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Bahia está se preparando para uma possível terceira onda da covid-19, afirma secretário da saúde

O gestor informa que está sendo feito o armazenamento de medicamentos e materiais para que a assistência possa ser oferecida aos pacientes.

01/04/2021 às 14h36, Por Gabriel Gonçalves

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O secretário estadual da saúde, Fábio Vilas-Boas, afirma que o Governo da Bahia está se preparando para uma possível terceira onda de contaminações pela covid-19 no estado. O gestor informa que está sendo feito o armazenamento de medicamentos e materiais para que a assistência possa ser oferecida aos pacientes. Vilas-Boas também contou que a Secretaria da saúde do estado (Sesab) está mudando algumas abordagens terapêuticas e assistenciais e disse que existem pessoas se recusando a serem internadas.

"Eu torço que não seja, mas estamos nos preparando para que isso se vier a acontecer, como estão chamando de terceira onda, nós estejamos preparados. Nós estamos estocando materiais, medicamentos, leitos para que possamos fornecer assistência para estas pessoas. Estamos mudando algumas estratégias de abordagem de vários níveis, não só de abordagem terapêutica, mas com abordagem assistencial. Nós estamos conclamando estas pessoas de maior risco, aquelas pessoas maiores de 60 anos, portadores de doenças como hipertensão, diabetes, outras doenças renais, como de fígado, pessoas que configuram alto risco para necessitar internação, nós estamos conclamando para que estas pessoas aceitem serem internadas", disse.

Segundo o secretário, muitas famílias não estão autorizando a transferência do paciente para outros municípios, onde há uma oferta de leitos.

"Estamos passando por situações hoje da família recusar a oferta de um leito de internação clínica porque a pessoa vai ser retirada daquela cidade. Então se eu não tenho leito em Guanambi, eu trago para Itabuna, para Salvador, mas eu ofereço um leito e essa pessoa fica lá dois, três dias em observação. Se ela não evoluir mal, eu devolvo este paciente para a cidade. Nós temos dezenas de famílias com pacientes que se recusam e estou pedindo ajuda dos secretários municipais de saúde, aos prefeitos para que convençam essas pessoas, porque o que tem acontecido hoje lamentavelmente, essas pessoas vão ficar em casa, vão ficar em observação e quando começam a ter falta de ar, aí correm para a emergência, já vão em uma situação muito agravada e chegam às vezes a serem entubadas, mas não conseguem ter o tempo de serem transferidas para a UTI. Estamos diuturnamente, 24h, todos os finais de semana, o tempo todo trabalhando para domar a pandemia, manter ela com rédea curta, controlar a oferta de leito para que ela não ultrapasse mais do que 85% da taxa de ocupação e isso demanda um esforço contínuo. É extremamente cansativo, mas nós não iremos esmorecer e não iremos nos abater, vamos manter a cabeça para frente, porque para frente que se anda", concluiu.

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