Saúde

Aumenta número de mortes súbitas em casa; cardiologista explica o que está acontecendo

Em Feira de Santana, segundo dados colhidos pelo médico através do site portal da transparência do registro civil, ocorreu um incremento de 30% no número de óbitos domiciliares por doença cardiovascular.

18/07/2020 às 11h56, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Com a pandemia da covid-19 muitas pessoas, por medo de saírem de casa, deixaram de procurar atendimento médico, principalmente quando se trata de atendimento hospitalar, segundo informou o médico cardiologista Germano Lefundes. Ele afirma que esse fenômeno é observado mundialmente e tem sido proporcional a intensidade do aumento de casos da covid-19.

Com essa diminuição na procura por atendimento médico, em Feira de Santana, segundo dados colhidos pelo médico através do site portal da transparência do registro civil, ocorreu um incremento de 30% no número de óbitos domiciliares por doença cardiovascular, comparado com o mesmo período de 2019. Houve também uma redução em paralelo de 14% nos óbitos hospitalares pelas mesmas condições cardiovasculares, o que, segundo ele, demonstra claramente que o paciente deixou de buscar atendimento médico e acabou morrendo em casa por que retardou ou não teve tempo de buscar esse atendimento.

O médico Germano Lefundes alerta que as doenças cardiovasculares são frequentes causas de óbitos e as duas principais são infarto agudo do miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele afirma que essas duas situações estão muito relacionadas também a grande morbidade em função das sequelas e diz que mesmo quando esse atendimento ocorre tardiamente, a resposta do tratamento não vai ter a mesma efetividade, e por isso é importante que os pacientes entendam que quanto mais cedo procurarem atendimento, melhores serão as possibilidades de tratamento e menores serão as sequelas.

“Quando o paciente não vai a óbito, ele tem um comprometimento muito grande das funções orgânicas e isso pode trazer um desfecho a médio e longo prazo desfavorável, por isso, a abordagem precoce para o tratamento é essencial. O paciente apresenta em muitas situações sintomas premonitórios e não procura atendimento, ele recebe avisos através de alguns sintomas mais leves e só procura a emergência quando o sintoma é muito intenso e em parte desses casos não há tempo hábil para o atendimento adequado e numa parcela grande não há tempo para o atendimento de urgência chegar até a casa do paciente, especialmente com a situação que estamos enfrentando, onde há um aumento da demanda por atendimento domiciliar em função de quadros respiratórios e de atendimento aos pacientes com covid”, afirmou.

O cardiologista Germano Lefundes reassaltou que o paciente deve procurar atendimento médico sempre que sentir algum sintoma e explicou que se os sintomas forem intensos a busca deve ser imediata.

“Sintomas como palpitações, principalmente se perduram por um período mais prolongado, falta de ar, dor no peito radiada para os membros superiores do pescoço, principalmente quando for uma dor em pressão. Dor na região do estomago também com essas características, quando acompanhadas de náuseas, vômitos ou sudorese, relacionada ou não ao esforço, além de perda da consciência, inchaço nas pernas, esses sintomas devem fazer com que o paciente busque o mais precocemente possível o atendimento na emergência”, destacou.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
 

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