Bahia

Estudantes baianas embarcam para feira científica nos Estados Unidos

Clara Brandão, Mariah Clara da Silva e Sabrina Rocha representam a Escola SESI Bahia na Regeneron ISEF, que acontece entre os dias 11 e 17 de maio em Los Angeles.

10/05/2024 às 11h14, Por Acorda Cidade

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Estudantes do Sesi
Foto: Antônio Cavalcante Coperphoto Sistema FIEB

As jovens Clara Brandão, Mariah Clara da Silva e Sabrina Rocha estão contando as horas para a realização de um sonho: participar da International Science Engineering Fair – Regeneron ISEF, considerada a maior feira de ciências e engenharia do mundo. Na próxima sexta-feira, 10.05, as três embarcam rumo a Los Angeles, nos Estados Unidos, onde o evento científico será realizado entre os dias 11 e 17.05. Elas conquistaram a vaga para participar do evento científico internacional em março deste ano, na 22ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace).

As estudantes, que fizeram parte da primeira turma do curso de Biotecnologia do Novo Ensino Médio da Escola SESI, em parceria com o SENAI Cimatec, vão apresentar o projeto que desenvolveram no Programa de Iniciação Científica da Escola SESI, na área de Ciências Agrárias. Juntas, elas buscaram uma solução sustentável para suplementar a alimentação de gado de corte.

A partir de dois insumos, a microalga Dunaliella salina e a hesperidina, um antioxidante extraído da casca da laranja, elas produziram uma ração e avaliam o potencial deste composto para a suplementar a alimentação de bovinos de corte. “A ideia do projeto surgiu a partir de pesquisas de uma problemática relacionada à alimentação desses animais, porque a qualidade nutricional das pastagens e das forragens, principal fonte de alimento dos bovinos de corte, é bastante variada devido a fatores climáticos e de solo”, explica Mariah Clara da Silva.

Desde a conquista da vaga para a ISEF, em março, as três estudantes se dedicaram a aprimorar a pesquisa, a traduzir todo o material e às aulas de inglês. “Trabalhamos muito para traduzir todo o material de pesquisa e adequá-lo aos padrões da ISEF. Atualmente nosso foco tem sido as novas análises microbiológicas no protótipo e na preparação dos materiais para apresentar na feira”, conta Sabrina Rocha.

Antes de apresentar o projeto na feira em Los Angeles, as jovens farão uma simulação na Universidade de São Paulo (USP), onde participam de um workshop de imersão que vai reunir todos os jovens cientistas aprovados para a ISEF através da Febrace. Na oportunidade, além de receber orientações gerais sobre o evento científico, elas vão apresentar a pesquisa, em inglês, para uma bancada formada por professores da USP.

Ciência no ensino médio

Neste ano, 18 projetos desenvolvidos por estudantes brasileiros serão apresentados na ISEF. A delegação do Brasil é composta por estudantes selecionados através da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec) e da Febrace, como é o caso das representantes da Escola SESI Djalma Pessoa. Essa é a quarta vez que um projeto desenvolvido por estudantes da Escola SESI Bahia conquista vaga para participar da Regeneron ISEF.

“Essa é a maior feira de ciência e engenharia pré-universitária do mundo. Credenciar um projeto para um evento científico deste porte é um reconhecimento do nosso Programa de Iniciação Científica, que tem como objetivo despertar nos estudantes o interesse pela pesquisa e pela construção de soluções para problemas da atualidade”, comemora o gerente de Educação Científica e Tecnológica do SESI Bahia, Fernando Moutinho, que também é orientador do projeto, ao lado de Roseane Santos Oliveira, do SENAI.

Em 2024, 532 estudantes de escolas da capital baiana e do interior do estado estão inscritos no Programa de Iniciação Científica da Rede SESI Bahia de Educação. Estão em atividade 66 grupos de pesquisa, nas quatro áreas do conhecimento: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, engenharia e matemática. Em maio serão ofertadas 599 vagas para entrada de novos estudantes pesquisadores nas Escolas SESI da Bahia.

De acordo com a estudante Clara Brandão, fazer parte do programa foi fundamental para o seu desenvolvimento. “Aprendi a lidar melhor com questões como organização e administração do tempo, aprimorei a escrita científica e o olhar técnico-científico. A iniciação científica abre um mar de possibilidades. Temos a oportunidade de viajar, conhecer novas pessoas e trocar informações. Esse tipo de experiência a gente não tem em qualquer lugar e o SESI abriu essa oportunidade para a gente”, pontua.

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