem nenhum tipo de relatório e que não fazem parte desse grupo aqui, por isso informamos que a vacinação está acontecendo em outros locais da cidade. Então acredito que não possamos atingir os 100% das gestantes e lactantes no dia de hoje, mas nos próximos dois dias, possamos chegar a 90% dessa população aqui de Feira. A procura está sendo pouca, nosso fluxo aqui está acontecendo de maneira rápida, temos 20 pontos de vacinação, então chegou aqui, preencheu os dados e está tudo ok", salientou.

Segundo a diretora da Rede Própria, não existe nenhum tipo de sobras de vacina e afirmou que cada imunizante possui uma maneira de diluição, tempo e distribuição.

"Aqui em nosso município não há nenhum tipo de sobras de vacinas, seja da CoronaVac, Oxford e até mesmo Pfizer. Todas as equipes estão cientes, que a partir do momento que abrimos o frasco, temos um tempo para que a dose seja aplicada e por isso temos um controle rigoroso para que seja utilizado da melhor forma", disse.

Modo de preparo

Com um tempo de espera diferente das outras vacinas, a Pfizer deve ser utilizada em até 6 horas após feita a diluição. De acordo com Nathália Duarte Rocha, enfermeira, supervisora das Unidades Básicas de Saúde (UBS), cada dose deve conter 0,3 ml.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Nós aspiramos 1.8 ml de diluente e fazemos a diluição da vacina. Depois de diluída, nós invertemos 10 vezes, porque essa vacina não pode ser agitada e, após este processo, ela está pronta para uso. Por ser um frasco multidose, cada frasco possui 6 doses e precisamos utilizar esta vacina dentro de 6 horas, após a diluição conservando entre 2 e 8º C", explicou.

Não fazendo parte do grupo de gestantes e puérperas, um grupo de mulheres esteve na UniFTC, informando que o secretário de Saúde, Marcelo Britto, em entrevista nos meios de comunicação, informou que após as vacinas aplicadas no grupo específico, seria aberta a vacinação para outros grupos prioritários.

Segundo Kenia Lorena Suzart, a informação do secretário foi que em caso de sobra de doses, outras pessoas poderiam ser vacinadas na UniFTC.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"O secretário falou na TV que após as grávidas e puérperas tomarem as vacinas e caso sobrasse, iria abrir para outro grupo prioritário, não só eu como outras pessoas estão aqui também aguardando a liberação. São mais de 1.700 doses e, pelo visto, só vacinaram 200. Eu sou hipertensa e tenho problemas de circulação, tenho trombose também e não posso tomar CoronaVac, nem Oxford, as únicas que estão aplicando nas UBSs. Estamos aqui e disseram que isso iria acontecer só depois que concluíssem as grávidas", relatou.

Também com trombose, Marilane Pires informou que já possui 57 anos e faz parte do grupo de risco. Segundo ela, pelo mesmo motivo que Kenia, não pode tomar as outras vacinas.

"Eu tenho 57 anos de idade, faço parte do grupo de risco, já tive dois AVC e posso comprovar e não posso tomar AstraZeneca nem CoronaVac por conta da trombose. Só posso tomar a Pfizer e ficou bem claro na entrevista que o secretário deu na TV que após as grávidas, outros grupos prioritários poderiam ser vacinados", disse.

O Acorda Cidade entrou em contato com o secretário de Saúde, Marcelo Britto para obter mais informações, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade