Feira de Santana
Acusado de matar homem após briga em bar é condenado a 12 anos de prisão
Briga começou após o réu dizer que a vítima iria se casar com travesti.
20/09/2019 às 06h55, Por Andrea Trindade
Andrea Trindade
Doze anos de prisão em regime fechado no Conjunto Penal de Feira de Santana foi a pena aplicada pela juíza Márcia Simões ao réu Ivo Bacelar dos Santos, condenado pelo Conselho de Sentença por homicídio qualificado. O réu é acusado de matar o auxiliar de serviços gerais Wellington de Oliveira Pires, 28 anos, no dia 15 de janeiro de 2018, por volta das 2h da manhã, no interior de um bar na Rua Arco Verde, no bairro Parque Ipê.
O julgamento ocorreu ontem (19), no Fórum Desembargador Filinto Bastos. Conforme o Ministério Público, o réu e a vítima estavam ingerindo bebida alcoólica quando houve um desentendimento e Wellington o agrediu com um soco no rosto após o réu ter dito que Wellington iria se casar com uma travesti. A briga encerrou, Ivo foi até a sua residência, pegou uma faca e retornou ao bar para matar Wellington.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
A Defensora Pública Fernanda Morais informou ao Acorda Cidade que não ficou satisfeita com o resultado do júri por entender que a pena não contemplou todos os fatos.
“Quando a gente faz uma defesa, a denúncia é um recorte do fato, até mesmo por nosso direito, porque a gente não julga pessoas, estilos de vidas, mas sim aquilo que elas fizeram. Neste caso, em específico, a defensoria entende que ela não foi justa porque houve um contexto que antecedeu esse desfecho de morte e que foi antecedido, inclusive, por uma injusta provocação realizada pela vítima. A gente não está demonizando a vítima ou dizendo que a vítima mereceu esse destino, afinal de contas não foi isso o que foi dito pela defesa em momento algum. O pedido hoje foi a aplicação da causa e diminuição da pena previsto no artigo 121 parágrafo primeiro. No entendimento da Defensoria Pública, era o reconhecimento desta causa de diminuição que atendia exatamente aos fatos porque foi uma reação a uma injusta provocação da vítima. Não foi uma legítima defesa, mas houve essa reação”, explicou a defensora ao Acorda Cidade.
Ela informou que vai avaliar com o acusado se ele deseja recorrer da decisão dos jurados.
Na acusação trabalhou o promotor de justiça Ariomar Figueiredo. (Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade)
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Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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